Confira o programa Miscuta desta segunda, 14 de julho, com mais informações sobre agenda da semana nos espaços administrados pela FCC e trilha sonora da banda Jeremias Sem Cão.
Em celebração aos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão – marco que vem sendo lembrado ao longo de 2025 como o Ano do Intercâmbio da Amizade Japão-Brasil –, a Camerata Florianópolis estreia o espetáculo inédito “Concerto Japão”. A apresentação será no dia 18 de julho, às 20h, no Teatro Ademir Rosa (CIC), e reúne um repertório que transita entre a tradição musical japonesa e trilhas contemporâneas de animes do Studio Ghibli.
No palco, sob regência do maestro Jeferson Della Rocca, a orquestra estará acompanhada de convidados especiais: a cantora lírica Masami Ganev, o cantor e instrumentista de shamisen Felipe Hirono e o grupo de tambor japonês Taiko, Shimadaiko.
A proposta do espetáculo é celebrar a diversidade e o diálogo cultural entre os dois países por meio da música, promovendo uma aproximação entre a tradição oriental e a sonoridade ocidental da orquestra. O concerto integra a programação especial que marca os 130 anos do início das relações formais entre Brasil e Japão, estabelecidas em 1895, e que vêm sendo fortalecidas ao longo do tempo por meio da imigração, da cultura e da cooperação mútua.
O Concerto JAPÃO conta com a Direção de Produção de Maria Elita.
Ingressos à venda no site Blueticket ou na sede da orquestra (Rua Joe Collaço, 708, bairro Santa Mônica - Florianópolis).
O palco do Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) recebe no dia 17 de julho, às 19h30, a mostra de talentos "Arte nas Escolas". Os ingressos estão à venda no site Sympla.
O evento, com os alunos e professores do projeto Arte nas Escolas - Núcleo Florianópolis, apresenta o resultado dos trabalhos realizados no semestre do projeto. A primeira parte é composta por números musicais de piano, violão e canto/coral com os alunos e professores e quatro montagens completas de teatro com figurinos, cenário e iluminação. Serão apresentadas peças de trilha sonora de cinema, popular brasileira e erudito.
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) esteve presente na primeira edição do Fórum Global do Espírito Santo, que ocorreu nesta quinta e sexta-feira, 10 e 11 de julho, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, pertencente à Região Autônoma dos Açores, em Portugal. A presidente Maria Teresinha Debatin e a diretora de Patrimônio Lélia Pereira Nunes participaram do evento que abordou o culto ao Divino Espírito Santo, tradição que também faz parte da cultura do litoral catarinense, trazida pelos imigrantes açorianos.
Neste segundo e último dia de evento, a diretora da FCC, Lélia Pereira Nunes teve lugar de fala para apresentar as festividades do Divino Espírito Santo no Brasil.
Esta é a primeira parte do evento que ocorrerá também nos Estados Unidos e no Brasil. "No Sul do Brasil promoveremos uma ação de formação para os grupos folclóricos das comunidades de descendentes açorianos de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul", anunciou o diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores, José Andrade, durante o evento.
"Será muito gratificante e com muita alegria que nós iremos receber este evento em Santa Catarina", adiantou a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin. "As portas da cultura de Santa Catarina estão abertas", completou. Entre as manifestações registradas como Patrimônio Imaterial catarinense pela FCC, está a Festa do Divino Espírito Santo, realizada desde 1775 no Centro de Florianópolis pela Irmandade do Divino Espírito Santo, que reflete as tradições culturais dos povoadores açorianos da Ilha de Santa Catarina de todo o litoral catarinense.
Sobre o Fórum
O Fórum Global do Espírito Santo propõe-se a acompanhar as três maiores festas representativas desta manifestação religiosa nos Açores, na América do Norte e na América do Sul, respetivamente, as Grande Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, as Grandes Festas do Divino Espírito Santo da Nova Inglaterra (EUA), e a Grande Festa do Ciclo do Divino de Santa Catarina (Brasil). A iniciativa pretende reforçar e valorizar aquela que é considerada a marca identitária comum a todos aos açorianos, nas suas dimensões religiosa, cultural, social e econômica, reconhecendo e enaltecendo as diferenças e as semelhanças das suas múltiplas manifestações transatlânticas.
Presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin, e o diretor Regional das Comunidades do Governo dos Açores, José Andrade.
No dia 18 de julho, às 18h30, o auditório do Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, recebe o lançamento do livro "Gente nossa — personagens de Floripa", do jornalista Ricardo Medeiros. A obra aborda a trajetória de mulheres e homens que são fonte de inspiração e reflexão.
O 14º livro da carreira do jornalista Ricardo Medeiros narra a história de seis mulheres e quatro homens que marcaram época por suas façanhas, talentos, rebeldia e vanguardismo. Uma obra que, por meio dos homenageados, aborda a cultura local, suas manifestações artísticas e tradições, tanto do “morro” como do “asfalto”. O livro já está disponível pelo site da Dois por Quatro Editora:
https://www.doisporquatro.com/gente-nossa-personagens-de-floripa.
O passista mais antigo de Florianópolis, Lidinho, a cidadã-samba seis vezes campeã no Carnaval de Florianópolis, Nega, Tide, e o poeta que representava como ninguém Cruz e Sousa, JB Costa, são alguns dos personagens retratados na obra. Ricardo Medeiros traz ainda a fundadora de duas escolas de samba e primeira mulher a presidir uma agremiação carnavalesca, Dona Geninha, além do escrivão de polícia que foi costureiro e presidente da Protegidos da Princesa, Mário Norberto da Silva, o Marinho.
Há a Lurdes da Loteria, sempre alinhada, bem maquiada, e com uma rede prendendo o cabelo, que vendia bilhetes de loteria pelas ruas e nas repartições públicas. Outra mulher, de memorável beleza, Marisa Ramos, foi modelo no Rio de Janeiro, apresentadora na antiga TV Cultura e atuou como jornalista.
Estatura baixa, mas com elevada autoestima, Miguel Livramento destacou-se pela polêmica na crônica esportiva da Capital. Era engraçado e fazia sucesso no rádio e na tevê. Um manezinho que imortalizou frases como “Se isso não foi pênalti, minha vó é uma bicicleta” e “Esse Avaí fax côsa”.
Além de seu tempo, uma jovem foi a primeira a desfilar de minissaia na Capital catarinense, Dete Piazza. No Instituto Estadual de Educação, ganhou o apelido de “professora psicodélica”. A décima personalidade, Drica, foi uma mulher que fez da rua o seu lar. A limpeza do seu espaço era admirada pela população.
"Florianópolis é carente de resgate histórico. Se não tivermos livros, documentários sobre essa gente, estaremos sem memória. E sem memória, sem cultura, sem arte, ficamos cada vez mais pobres", aponta o autor.