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Aberta em 30 de setembro de 2022, a Casa da Literatura Catarinense Poeta Cruz e Sousa cumpre uma tripla função: é um espaço para lançamentos de livros e sessões de autógrafos, oferece obras de escritores catarinenses para leitura no próprio ambiente e conta a história do maior poeta simbolista do país.

João da Cruz e Sousa nasceu em 24 de novembro de 1861, em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis. Era filho de Guilherme e Carolina Eva da Conceição, negros libertos. Foi apadrinhado pelos antigos proprietários de seus pais, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, que faleceu ainda durante a infância do poeta, e sua esposa Clarinda Fagundes de Sousa, uma das responsáveis por sua educação.

Cruz e Sousa

O poeta casou-se com Gavita Rosa Gonçalves, com quem teve quatro filhos. Os três primeiros faleceram precocemente por tuberculose, o que deixou sua esposa em estado de demência em 1896. Em 1897, o poeta foi diagnosticado com tuberculose e passou a lutar contra a doença e a pobreza.


Com o avançar da doença, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais. Três dias depois de chegar, faleceu em 19 de março de 1898. O corpo foi “despachado” para o Rio de Janeiro num vagão de trem para transporte de gado – situação um tanto vexatória, se for levada em consideração a sua fama naquele momento. Foi recebido por seus amigos próximos e enterrado no Cemitério de São Francisco Xavier.  O filho mais novo nasceu após a morte do poeta, restando, assim, apenas um descendente. A esposa faleceu em 1901, também de tuberculose.

Entre seus trabalhos mais famosos, estão Missal, Broquéis e Tropos e Fantasias, além de publicações em jornais e obras póstumas.

 

Retrato do poeta João da Cruz e Sousa

Autor: Acary Margarida, sem data.
Acervo: Museu Histórico de Santa Catarina
Reprodução: Márcio Henrique Martins / ASCOM FCC