O Festival Internacional AnimaVerso está de volta para sua segunda edição, que ocorrerá de 27 a 30 de março de 2025 no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. O evento, que tem como objetivo premiar e dar visibilidade a diversos artistas da animação, apresenta uma programação repleta de curtas e longas-metragens de diferentes estilos e origens, com uma mostra competitiva que destaca o melhor da animação mundial.
Idealizado pelos irmãos Jeremías e Iván Bustingorri, animadores e diretores independentes, o AnimaVerso busca ampliar o acesso e a compreensão sobre o universo da animação. Com coordenação de Mônica Stein, professora do curso de animação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e produção de Jéssica Martins, a segunda edição do evento oferece um palco para produções internacionais e nacionais que fomentam o debate sobre a arte da animação.
O AnimaVerso tem como missão não apenas premiar as melhores produções de animação, mas também contribuir para o crescimento e visibilidade do setor no Brasil e no mundo. Durante a programação, serão abordados temas que envolvem tanto a criação artística quanto questões atuais sobre representatividade, inclusão e inovação nas narrativas audiovisuais.
O evento conta com o apoio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), que abrigará parte da programação, incluindo um Artist Alley, organizado pela ND Games, onde profissionais poderão expor e compartilhar seus trabalhos, fortalecendo a troca de experiências dentro do setor. Além disso, neste espaço haverá também exposições da Animaking, do projeto The Rotfather e do curso de Design de Jogos da Univali. As exibições de animações e palestras acontecerão na Sala de Cinema Gilberto Gerlach.
Nesta nova edição, o AnimaVerso celebra uma parceria mais do que especial: o lançamento da trilha FLIC. A Florianópolis Indústria Criativa é um laboratório criado pela PLOT KIDS, focado em formar profissionais qualificados para atender as demandas de um mercado exigente em excelência técnica e artística, visando a criação e desenvolvimento de conteúdos audiovisuais e de jogos. A FLIC trará para o festival uma série de palestras sobre diversos setores que envolvem a produção de animação, enriquecendo ainda mais a programação com valor e conhecimento. Com o objetivo de abrir um leque de possibilidades no setor audiovisual e de games, a FLIC lançará as inscrições do laboratório no evento. Por meio de experimentações e parcerias estratégicas, o laboratório se propõe fomentar a criação de produtos e obras audiovisuais primorosas, como também, jogos digitais diversificados, inovadores e com alto potencial no mercado global, fortalecendo a base da indústria digital, cultural e comercial.
A FLIC foi idealizada por Luiza Guerreiro, produtora executiva do laboratório e CEO da Plot Kids, e por Vanessa Rosa Gasparelo, diretora executiva do projeto e CEO da Descontínua Artes. A direção de produção fica a cargo de Matias Boeing Eastman, produtor da empresa Plot Kids. Além disso, a FLIC foi contemplada com o Prêmio Catarinense de Cinema - Edição Especial Lei Paulo Gustavo 2023, um reconhecimento importante para o desenvolvimento do projeto.
Programação Completa:
Dia 27 de março
● (14h) Mostra de Curtas Animação UFSC – Maiores de 14 anos (1 hora e 30 minutos de duração)
● (15:30h) Mesa Redonda: Mercado de Animação Catarinense
● (16:30h) Sessão de Avaliação de Portfólios
● (18h) Curtas Internacionais – Maiores de 16 anos (até 1 hora de duração)
● (19h) Pelikan Blue – Maiores de 14 anos (1 hora e 18 minutos)
Dia 28 de março
● (14h) Mesa Redonda: Animação e Representatividade: Construindo Narrativas Plurais no Audiovisual
● (15:30h) Palestra: Libras, Cultura Surda e Inclusão com "Min e as Mãozinhas"
● (16:30h) Palestra: Direção de Arte e Vida: das Garatujas ao Irmão do Jorel, com Allan Matias, diretor de arte
● (18h) Curtas Nacionais – Classificação Livre (até 1 hora de duração)
● (19h) Palestra: Voz Original e Dublagem para Animações, com Alice Monstrinho, Dani Tucuxi e Audrey H
● (20h) O sonho de Clarice – Classificação Livre (1 hora e 23 minutos)
Dia 29 de março
● (14h) Bate-papo: Desafios da Animação Tradicional, com Marão
● (15h) Estreia do Curta: “(S)warm” e conversa sobre Inovação em Métodos de Produção com a diretora Sophia Bahia
● (16h) Estreia: Uma viagem para “Praia do Pirata” seguida de bate-papo com a equipe
● (18h) Curtas Nacionais – Maiores de 12 anos (até 1 hora de duração)
● (19h) Bate-papo com Ale McHaddo, diretora do filme “A Lasanha Assassina”, seguida da Exibição do Filme
Dia 30 de março
● (14h) Palestra: Animaking: Uma História Quadro a Quadro
● (15h) Os Demônios do Meu Avô – Maiores de 12 anos (1 hora e 24 minutos)
● (16:30h) Curtas Internacionais – Classificação Livre (até 1 hora de duração)
● (18:30h) Palestra: Criação de Séries Autorais com Anderson Mahanski, co-criador de "Any Malu" e "Super Drags"
● (20h) Premiação
Novidades e mais informações são diariamente divulgadas pelo perfil de Instagram do festival (@animaversofest).
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), abre na terça feira, 11 de fevereiro, às 19h, a exposição "Carnaval, carnavais", com fotografias e vídeos de Alceu Bett, Diorgenes Pandini, Eneléo Alcides, Fabrício Tomazi e Joyce Mussi. A exposição traz um recorte com quatro diferentes percepções sobre o fenômeno multicultural e internacional, que no Brasil é apropriado como identidade nacional e ganha status de patrimônio cultural.
Em "O casamento de Dionísio e Apolo", Eneléo Alcides retrata o universo de trabalho, saberes e disciplina por trás dos desfiles das escolas de samba de Florianópolis. "Olorum", de Alceu Bett, aborda a religiosidade, o transcendental e o onírico relacionado ás escolas de samba de Joinville; "Arqueologia do Carnaval" traz uma seleção de textos clássicos por Raul Antelo, que carregam as interpretações dos festejos na visão de escritores brasileiros. E "Carnafilias", com os registros de Diorgenes Pandini, Fabrício Tomazi e Joyce Mussi, constitui um passeio pelas ruas de Florianópolis, tomadas pela diversidade humana que se esbarra e se apodera da cidade.
Segundo Eneléo Alcides, “quando pensamos em carnaval, interpretações e experiências se abrem sem percebemos o quanto o fenômeno abrange manifestações culturais tão distintas ou mesmo contraditórias. Aspectos sagrados e profanos; lazer e trabalho exaustivo; cultura elitista e popular; materiais luxuosos e materiais ordinários descartáveis; inversão de papéis e figuração tradicional imutável”.
A exposição fica aberta ao público até 23 de março, com entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. Curadoria de Eneléo Alcides, Fernando Albalustro e Raul Antelo.
Sobre os participantes
Alceu Bett é artista visual e cineasta; inicia sua carreira como fotógrafo ao desenvolver o projeto “Os excluídos” com a Anistia Internacional e Centro de Defesa dos Direitos Humanos. Graduado em Fotografia Cinematográfica pela Escuela Internacional de Cine y television - San Antonio de Los Banos – Cuba, 1997. Especialização em Direção de Cinema e TV pela Universidade Moderna de Lisboa, 2004. Participou da Bienal Internacional de Fotografia, com a exposição "Havana", em 1998; diretor e roteirista dos filmes “As Mortes de Lucana” 2012 e “ O Aquário de Antígona”. Diretor Executivo dos Festivais Internacionais de Cinema Shortcutz e Joinville International Short Film Festival. Coordena a Galeria33 Cooperfilmm espaço cultural multiuso para promoção das artes na cidade de Joinville/SC.
Diorgenes Pandini é mestre em Artes Visuais (PPGAV/UDESC) e graduado em Jornalismo. Trabalhou por mais de dez anos nos principais veículos de imprensa de Santa Catarina, destacando a cobertura da Copa do Mundo na Rússia em 2018 e a cobertura da queda do Avião da Chapecoense em Medellín, Colômbia, em 2016. Participa de exposições coletivas e individuais.
Eneléo Alcides estuda e pesquisa artes visuais, música e fotografia. Realizou pós-doutorado na linha de Teoria e História da Arte (PPGAV/UDESC, 2017-2019), é doutor em Direito (CPGD/UFSC), Mestre em Antropologia Social (PPGAS/UFSC), e Graduado em Comunicação Social/Jornalismo (UFSC), entre outras formações. Atua como fotógrafo, curador, gestor e produtor cultural.
Fabrício Tomazi cursou Artes Plásticas (UDESC), graduado em Arquitetura e Urbanismo (Universidade Anhembi Morumbi), especialista em Geografia, Cidade e Arquitetura (Escola da Cidade de São Paulo). É colecionador e atua como curador independente.
Fernando Albalustro é artista visual pesquisador das cores. Mestrando no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais na Linha Teoria e História da Arte do Ceart-Udesc. Especialista em Artes, Cultura e Criação pela Faculdade Senac SC e graduado em Artes Visuais pelo Ceart-Udesc. Consultor em Economia Criativa e Economia do Carnaval. Membro do coletivo cultural Oficina Critica de Carnaval. Carnavalesco nos anos de 1995 na Copa Lord e 2012 na Consulado.
Joyce Mussi é uma artista da imagem. Desde os anos 1990 dedica-se à pesquisa fotográfica, explorando os limites entre realidade e criação, entre o instante e a memória. Estudiosa das Artes Visuais e da História da Arte, Joyce refina sua visão através do conhecimento e da experimentação. Suas exposições no Brasil e no exterior refletem essa constante busca por narrativas visuais que dialogam com o mundo e seus mistérios. Para ela, a fotografia não é um mero enquadramento, mas uma linguagem, um sentir, uma forma de existência.
Raul Antelo é graduado em Letras Modernas pela Universidad de Buenos Aires (1974) e em Língua portuguesa pelo Instituto Superior del Profesorado en Lenguas Vivas (1972), mestre em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (1978) e doutoro em Literatura Brasileira pela mesma Universidade (1981). Foi professor de Literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, Guggenheim Fellow e professor visitante nas Universidades de Yale, Duke, Texas at Austin, Maryland e Leiden, na Holanda. Presidiu a Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC) e recebeu o doutorado honoris causa pela Universidad Nacional de Cuyo. Atualmente é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade Federal de Santa Catarina e atua como curador e pesquisador em artes visuais.
Serviço:
O quê: Exposição "Carnaval, carnavais"
Abertura: 11/02/2025 (terça-feira), às 19h.
Visitação: até 23/03/2025. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Local: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) recebe a partir do dia 14 de dezembro, às 18h, a exposição "Todo momento de achar é um perder-se a si próprio", da artista Ruchita, com curadoria de Kamilla Nunes.
Inspirada pela emblemática frase do livro "A paixão segundo G.H.", de Clarice Lispector, a exposição convida o público a uma experiência imersiva que transita entre a introspecção e o coletivo. Assim como G.H., a protagonista de Clarice, que é tomada por uma profunda incompreensão da vida, Ruchita nos conduz por um fluxo de sentidos que reverbera entre a visceralidade e a poesia, questionando a natureza do humano, do tempo e do divino.
A mostra reúne obras produzidas entre 2018 e 2024, que exploram linguagens diversas como videoarte, instalação, fotografia e performance. Em cada trabalho, a artista entrelaça tempos, espaços e materialidades, criando vazios que paradoxalmente se revelam plenos de significado. As questões abordadas – a memória, o esquecimento, a fragilidade e a ressonância – dialogam com as inquietações filosóficas presentes na narrativa espiralada e sensorial de Clarice.
"Todo momento de achar é um perder-se a si próprio" é uma travessia sensorial e emocional, que desafia as certezas e instiga o público a refletir sobre a existência como um campo de forças em constante transformação. A exposição é um convite a sentir e habitar o inominável, a perceber o visível em articulação com o indizível e a construir cumplicidades em meio à fragilidade e à intensidade do estar vivo.
Serviço:
O quê: Exposição "Todo momento de achar é um perder-se a si próprio", da artista Ruchita
Abertura: 14/12/2024, às 18h.
Visitação: até 02/02/2025. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h. Exposição encerrada em 18/01.
Local: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Entrada gratuita
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), prorrogou até a próxima sexta-feira, 6 de dezembro, a exposição "Mukabata", com fotografias e vídeos de Eneléo Alcides sobre a etnia huni kuin, apresentando imagens capturadas nos altos dos rios Tarauacá e Jordão, fronteira do Brasil com o Peru, na Amazônia Ocidental. A visitação é gratuita e pode ser feita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
“Mukabata aborda o olhar estrangeiro lançado sobre um povo originário da região amazônica, expondo as familiaridades e os estranhamentos provocados pelo encontro interétnico e a improbabilidade dessa comunicação”, destaca Eneléo. Ainda sobre o significado de Mukabata, o organizador da mostra explica que “Muka/amargo/Bata/doce são elementos e forças transformadoras com poder de curar ou matar. Muita confusão ainda transborda nos encontros entre Huni Kuin (gente verdadeira) e as diferentes composições sociais do mundo pós-industrializado. Do genocídio à tutela, do mito do selvagem ao mito da preservação da originalidade dos povos, esses encontros, irrefreáveis, ainda ocorrem com incomunicabilidades de idiomas, valores e perspectivas. Entre inocências e sagacidades, entre imaginários idílicos e cotidianos concretos, as transformações seguem seus cursos, destruindo ou revigorando. Mukabata trata da experiência de um desses encontros”, comenta.
A exposição tem curadoria de Rosângela Miranda Cherem e Fabrício Tomazi Peixoto.
Sobre o fotógrafo
Eneléo Alcides estuda e pesquisa artes visuais, música e fotografia. Realizou pós-doutorado na linha de História da Arte (PPGAV/UDESC, 2017-2019), é doutor em Direito (CPGD/UFSC 1999-2004), Mestre em Antropologia Social (PPGAS/UFSC 1995-1998), graduado em Comunicação Social/Jornalismo (UFSC 1986-1993) entre outras formações. Atua como fotógrafo, curador, gestor e produtor cultural.
Serviço:
O quê: Exposição "Mukabata", do fotógrafo Eneléo Alcides
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Visitação: até 06/12/2024. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada: gratuita
O Cineclube da Mostra de Cinema Infantil ocorre todos os sábados, às 16h, na sala multimídia do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) do Centro Integrado de Cultura (CIC). A entrada é gratuita e por ordem de chegada (limitado à capacidade do espaço de 82 lugares). A iniciativa conta com apoio do MIS/SC e Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Confira a programação de dezembro:
Dia 7/12: Filme "Sim, viver é um Presente!
(De Luis Antônio Igreja, musical, Brasil, 2021, 72 min)
Quando o sol se levanta e desperta os passarinhos, o menino Davi, de oito anos, também acorda para uma aventura única e especial — o incrível dia de Hoje! É que Davi é uma criança que desfruta de um bom quintal, uma família amorosa e liberdade pra brincar. O filme nos convida a experimentar, em família, a infância como um estado supremo de espírito, onde “Sim, viver é um Presente!”
Dia 14/12: Filme "Uma carta para Papai Noel"
(De Gustavo Spolidoro, ficção, Brasil, 2023, 100 min)
Jonas e as crianças de uma casa de acolhimento não ganham presentes no Natal. Preocupado com o Papai Noel, Jonas escreve uma carta para ele. Ao lê-la, Noel se emociona. Ele então se disfarça de Leon, o Conserta-Tudo, e, com sua amada, Maria Noel, e a ajudante Tata, partem para investigar este mistério. Nessa jornada, Papai Noel, Jonas e as crianças vão descobrir o verdadeiro significado do Natal.