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De 12 de julho a 18 de setembro, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe a exposição Hugo Mund Júnior: Obra Gráfica, com pesquisa e curadoria de Sebastião G. Branco sobre o trabalho gráfico do artista, poeta, editor, desenhista, gravador e professor nascido em Mafra/SC, em 1933. A abertura será em 12 de julho, às 19h.

O projeto da Ombu produção apresenta um recorte da trajetória de uma vida toda dedicada à arte, com mais de 80 trabalhos em três eixos da produção de Hugo Mund: ilustrações, edições e poemas visuais. Complementam a exposição um catálogo, aulas públicas, oficina e ações educativas. Aos 89 anos, Hugo Mund vive em Brasília e não exerce mais atividade artística. Projeto realizado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultural (FCC), com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura ∕ Artes – Edição 2019.

O projeto é resultado de três anos de pesquisa e da dissertação de mestrado do curador Sebastião Gaudêncio Branco, que identificou 120 trabalhos e registros em acervos públicos e privados, sendo que parte destes estarão na mostra, e toda a obra foi detalhada em uma cronologia inédita da vida do artista.

Pioneiro das artes gráficas em Santa Catarina, precursor na história do design gráfico e na poesia visual em âmbito nacional, Hugo foi um dos mais jovens colaboradores do Grupo Sul e participante de Bienais e circuitos internacionais de arte postal. É o artista com o maior número de obras no acervo do MASC, foi professor da Universidade de Brasília e membro de círculos artísticos em Florianópolis, Rio de Janeiro e Brasília. Mesmo com essa trajetória, há poucos estudos sobre ele e referências na História da Arte catarinense, que não permitem uma visão total de sua marca como artista. Apesar da relevância de sua produção, permanece relativamente anônimo, com toda sua obra no MASC, em bibliotecas, universidades públicas e coleções privadas.

Foram identificadas apenas duas entrevistas publicadas. Como artista, não sofreu pressão do mercado, atuando sempre em universidades e espaços públicos. A exposição retoma seu legado e possibilita conhecer quem ele é, que circuitos frequentou e como sua produção evidencia sua poética que une forma, palavra e cor.

A produção da exposição contou com informações de seu irmão Clive Mund e de entrevistas gravadas com Fábio Brüggemann, Jayro Schmidt, Onor Filomeno, Silveira de Souza, Tércio da Gama e Ylmar Corrêa, além da visita e apoio dos acervos do Espaço Salim Eglê (FAED), Fundação Hassis, Instituto Meyer Filho, Biblioteca Pública, Biblioteca Nacional, Biblioteca da UnB e Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin.

Serão apresentadas 84 obras no total. O catálogo e o material didático conversam com a obra “Matriz para um poema”, da publicação "Germens", de 1977. Nas ações educativas, um jornal impresso se transformará num plano de aula para professores. Além das visitas conduzidas pelo setor educativo do museu, a equipe da exposição irá gravar um vídeo de instrução a professores que será encaminhado para a rede pública e ficará disponível no site da Ombu produção. Todo o material educativo será compilado num site.

Trajetória

Filho de Elita Coirolo, uruguaia e Hugo Mund, alemão, chegou em Florianópolis em 1944. Estudou no Colégio Catarinense até 1951. Com apenas 15 anos, em 1949, publica em jornal os primeiros desenhos, uma peça de teatro e contos. Mais tarde funda com Silveira de Souza o Jornal Oásis, de literatura e arte, que teve seis exemplares. Aos 17 anos, Hugo Mund Jr. passa a integrar o Grupo Sul, movimento modernista em Santa Catarina na década de 1950, como ilustrador da Revista Sul e depois redator. Já na época a revista contava com distribuição internacional e dialogava com escritores e artistas do Brasil e do mundo.

O Círculo de Arte Moderna (CAM) era sua principal referência, além de vasto repertório de leitura na infância e juventude. Em 1953 inicia estudos de pintura na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, onde foi aluno de Oswaldo Goeldi em gravura e Henrique Cavalleiro em pintura. Participa da 1ª Bienal do México e da 5ª Bienal de São Paulo. Foi fundador do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis (GAPF) e criou a editora Edições do Livro de Arte com Silveira de Souza. Em 1963 passa a atuar como professor de Desenho de Observação e Xilogravura da UnB e dez anos depois coordena o centro de criatividade da Fundação Cultural de Brasília.

Na década de 1970 colabora com o grupo Poema/Processo e atua como diagramador da revista Cultura e como assessor da Diretoria de Documentação e Divulgação do Ministério da Educação. Em 1985 publica como poeta diversos livros e em 1988 reestrutura as oficinas de arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) nos módulos de Cor, Volume e Linha. Ingressa na Academia Catarinense de Letras com Silveira de Souza. O encerramento de sua trajetória artística se dá em 2008, com a doação de desenhos ao acervo do MASC, quando passa a ser o artista com mais obras na instituição.

Sua obra e memória são preservadas graças aos esforços do MASC, Museu Nacional de Brasília (MNU), Museu de Arte de Brasília (MAB), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade de Brasília (UnB), Universidade de São Paulo (USP), Biblioteca Nacional (BN), Editora Noa Noa e Academia Catarinense de Letras (ACL).

Eixo ilustração

A exposição inicia com 40 obras e registros, entre gravuras, desenhos a nanquim seco e aguado, e ilustrações para revistas e jornais. Este momento do artista revela um traçado nervoso, hachurado, fluido e também preciso, com uso de régua mas com predomínio da mão livre. A figuração domina com formas humanas e elementos da natureza. Aparenta derivar de desenhos de observação e também de figuras a partir de literatura ou memória.

Eixo poesia visual

Engloba cinco publicações em formato livro: Gráficos (1968), Palavras que não são palavras (1969), Germens (1977), Palavra e cor (1988) e Poema Selo (inédito); publicação Processo, organizada por Neide Sá e Lara Lemos (1969). Este eixo apresenta renovação da produção do artista e expõe a ideia de gráfico, projeto e texto desvencilhados da escrita literária. Trabalha com formas geométricas e orgânicas, fotos, recortes, colagens e caminha do gráfico traçado do desenho para a massa cheia de cor. Abandona parcialmente a estrutura de livro convencional e busca uma apreensão universal de estruturas que comunicam algo. Revela precisão, objetividade, racionalidade.


Eixo edição

Este último eixo diferencia-se dos anteriores pois o artista trabalha com questões tanto de concepção, diagramação, impressão, encadernação, assinatura e numeração quanto se envolve com lançamentos e distribuição. Em síntese este eixo mostra um artista que faz livros. Há aqui as seis edições do Jornal Oásis (1949-1951) e a editora Edições do Livro de Arte idealizada pelo artista e criada com Silveira de Souza, que resultou em três livros: Sonetos da noite (1958), de Cruz e Sousa, O Vigia e a Cidade (1960), de Silveira de Souza e País de Rosamor (1962), de Maura de Senna Pereira (1962). Remete à relação do artista com texto e imagem e também à distribuição da informação sobre a forma de jornal e livro/álbum.

Sobre o curador

Sebastião G. Branco (Lages/SC) vive em Palhoça/SC, é artista visual, professor e produtor. É mestre em Artes Visuais (UDESC/2019) e artista residente na Oficina de Gravura da FCC (2014/2020). Realizou três exposições individuais e participa de coletivas desde 2012. Publicou textos sobre Julia Iguti, Hugo Mund, Rubens Oestroem, Carlos Asp, Cristian Segura e outros. Realiza pesquisas com ênfase em arquivo de artistas catarinenses, vanguardas modernistas e arte contemporânea. Faz produção cultural, escrita de projeto e consultoria para artistas das artes visuais, música, dança e literatura. Atualmente é professor no Ensino de Jovens e Adultos em Palhoça/SC.

ficha técnica

curadoria: Sebastião G. Branco

produção geral: Gabi Bresola / Ombu produção
produção: Anna Moraes e Leila Pessoa
projeto expográfico: Gabriel Villas
design gráfico: Tina Merz

montador: Reno Caramori Filho
assessoria de comunicação: Barbara Pettres
educativo: Rafaela Maria Martins

marcenaria: Venilton Pinho

apoio: flamboiã - feira de publicações de artista

Serviço

HUGO MUND JR.: OBRA GRÁFICA

Data de abertura: 12 de julho, 19h.

Visitação: De 12 de julho a 18 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 21h

Local: Sala 1 do Museu de Arte de Santa Catarina
Centro Integrado de Cultura (CIC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis.

Entrada gratuita. Classificação livre.

 

 

Fonte: Assessoria de imprensa da mostra

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) receberá o evento de encerramento do 11º Salão Nacional Victor Meirelles com a realização de uma nova edição do projeto Encontros no MASC, no dia 1º de julho, às 19h. O evento terá uma conversa com Luciara Ribeiro e Ricardo Resende, integrantes da Comissão de Seleção e com a curadora Juliana Crispe, bem como com os artistas selecionados/premiados presentes. A mediação será feita pela administradora do Masc, Susana Bianchini. A participação no evento é gratuita e aberta ao público.

Sobre os participantes:

Luciara Ribeiro: nasceu em Xique-Xique/BA, vive em São Paulo/SP. É educadora, pesquisadora e curadora. Mestra em História da Arte pela Universidade Federal de São Paulo e pela Universidade de Salamanca. Tem Graduação em História da Arte também pela Universidade Federal de São Paulo. Interessa-se por questões relacionadas à decolonização da educação e das artes e pelo estudo das artes não ocidentais, em especial as africanas, afro-brasileiras e ameríndias. Atualmente é docente no Departamento de Artes Visuais da Faculdade Santa Marcelina.

Ricardo Resende: nasceu em Guaranésia/MG, vive em São Paulo/SP e Rio de Janeiro/RJ. Curador, Mestre em História da Arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), tem carreira centrada na área museológica. Trabalha desde 1988 em instituições como o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a Funarte (Rio de Janeiro) e o Centro Cultural São Paulo, quando desempenhou as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador assistente, diretor, diretor-geral e curador de instituição. Curador do Projeto Leonilson, de 1996 a 2017. De 2017 a 2020, foi Curador da Fábrica de Arte Marcos Amaro, em Itu, São Paulo. É curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea desde 2014, no Rio de Janeiro.

Juliana Crispe: nasceu e vive em Florianópolis/SC. Curadora-Geral e Curadora de Montagem do Salão Nacional Victor Meirelles (MASC, 2022). É professora, curadora independente, pesquisadora, arte-educadora e artista visual. Desenvolve projetos curatoriais desde 2007, tendo participado de mais de uma centena de exposições, com destaque em SC, e também atuado nos estados de SP, RJ, PR e RS. Tem pós-doutorado no PPGAV/UDESC, doutorado em Educação pelo PPGE/UFSC, mestrado em Artes Visuais pelo PPGAV/UDESC, licenciatura em Artes Visuais pelo CEART/Udesc e bacharelado em Artes Plásticas também pelo CEART/Udesc. Participa de Conselhos e Comissões em
Editais de Artes Visuais. É membra do Conselho Deliberativo do Masc e da ABCA (Associação Brasileira de Críticos de Arte). É coordenadora do Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza.

Mediação:
Susana Bianchini: nasceu em Brusque/SC, vive e trabalha em Florianópolis/SC. Administradora do Masc, é artista visual formada pelo Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Sua trajetória inclui exposições de pintura no Brasil e no Exterior. Como gestora cultural teve passagem no Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), Gerência de Políticas de Cultura na Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte.

Serviço:

Encontros no Masc - Salão Nacional Victor Meirelles
Dia: 01/07/2022
Horário: das 19h às 21h
Local: Espaço Claraboia, no Masc
Entrada gratuita (não é necessário fazer inscrição).

 
 

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) será palco, na próxima sexta-feira (27), da performance “Gênesis 03:16” e da conversa “O corpo negro em ação de contra-ataque: performance como re-existência”, ambas com a artista Priscila Rezende. Ambas as atividades fazem parte da programação da mostra do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, que segue aberta à visitação no Museu, e têm entrada gratuita.

As ações ocorrem em parceria com o Projeto Integrado do Curso de Artes Visuais do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (CEART/UDESC). A performance “Gênesis 03:16” foi selecionada para o 11º Salão Nacional Victor Meirelles.

Sobre a artista

Priscila Rezende é artista visual e desenvolve trabalhos em vídeo, instalação, fotografia e objeto, mas tem a performance como produção predominante em sua trajetória. Raça, identidade, inserção e presença do indivíduo negro e das mulheres na sociedade contemporânea são os principais norteadores e questionamentos levantados no trabalho dela.

Partindo de suas próprias experiências, limitações impostas, discriminação e estereótipos são expostos em ações corporais viscerais, que buscam estabelecer com o público um diálogo direto e claro. A artista propõe ao público partilhar e ser confrontado por diferentes realidades, de forma a deslocá-lo de suas posições de conforto e a questionar prerrogativas cristalizadas.

Priscila é graduada em Artes Visuais pela Escola Guignard-UEMG (Belo Horizonte, Brasil) com habilitação em Fotografia e Cerâmica. Em sua atuação destaca-se a presença em exposições e performance em diversas regiões do Brasil como Amapá, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo; e em países como Alemanha, Espanha, EUA, Holanda, Inglaterra e Polônia.

Serviço:

O quê: Performance “Gênesis 03:16” e conversa “O corpo negro em ação de contra-ataque: performance como re-existência”, com a artista Priscila Rezende.
Quando: 27/05/2022 (sexta-feira), às 18h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

Momento bastante esperado pelo público e artistas da área, será aberta na próxima segunda-feira (9), às 19h, a exposição com as obras vencedoras do 11º Salão Nacional Victor Meirelles, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC). Trabalhos dos 25 artistas selecionados serão colocadas para a visitação do público com entrada gratuita até 3 de julho de 2022.

Dos trabalho selecionados entre os 560 inscritos de todo o país, destacaram-se as obras fotográficas "Cosmografia", de Amanda Melo da Mota Silveira (SP); e "Não consigo respirar" e "Pavor Negro", de Sérgio Adriano Dias Luiz (SC), primeiras colocadas com a mesma pontuação, que receberão o prêmio de aquisição no valor de R$ 20 mil.

A exemplo das edições mais recentes do Salão, nesta dois artistas serão homenageados com salas dedicadas especialmente às suas obras: João Otávio Neves Filho, o Janga (1946-2018); e Carlos Asp. A curadoria da exposição é assinada por Juliana Crispe.

Artistas participantes

Aline Brune (Salvador-BA)
Amador e Jr. Segurança Patrimonial LTDA (Rio de Janeiro-RJ)
Amanda Melo da Mota (São Paulo-SP)
Bruno Faria (São Paulo-SP)
Bruno Novaes (São Paulo-SP)
Carlos Asp (Viamão-RS)
Claudia Zimmer (Blumenau/SC)
Djuly Gava (Florianópolis-SC)
Fran Favero (Florianópolis-SC)
Jan M.O (Joinville-SC)
Kaue Garcia (Campinas-SP)
Lia Cunha (Salvador-BA)
Luana Navarro (Curitiba-PR)
Luiza Baldan (Rio de Janeiro-RJ)
Morena (Brasília-DF)
Mônica Vaz (Belo Horizonte-MG)
Milla Jung (Curitiba-PR)
Noara Quintana (Florianópolis-SC)
Priscila Rezende (Belo Horizonte/MG)
Rafa Black (São Paulo-SP)
Raquel Stolf (Florianópolis-SC)
Rodrigo Zeferino (Ipatinga/MG)
Romy Huber (Itajaí-SC)
Rudolfo Auffinger e Keythe Tavares (Joaçaba/SC)
Sérgio Adriano H. (Joinville-SC)

Membros da Comissão de Avaliação

Paulo Miyada
Fernanda Magalhães
Ricardo Resende
Luciara Ribeiro
Cristiana Tejo
Juliana Crispe

Sobre o 11º Salão Nacional Victor Meirelles

Com inscrições abertas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, esta edição 11º Salão Nacional Victor Meirelles recebeu 560 inscrições vindas de todas as regiões do país, sendo que 406 foram habilitadas para a etapa final e 25 selecionadas como vencedoras. Criado em 1993 e voltado às artes visuais, o concurso realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) tem valor total de R$ 215 mil. As duas obras melhor colocadas receberão, ainda, R$ 20 mil cada pela aquisição. Foram contempladas proposições de trabalhos artísticos nas modalidades de Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Instalação, Objeto, Performance, Pintura, Videoarte, outras mídias contemporâneas e novas tecnologias.

O Salão homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris, pintou sua obra mais conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Salão de Paris, de 1861.

Sobre os vencedores do prêmio de aquisição

Escudo Amanda MeloCosmografia - Amanda Melo da Mota Silveira: a série de cinco fotografias está vinculada a encontros com rezadeiras, coletivo de mulheres e grupos que celebram solstícios e equinócios, realizados nos sítios arqueológicos e monumentos megalíticos da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, ocorridos durante três anos. A pesquisa procurou investigar um dos mais ricos acervos rupestres do planeta, contendo 65 sítios arqueológicos com centenas de inscrições e também dezenas de sítios com pedras orientadas. As pedras, possivelmente serviam como calendários astronômicos aos primeiros habitantes da região, cuja ocupação iniciou-se cerca de 5 mil anos atrás. Algumas dessas inscrições rupestres estão propositalmente alinhadas aos diferentes locais onde o sol nasce nas mudanças de estação. É provável que os povos originários usassem esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e para rituais de fertilidade. As fotografias trazem para hoje as relações de um pensamento mítico, perpassado por narrativas e oralidades estreitamente alinhadas com pensamentos filosóficos do agora, permitem acessar uma realidade via conservação de descobertas transmitidas por ancestralidades perdidas, de geração em geração, em narrativas que não podem deixar de existir para a garantia de transmissão de novos estados de vida.

Sergio Adriano SNVM

Não consigo respirar e Pavor Negro - Sérgio Adriano Dias Luiz:  com base em um fato histórico altamente significativo, o primeiro marco oficial do descobrimento do Brasil, no ano de 1501, as obras buscam entender como foi o início da colonização do Brasil, desconhecidos por muitos já que a historiografia nem sempre é a verdadeira, e tentar compreender como chegamos até aqui, uma busca pelo descolonialismo. Os livros História do Brasil propõem pensar nas histórias ausentes, no que foi amordaçado, as palavras não ditas, palavras tomadas. Dar voz ao que foi calado. São livros que lidam com as fronteiras entre a história social ocultada e a história que foi apresentada, numa proposta de um “P.S.” (post scriptum).

 

 

 

 

Sobre os homenageados

João Otávio Neves Filho, conhecido como Janga (1946 - 2018), teve forte ligação com a arte e a cultura, com vasto currículo no campo das artes visuais, curadoria de exposições, crítica, divulgação e promoção da arte catarinense, em especial, a de Florianópolis. Foi o idealizador da galeria de artes Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas em 1985 de Santo Antônio de Lisboa. Também foi membro do Conselho Estadual de Cultura.

Carlos Roberto Carneiro Asp, ou Carlos Asp (1949), é natural de Porto Alegre (RS), onde expôs pela primeira vez suas gravuras aos 17 anos. A maior parte de sua carreira, no entanto, ocorre em Santa Catarina, onde atua há mais de 40 anos. A partir dos anos 1970, participou de exposições e salões de arte em diversas cidades do país. Também foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Serviço:

O quê: Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Abertura: 9 de maio de 2022, às 19h
Visitação: até 3 de julho de 2022. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre*
(Exceto para a Sala de Vídeo, na qual a classificação indicativa é 18 anos)

Já está definida a data para a abertura da exposição com as obras vencedoras do 11º Salão Nacional Victor Meirelles. No dia 9 de maio, às 19h, os trabalhos dos 25 artistas selecionados serão colocadas para a visitação do público, com entrada gratuita, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC).

Dos trabalho selecionados entre os 560 inscritos de todo o país, destacaram-se as obras fotográficas "Cosmografia", de Amanda Melo da Mota Silveira (SP); e "Não consigo respirar" e "Pavor Negro", de Sérgio Adriano Dias Luiz (SC), primeiras colocadas com a mesma pontuação, que receberão o prêmio de aquisição no valor de R$ 20 mil.

A exemplo das edições mais recentes do Salão, nesta dois artistas serão homenageados com salas dedicadas especialmente às suas obras: João Otávio Neves Filho, o Janga (1946-2018); e Carlos Asp. A curadoria da exposição é assinada por Juliana Crispe.

Artistas participantes

Aline Brune (Salvador-BA)
Amador e Jr. Segurança Patrimonial LTDA (Rio de Janeiro-RJ)
Amanda Melo da Mota (São Paulo-SP)
Bruno Faria  (São Paulo-SP)
Bruno Novaes (São Paulo-SP)
Carlos Asp (Viamão-RS)
Claudia Zimmer (Blumenau/SC)
Djuly Gava (Florianópolis-SC)
Fran Favero (Florianópolis-SC)
Jan M.O (Joinville-SC)
Kaue Lopes (Campinas-SP)
Lia Vaquer (Salvador-BA)
Luana Navarro (Curitiba-PR)
Luiza Baldan (Rio de Janeiro-RJ)
Morena (Brasília-DF)
Mônica Vaz (Belo Horizonte-MG)
Mylla Jung (Curitiba-PR)
Noara Quintana (Florianópolis-SC)
Priscila Rezende (Belo Horizonte/MG)
Rafa Black (São Paulo-SP)
Raquel Stolf (Florianópolis-SC)
Rodrigo Zeferino (Ipatinga/MG)
Romy Huber (Itajaí-SC)
Rudolfo Auffinger e Keythe Tavares (Joaçaba/SC)
Sérgio Adriano H. (Joinville-SC)

Membros da Comissão de Avaliação

Paulo Miyada
Fernanda Magalhães
Ricardo Resende
Luciara Ribeiro
Cristiana Tejo
Juliana Crispe

Sobre o 11º Salão Nacional Victor Meirelles

Com inscrições abertas entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, esta edição 11º Salão Nacional Victor Meirelles recebeu 560 inscrições vindas de todas as regiões do país, sendo que 406 foram habilitadas para a etapa final e 25 selecionadas como vencedoras. Criado em 1993 e voltado às artes visuais, o concurso realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) tem valor total de R$ 215 mil. As duas obras melhor colocadas receberão, ainda, R$ 20 mil cada pela aquisição. Foram contempladas proposições de trabalhos artísticos nas modalidades de Desenho, Escultura, Fotografia, Gravura, Instalação, Objeto, Performance, Pintura, Videoarte, outras mídias contemporâneas e novas tecnologias.

O Salão homenageia o artista catarinense Victor Meirelles de Lima, nascido em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis, em 1832 e falecido no Rio de Janeiro, em 1903. Foi pintor, desenhista e professor. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em Paris, pintou sua obra mais conhecida “Primeira Missa no Brasil”, exposta pela primeira vez no Salão de Paris, de 1861.

Sobre os vencedores do prêmio de aquisição

Escudo Amanda MeloCosmografia - Amanda Melo da Mota Silveira: a série de cinco fotografias está vinculada a encontros com rezadeiras, coletivo de mulheres e grupos que celebram solstícios e equinócios, realizados nos sítios arqueológicos e monumentos megalíticos da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, ocorridos durante três anos. A pesquisa procurou investigar um dos mais ricos acervos rupestres do planeta, contendo 65 sítios arqueológicos com centenas de inscrições e também dezenas de sítios com pedras orientadas. As pedras, possivelmente serviam como calendários astronômicos aos primeiros habitantes da região, cuja ocupação iniciou-se cerca de 5 mil anos atrás. Algumas dessas inscrições rupestres estão propositalmente alinhadas aos diferentes locais onde o sol nasce nas mudanças de estação. É provável que os povos originários usassem esse calendário para uma série de atividades cotidianas como a pesca, plantio, colheita, caça e para rituais de fertilidade. As fotografias trazem para hoje as relações de um pensamento mítico, perpassado por narrativas e oralidades estreitamente alinhadas com pensamentos filosóficos do agora, permitem acessar uma realidade via conservação de descobertas transmitidas por ancestralidades perdidas, de geração em geração, em narrativas que não podem deixar de existir para a garantia de transmissão de novos estados de vida.

Sergio Adriano SNVM

 

Não consigo respirar e Pavor Negro - Sérgio Adriano Dias Luiz:  com base em um fato histórico altamente significativo, o primeiro marco oficial do descobrimento do Brasil, no ano de 1501, as obras buscam entender como foi o início da colonização do Brasil, desconhecidos por muitos já que a historiografia nem sempre é a verdadeira, e tentar compreender como chegamos até aqui, uma busca pelo descolonialismo. Os livros História do Brasil propõem pensar nas histórias ausentes, no que foi amordaçado, as palavras não ditas, palavras tomadas. Dar voz ao que foi calado. São livros que lidam com as fronteiras entre a história social ocultada e a história que foi apresentada, numa proposta de um “P.S.” (post scriptum).



Sobre os homenageados

João Otávio Neves Filho, conhecido como Janga (1946 - 2018), teve forte ligação com a arte e a cultura, com vasto currículo no campo das artes visuais, curadoria de exposições, crítica, divulgação e promoção da arte catarinense, em especial, a de Florianópolis. Foi o idealizador da galeria de artes Casa Açoriana: Artes e Tramoias Ilhoas em 1985 de Santo Antônio de Lisboa. Também foi membro do Conselho Estadual de Cultura.

Carlos Roberto Carneiro Asp, ou Carlos Asp (1949), é natural de Porto Alegre (RS), onde expôs pela primeira vez suas gravuras aos 17 anos. A maior parte de sua carreira, no entanto, ocorre em Santa Catarina, onde atua há mais de 40 anos. A partir dos anos 1970, participou de exposições e salões de arte em diversas cidades do país. Também foi professor do Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

Serviço:

O quê: Exposição do 11º Salão Nacional Victor Meirelles
Abertura: 9 de maio de 2022, às 19h
Visitação: até 3 de julho de 2022. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita