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O Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis, será palco do projeto Memória, Arquivo e Autoestima no Circuito de Dança de Santa Catarina neste sábado, 30 de abril. A proposta faz parte do Múltipla Dança – Festival Internacional de Dança Contemporânea e consiste em quatro mesas-redondas denominadas Diálogos, abertas e inclusivas, presenciais e transmitidas ao vivo no YouTube com a participação de duas intérpretes de Libras.

A iniciativa envolve oito convidados, quatro temas, duas intérpretes de Libras e duas mediadoras. Cada uma das mesas contará com dois profissionais. Em quatro eixos, a intenção é debater sobre a importância da memória individual e coletiva, a gestão e o acesso de dados privados, o valor dos arquivos pessoais e a construção da inclusão de público com deficiência. Os temas “Diálogo com a Mídia e a Produção” reúnem as jornalistas Néri Pedroso e Paula Albuquerque, “Acessibilidade nas Artes” juntam Lilian Vilela e Thiago Rossi, “Arqueologia Digital: Do Passado ao Futuro” aproximam Fernando Boppré e Marco Martins e, por fim, “Mapeamentos: Memória, Arquivo e Autoestima” unem os relatos de Sandra Meyer e Luiz Moukarzel na implantação das plataformas Midiateca de Dança, em 2019, e Mapa Cultural, em 2020.

As abordagens abarcam aspectos da memória, os acervos, os arquivos, dados e materiais biográficos, cuja organização e visibilidade ampliam a consciência coletiva, noções de pertencimento, representatividade e podem ajudar a elevar a autoconfiança dos trabalhadores da cultura. As ferramentas de gestão pública e privada que apostam em mapeamentos estimulam sentimentos identitários. O Mapa Cultural, projeto do governo do Estado e a Midiateca da Dança, iniciativa de caráter privado, condensam informações do universo da arte e da dança de Santa Catarina, asseguram reconhecimentos, legitimam trajetórias e incentivam pesquisas e conhecimento que impactam na autoestima de quem produz e atua no setor artístico.

Atenção: Devido à realização do evento, não haverá visitas ao espaço expositivo do MHSC neste sábado.


Abordagens

Mesa 1, 10h30: Diálogo “Mídia e a Produção”
Néri Pedroso e Paula Albuquerque
Mediação: Marta Cesar

Mesa 2, 14h: Acessibilidade nas Artes
Lilian Vilela e Thiago Rossi
Mediação: Marta Cesar

Mesa 3, 15h30: Arqueologia Digital: Do Passado ao Futuro
Fernando Boppré e Marco Martins
Mediação: Néri Pedroso

Mesa 4, 17h: Mapeamentos: Memória, Arquivo e Autoestima
Convidados: Luiz Ekke Moukarzel e Sandra Meyer
Mediação: Néri Pedroso

Serviço:

O quê: Projeto Memória, Arquivo e Autoestima no Circuito de Dança de Santa Catarina
Quando: 30/04/2022
Onde: Sala Martinho de Haro do Museu Histórico de Santa Catarina, localizado no Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de novembro, 227, centro, Florianópolis (SC)
Quanto: Gratuito
Capacidade máxima: 60 pessoas
Classificação etária: livre
Atenção: é obrigatório apresentar o comprovante de vacinação. Recomendamos o uso de máscara. Chegue cedo, o espaço tem limitação de público.

O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), sediado no Palácio Cruz e Sousa, na capital, recebe a exposição “200 anos de Fritz Müller – Príncipe dos Observadores", em comemoração ao bicentenário de nascimento de Fritz Müller. A mostra ficará em cartaz até 03 de setembro de 2022.

Fritz Müller nasceu em Windischholzhausen (Alemanha), em 31 de março de 1822 e faleceu em Blumenau no dia 21 de maio de 1897. Para homenageá-lo, foi elaborada uma exposição atemporal que une arte, história, patrimônio e ciência, provocando reflexões a respeito do passado, presente e futuro a partir de obras de artistas convidados e acervos particulares e institucionais.

O artista convidado, Luiz Bernardes, apresenta painéis concebidos por ele constituídos por imagens e textos que revelama história e o legado do naturalista, botânico e professor de matemática e ciências naturais. Fritz Müller foi pioneiro no apoio factual à teoria da evolução, de Charles Darwin,com a publicação de seu livro “Für Darwin”(Para Darwin), em 1864, sendo este trabalho considerado um marco da ciência universal, uma vez que traz o resultado das pesquisas desenvolvidas pelo cientista durante sua passagem por Desterro (hoje Florianópolis). Luiz Bernardes apresenta, ainda, esculturas produzidas em materiais diversos, como aço inox, resina, madeira e bambu, com os quais procura recriar a flora e fauna constitutivas do universo de interesse do cientista teuto-brasileiro.

Outra artista convidada a integrar a exposição, Yara Guasque, traz a instalação “Entre vidros” em que atualiza e problematiza a pesquisa feita por Fritz Muller no território nacional. Tirando partido da estrutura do mobiliário das vitrines expositivas e do próprio museu, Yara trata estes como objetos para usa instalação. Para isto, a artista apresenta múltiplos arquivos que revelam modos distintos de capturar um mesmo espécime, quer seja pela arte, pela ciência ou pelas instituições museológicas. 

Além dos trabalhos destes artistas convidados, a exposição conta, ainda, com objetos, vestuários, documentos, pinturas e publicações pertencentes a acervos particulares de Ylmar Corrêa, José Alfredo (Dé) Beirão e Roberto Schindler e acervos institucionais do Museu da Família Colonial, Biblioteca Pública de Santa Catarina, Arquivo Público de Santa Catarina e do próprio Museu Histórico de Santa Catarina. A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) é um dos órgãos parceiros na realização da mostra.

A exposição “200 anos de Fritz Müller – Príncipe dos Observadores” possibilitará ao público visitante uma experiência inusitada envolvendo história, arte, cultura, patrimônio e educação. Poderá ser vivenciada e servir como experiência, bem como material didático, de pesquisas e de estudos por trazer, para o tempo real e presente, uma consistente biografia de Fritz Müller e seu legado, em múltiplas abordagens e materiais.

Fritz Müller

Em 31 de março de 2022, data da abertura da mostra, comemoram-se os 200 anos do “Príncipe dos Observadores”, assim batizado por Charles Darwin. Nascido na Alemanha, chegou ao Brasil em 1852, com 30 anos. Doutor em filosofia e com Curso de Medicina, deixou a colônia de Blumenau, em 1856, para dar aulas no Liceu Provincial, em Nossa Senhora do Desterro (hoje Florianópolis). Foi na capital, durante 11 anos analisando crustáceos e outros seres marinhos, que desenvolveu estudos que contribuíram para a Teoria da Evolução das Espécies de Darwin. Empiricamente, entre uma aula e outra, a partir de 1857 – quando ganhou um microscópio – Fritz aproveitou para colher espécies fundamentais para suas observações.Em 1861, recebeu uma carta de seu irmão com um exemplar do livro "A Origem das Espécies". Encantado com os estudos, decidiu contribuir com Darwin na comprovação da teoria evolucionista. Em 1864, ele publicou um pequeno livro chamado “Für Darwin” (Para Darwin, em português).

A publicação sobre os crustáceos, então, chegou às mãos de Charles Darwin depois da metade da década de 1860 e ele, por sua vez, pediu a tradução para o inglês. A partir de então, Müller e Darwin começaram uma amizade pen pal que duraria 17 anos com a troca de mais de 70 cartas em que compartilharam trabalhos, fatos curiosos e questionamentos em envelopes que levavam desde desenhos, até insetos e plantas das mais diferentes espécies.

Em Desterro, Fritz efetuava suas coletas principalmente na Praia de Fora, hoje aterrada pela Av. Beira Mar Norte. O resultado de seus estudos fez com que fosse citado 17 vezes na reedição da obra de Darwin. Não à toa, é carinhosamente chamado pelo britânico de “príncipe dos observadores” - alcunha gravada em uma praça, ao lado de uma estátua em sua homenagem, às margens da Rua São Paulo, na região central de Blumenau.

Em 1867, retornou ao Vale do Itajaí, a Blumenau, onde viveu na dupla condição de colono e cientista dedicando-se a estudos sobre o Rio Itajaí-Açu sua vegetação e, em especial, orquídeas e bromélias, sua grande paixão. Convidado pelo diretor do Museu Nacional do Rio de Janeiro a ocupar o cargo de Naturalista Viajante, exerceu a atividade por 15 anos. Eleito Membro Honorário da Entomological Society de Londres, exerceu cargos de Juiz de Paz e de superintendente, em Blumenau. Apesar de todas as dificuldades, Fritz Muller sempre priorizou a Educação. Criou uma cartilha, tratando da flora e da fauna catarinenses, em verso e prosa, ilustrada com desenhos seus. Desde pequenas, suas filhas o acompanhavam nas primeiras pesquisas e observações, tal como fizeram ele, seus irmãos e primos na Alemanha.

Fritz Müller não foi seduzido por apenas uma área de estudos, ou uma espécie em particular, ele pesquisou e descreveu seres marinhos, de água doce e terrestres, dedicou-se a animais e plantas, como orquídeas, bromélias e trepadeiras, estudou a interação entre seres vivos e seu ambiente, sendo um precursor da ecologia.

Serviço: 

“200 ANOS DE FRITZ MÜLLER – PRÍNCIPE DOS OBSERVADORES”

Abertura: 31/03/2022, às 20h
Local: Museu Histórico de Santa Catarina / Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro, 227 - Centro, Florianópolis, SC
Visitação: até 03/09, às segundas-feiras, das 13h às 17h, de terça a sexta, das 10h às 17h e, aos sábados, das 10h às 13h
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita.

 

O MSHC trabalha com agendamento de visitas guiadas. Quem não tiver hora marcada poderá visitar a exposição conforme a disponibilidade de vagas.
Para agendar visita à exposição, é necessário encaminhar o pedido pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e aguardar confirmação. Recomenda-se solicitar visita com 48h de antecedência. Há protocolos de segurança ainda vigentes, como o distanciamento e a higienização das mãos.

Até a abertura da exposição, a parte interna do Museu ficará fechada para montagem. Apenas os jardins estão abertos ao público.

O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), sediado no Palácio Cruz e Sousa, em Florianópolis, receberá o lançamento oficial do projeto Viva Açores, conhecer é viver!, do Grupo ND, que será realizado nesta segunda-feira (28), às 10h. O evento contará com a presença de uma comitiva do Governo Regional dos Açores, autoridades e convidados. O projeto Viva Açores, conhecer é viver!, tem o objetivo de dar início às comemorações dos 275 anos do início da imigração açoriana, marcada para 2023, e contar a saga dos portugueses que atravessaram o Atlântico para se estabelecer no Sul do Brasil.

O projeto Viva Açores, conhecer é viver! Estará presente em todas as plataformas do Grupo ND – televisão, portal de notícias na internet, revistas e jornal impresso - com ampla produção de conteúdos exclusivos a partir de abril até janeiro de 2023. O projeto tem a curadoria da professora e escritora Lélia Pereira Nunes e o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).

Na ocasião haverá uma exposição fotográfica de Joel Pacheco, arquiteto e urbanista, fotógrafo e programador visual, autor de livros sobre o tema, além da apresentação Tocata da Casa: Música Folclórica Típica Açoriana.

 

No dia 26 de março, das 20h30 às 21h30, as luzes do Palácio Cruz e Sousa, onde está localizado o Museu Histórico de Santa Catarina, ficarão apagadas. A ação é uma forma de apoio ao evento Hora do Planeta, que mobiliza milhões de pessoas ao redor do mundo com o objetivo de conscientizar indivíduos, empresas e poder público a respeito dos desafios ambientais da atualidade.

Além desse momento, a edição deste ano da Hora do Planeta contará ainda com ações virtuais, como cinedebates com apresentação de curtas, bate-papos com produtores audiovisuais da Amazônia e um Festival Digital com mesas redondas, debates e games interativos com o público. Mais informações estão no site https://www.wwf.org.br/participe/especiais/horadoplaneta/

A ideia de convocar as pessoas a apagarem as luzes durante uma hora surgiu em 2007, em Sidney, na Austrália, num esforço para chamar atenção para a mudança climática. Na ocasião, mais de 2,2 milhões de pessoas e 2 mil empresas aderiram à ideia. Hoje, já são milhões de pessoas, de 180 países, que participam deste movimento global. No Brasil, o evento ocorre há 14 anos.

 

Ainda dentro do calendário de celebração pelo mês das mulheres, o Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) promove a segunda edição de sua live “Narrativas e reflexões sobre mulheres” nesta quarta-feira (23), às 19h30, pela página da instituição no Facebook. O objetivo do evento é propor discussões a respeito da questão de gênero e do papel feminino na sociedade contemporânea.

Nesta edição o evento contará com a participação de Giovana Ziermann, Patrícia Maria Macedo Alves, Joziléia Daniza Jagso, Jurrara Belchior e Paula Batista. O evento leva ao público, por meio de proposições de pesquisadoras, algumas reflexões, problematizações e questionamentos a respeito de temas que envolvem o gênero feminino e seus desdobramentos e transbordamentos na atualidade.

Sobre as convidadas:

Giovana Zimermann: doutora em Literatura pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina (UFSC), realizou doutorado sanduíche na Université Paris Diderot Paris 7 (2013). Mestre em Arquitetura e Urbanismo e História da Cidade, também pela UFSC, e especialista em Arte Contemporânea pela Universidade do Estado de Santa Catarina
UDESC. Graduada em Licenciatura em Desenho pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Pesquisadora do Grupo de Pesquisas: Estudos Joycianos no Brasil, Artes e Mestiçagens Poéticas; e do GEAP BR, Grupo de Estudos sobre Arte Pública no Brasil. Possui diversas publicações dedicadas aos temas e é autora da obra "Rio de Janeiro e Paris: A juventude apache do cinema na periferia". Também é roteirista e diretora de curtas-metragens.

Patrícia Maria Macedo Alves: professora, ativista e atualmente doutoranda da Antropologia Social UFSC. Sua pesquisa está centrada na etnografia de artistas negres brasileiros e moçambicanos/as, a partir do contexto acadêmico, mas principalmente a partir de uma perspectiva decolonial.

Joziléia Daniza Jagso: indígena mulher do povo kaingang. Antropóloga, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGAS/UFSC). Membro co-fundadora da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA). Membro fundadora da Articulação Brasileira de Indígenas Antropologes. Membro da Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul). Editora na Revista de e para Mulheres Indígenas FAG TAR - A Força Delas.

Jussara Belchior: bailarina gorda. Em seu trabalho solo "Peso Bruto" (2017) investiga os tabus e preconceitos sobre as gordas. Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC) da UDESC com a pesquisa "Investigações pesadas" e Bolsista CAPES. Interessa-se por poéticas e políticas de movimento e
posicionamento através da dança.

Paula Batista: mestranda em Artes Cênicas pela UDESC, pesquisa o recorte político do carnaval de rua. Articuladora da Coletiva Gigantes na Luta, acredita na arte como território de construção comunal e usa perna de pau como ferramenta de empoderamento feminista nos blocos de rua e também nos atos políticos.

Serviço:

O quê: II Live Narrativas e Reflexões sobre Mulheres
Quando: 23/03/2022, às 19h30
Onde: Página do Museu Histórico de Santa Catarina no Facebook (https://www.facebook.com/museuhistoricodesantacatarina)
Convidadas: Giovana Ziermann, Patrícia Maria Macedo Alves, Joziléia Daniza Jagso, Jurrara Belchior e Paula Batista.

Convite narrativas mulheres 23MAR