FCC  Facebook Twitter Youtube instagram fcc

Marca GOV 110px

O terceiro encontro do Ciclo de Conferências "Do Museu do Outro ao Museu de Si", realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sobre o Museu de Arte de Santa Catarina, terá como tema "O modelo negro no acervo do MASC". O evento ocorrerá no próximo dia 23 de outubro, às 19h, no Museu.

Conforme o Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa, palestrante e organizador do evento, o modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido e somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea.

Na atividade, que será conduzida por Correa, da UFSC, com mediação da Dra. Maria Helena Barbosa, do MASC, será proposta uma análise da (in)visibilidade do modelo negro no acervo do Museu e a problematização da história da instituição, bem como o seu arquivamento, a partir desses cinco exemplos. O Ciclo "Do Museu do Outro ao Museu de Si", é realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

 Serviço:

Ciclo de Conferências "Do Museu do Outro ao Museu de Si" 

Tema: "O modelo negro no acervo do MASC

Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)

Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)

Data: 23/10/2024, às 19h

Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) 

 

Cronograma do Ciclo de Conferências:

Data: 29/08 (quinta-feira), às 19h JÁ REALIZADO
Local: Cinema do CIC
Tema: Do museu do outro ao museu de si
As coleções africanas em museus do Brasil
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Profa. Dra. Karine Lima da Costa (UFSC)
Sobre: Objetos de arte africana foram, geralmente, considerados "objetos etnográficos"; e muitas coleções africanas se encontram em museus da era dos impérios coloniais. Outrora vistos no "museu do outro", esses objetos passam a ser reivindicados por países africanos para integrar coleções do "museu de si". No Brasil, uma dezena de museus conta com objetos de arte africana tradicional. Restituição ou permanência no patrimônio cultural da diáspora africana pode ser um dilema para a nova museologia.

Data: 25/09 (quarta-feira), às 19h JÁ REALIZADO
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC)
Tema: Matrioshka ou da história de encaixes do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: As bonecas russas conhecidas pelo nome de Matrioshka formam, tradicionalmente, um conjunto de algumas peças que se encaixam uma nas outras, da pequena à maior delas. Segundo Prof. Sílvio, a história do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka. Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.

Data: 23/10 (quarta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no acervo do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: O modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido. Somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea. A partir desses cinco exemplos, busca-se analisar e problematizar a questão do modelo negro no acervo do MASC.

28/11 (quinta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no atelier de Martinho de Haro
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: A partir de uma nova perspectiva em história da arte (VERGÈS, 2023; LAFONT, 2022), busca-se problematizar o anonimato do modelo negro no atelier do artista Martinho de Haro. A partir de cronotopos (BAKHTIN, 2014) que remetem não só às origens socioeconômicas da ilha de Santa Catarina, notadamente à escravidão insular, mas também ao período pós-emancipação e à redemocratização do país, desloca-se o foco da análise do artista para o seu modelo, da história local e insular para o mito da “democracia racial” brasileira. Resulta dessa análise uma nova interpretação para dezenas de obras de Martinho de Haro e para uma história da arte a partir do estudo sobre os modelos negros.

SOBRE O CONFERENCISTA

Sílvio Marcus de Souza Correa é historiador e professor associado do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em sociologia pela Westfälische Wilhelms-Universität de Münster (Alemanha) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, foi pesquisador visitante em várias instituições estrangeiras como o CNRS do Canadá, o Instituto de Estudos Avançados de Paris e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Coordenador do Laboratório de Estudos em História da África (LEHAf) da UFSC e do Grupo de Pesquisa História da África e Cultura Visual junto ao CNPq. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as coleções africanas em museus do Brasil e prepara o seu próximo estágio no exterior como pesquisador visitante no Instituto Nacional de História da Arte de Paris (França).

 

A história do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) é tema da segunda conferência do Ciclo "Do Museu do Outro ao Museu de Si", realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O encontro "Matrioshka ou da história de encaixes do MASC" ocorrerá no dia 25 de setembro, às 19h, no próprio MASC. 

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo formulário disponível no link https://forms.gle/RymBbfbeQZ9672ms7. Haverá entrega de certificado de participação.

Na conferência, o palestrante Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa, da UFSC, com mediação da Dra. Maria Helena Barbosa, do MASC, falará sobre a história do MASC a partir da analogia com as bonecas russas conhecidas pelo nome de Matrioshka, que formam, tradicionalmente, um conjunto de algumas peças que se encaixam uma nas outras, da menor à maior delas. Segundo Correa, a história do Museu de Arte de Santa Catarina tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka. Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.

Cronograma do Ciclo de Conferências:

Data: 29/08 (quinta-feira), às 19h JÁ REALIZADO
Local: Cinema do CIC
Tema: Do museu do outro ao museu de si
As coleções africanas em museus do Brasil
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Profa. Dra. Karine Lima da Costa (UFSC)
Sobre: Objetos de arte africana foram, geralmente, considerados "objetos etnográficos"; e muitas coleções africanas se encontram em museus da era dos impérios coloniais. Outrora vistos no "museu do outro", esses objetos passam a ser reivindicados por países africanos para integrar coleções do "museu de si". No Brasil, uma dezena de museus conta com objetos de arte africana tradicional. Restituição ou permanência no patrimônio cultural da diáspora africana pode ser um dilema para a nova museologia.

Data: 25/09 (quarta-feira), às 19h
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC)
Tema: Matrioshka ou da história de encaixes do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: As bonecas russas conhecidas pelo nome de Matrioshka formam, tradicionalmente, um conjunto de algumas peças que se encaixam uma nas outras, da pequena à maior delas. Segundo Prof. Sílvio, a história do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka. Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.

Data: 23/10 (quarta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no acervo do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: O modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido. Somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea. A partir desses cinco exemplos, busca-se analisar e problematizar a questão do modelo negro no acervo do MASC.

28/11 (quinta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no atelier de Martinho de Haro
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: A partir de uma nova perspectiva em história da arte (VERGÈS, 2023; LAFONT, 2022), busca-se problematizar o anonimato do modelo negro no atelier do artista Martinho de Haro. A partir de cronotopos (BAKHTIN, 2014) que remetem não só às origens socioeconômicas da ilha de Santa Catarina, notadamente à escravidão insular, mas também ao período pós-emancipação e à redemocratização do país, desloca-se o foco da análise do artista para o seu modelo, da história local e insular para o mito da “democracia racial” brasileira. Resulta dessa análise uma nova interpretação para dezenas de obras de Martinho de Haro e para uma história da arte a partir do estudo sobre os modelos negros.

SOBRE O CONFERENCISTA

Sílvio Marcus de Souza Correa é historiador e professor associado do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em sociologia pela Westfälische Wilhelms-Universität de Münster (Alemanha) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, foi pesquisador visitante em várias instituições estrangeiras como o CNRS do Canadá, o Instituto de Estudos Avançados de Paris e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Coordenador do Laboratório de Estudos em História da África (LEHAf) da UFSC e do Grupo de Pesquisa História da África e Cultura Visual junto ao CNPq. Atualmente, desenvolve pesquisas sobre as coleções africanas em museus do Brasil e prepara o seu próximo estágio no exterior como pesquisador visitante no Instituto Nacional de História da Arte de Paris (França).

Na próxima segunda-feira (26), o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) terá uma noite especial. A partir das 19h, o público confere a exposição-projeção "Arte Imperecível", com obras do acervo da instituição; e, a partir das 19h15, apresenta nova edição do projeto MASCquianas Musicais, desta vez com uma atração internacional: a pianista italiana Martina Drudi. A entrada é gratuita e aberta ao público, sem necessidade de retirada prévia de ingressos. 

Recital

A série MASCquianas Musicais visa aproximar o público que aprecia Museu e Música. É uma “exposição musical guiada”, experiência em que a audiência, mesmo leiga, é convidada a entender as complexidades de alguns trechos musicais, explicados pelos artistas, além de apreciar um repertório interpretado com excelência e aprender sobre os instrumentos, compositores e suas obras de arte.

Além de Marina Drudi, a noite terá, ainda, participação do pianista André Luiz Nunes e mediação de Ana Paula Weschenfelder. No programa estão obras de Haydn (Variação em Fá menor), Beethoven (Sonata Waldstein op.53) e Mozart (Sonata em C maior K. 521 - dueto).

Martina Drudi formou-se em 2002 no Conservatório "F. Venezze" em Rovigo, sob a orientação do Maestro Fabio Ferrucci. Estudou depois com Konstantin Bogino, seguindo também cursos com Massimiliano Ferrati, Svetlana Bogino e Vladimir Ogarkov. Dedica-se ativamente ao repertório solo e de câmara, participando em importantes festivais de concertos na Itália e no exterior. Com o Trio InUno (oboé, fagote e piano) ganhou o primeiro prêmio no Concurso Europeu “Rocco Rodio” de Castellana Grotte; o Primeiro Prêmio Absoluto no Concurso “Asti per Asti”, o Primeiro Prêmio no Concurso "Giulio Rospigliosi" em Lamporecchio, o Terceiro Prêmio no "Concurs Josep Mirabent i Magrans" em Barcelona, o Terceiro Prêmio no Concurso "Luigi Nono" em Turim.

Com o Trio conseguiu também, com nota máxima, o Diploma de Música de Câmara na Accademia Pianistica “Incontri col Maestro” em Imola. Desde 2011 é coordenadora do Coro Infantil da Esciola de Música Sarti, e desde abril de 2013 é diretora do Coro Jubilate (Faenza-Itália), com o qual se apresenta em importantes eventos. Desde 2016 está qualificada no método Children’s Music Laboratory, que leciona na Escola “A. Masironi” de Brisighella e “G. Sarti” de Faenza.

Organiza, junto com seu colega Lorenza Garavini, o Music Bridge, workshop internacional do método CML, que ministra em Faenza centenas de famílias de toda a Itália. Desde o 2018 é organizadora didática do Festival "Fiato al Brasile". Desde 2016 mantém fortes relacionamentos com as Universidades Brasileiras USP de Ribeirão Preto (SP) e UDESC de Florianópolis (SC), cidade aonde vai quase todos os anos para realizar conferências sobre o método CML, sobre repertório pianístico e coral, sobre ensino, atuando também como performer.

Martina Drudi também é formada em Filosofia pela Universidade de Bolonha, com uma tese em Filosofia da Música intitulada “Kircher e a teoria dos afetos”.

convite arte imperecívelExposição-projeção "Arte Imperecível"

Na celebração dos seus 75 anos, o MASC apresenta a exposição-projeção "Arte Imperecível", com curadoria de Ana Paula Weschenfelder, Fabricio Tomazi Peixoto, Fernando Albalustro e Juliana Hoffmann. A mostra será exibida durante o concerto Mascquianas Musicais, com a pianista italiana Martina Drudi.

A intersecção entre música e imagens proporciona ao espectador experenciar audição e visualidade na relação entre sons, formas, acordes e tons. A imagética das obras selecionadas no acervo do MASC conversa com a biografia e a sonoridade dos compositores clássicos Haydn, Mozart e Beethoven, que serão interpretados por Martina Drudi. São obras de artistas italianos, descendentes ou com formação na Itália, que se unem às melodias vibradas nos acordes, em uma clara homenagem à pianista italiana.

Esta será a segunda exposição-projeção oferecida pelo MASC. A primeira ocorreu em 8 de março, em celebração ao Dia Internacional da Mulher, durante apresentação da Orquestra de Cordas da Ilha no local.

Serviço:

O quê: Recital com a pianista Martina Drudi (Itália) - MASCquianas Musicais e Exposição-projeção "Arte Imperecível"
Quando: 26/08/2024, às 19h (exposição) e às 19h15 (recital)
Onde: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita

Nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, às 14h30, o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe a pianista, professora e maestrina italiana Martina Drudi para uma masterclass de piano. As inscrições são gratuitas e estão abertas no link https://forms.gle/N6GrhNV8oYmwZknx9

Pianistas profissionais e estudantes do instrumento terão a oportunidade de participar, gratuitamente. Serão disponibilizadas seis vagas para executantes e 30 vagas para ouvintes de diferentes níveis. As vagas para executantes serão definidas de acordo com o repertório e as vagas para ouvintes serão definidas por ordem de inscrição. O museu enviará um e-mail até 21 de agosto, quarta-feira, às 19h, confirmando a vaga. Haverá entrega de certificado para os executantes.

Sobre Martina Drudi

Da cidade de Faenza, na Itália, Martina formou-se em piano no ano de 2002 no Conservatório F. Venezze em Rovigo (Itália), sob a orientação do Maestro Fabio Ferrucci. Dedica-se ativamente ao repertório solo e de câmara, participando em importantes festivais de concertos na Itália e no exterior. É coordenadora do Coro Infantil da Scuola de Música Sarti e também diretora do Coro Jubilate (Faenza-Itália), com o qual se apresenta em eventos. É especialista em música do período clássico, tendo mais referência em Bach, Scarlatti, Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, Ravel, Debussy, Milhaud e Shostakovich. Já ministrou masterclasses na USP e ALMA de Ribeirão Preto (SP), e também em instituições de Faenza, Brisighella e Polignano a Mare (Itália). Desde 2016 está qualificada no método Children's Music Laboratory (CLM), que leciona na Escola A. Masironi de Brisighella e G. Sarti de Faenza. Organiza, junto com sua colega Lorenza Garavini, o Music Bridge, workshop internacional do método CML, que ministra em Faenza com centenas de famílias de toda a Itália.

 

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) é um dos temas abordados pelo Ciclo de Conferências "Do Museu do Outro ao Museu de Si", realizado pelo Laboratório de Estudos de História da África (LEHAf), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os eventos ocorrerão a partir do dia 29 de agosto, uma vez por mês, até novembro, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) e no MASC.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo formulário disponível no link https://forms.gle/RymBbfbeQZ9672ms7. Haverá entrega de certificado de participação.

A pesquisa "Do Museu do Outro ao Museu de Si" fez parte das atividades de formação acadêmica em nível de pós-doutorado do historiador Sílvio Marcus de Souza Correa, junto ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de São Paulo (USP). Uma primeira fase da pesquisa foi desenvolvida em 2023 e coletou dados de uma dezena de museus no Brasil, que contêm aproximadamente 5 mil objetos de arte africana. A pesquisa foi também realizada em museus de Portugal, França, Bélgica e Senegal durante um estágio no exterior. A segunda fase se realiza no decurso de 2024 e uma última está prevista para 2025, junto ao Instituto Nacional de História da Arte (INHA) de Paris.

Cronograma do Ciclo de Conferências:

Data: 29/08 (quinta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: Do museu do outro ao museu de si
As coleções africanas em museus do Brasil
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Profa. Dra. Karine Lima da Costa (UFSC)
Sobre: Objetos de arte africana foram, geralmente, considerados "objetos etnográficos"; e muitas coleções africanas se encontram em museus da era dos impérios coloniais. Outrora vistos no "museu do outro", esses objetos passam a ser reivindicados por países africanos para integrar coleções do "museu de si". No Brasil, uma dezena de museus conta com objetos de arte africana tradicional. Restituição ou permanência no patrimônio cultural da diáspora africana pode ser um dilema para a nova museologia.

Data: 25/09 (quarta-feira), às 19h
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC)
Tema: Matrioshka ou da história de encaixes do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: As bonecas russas conhecidas pelo nome de Matrioshka formam, tradicionalmente, um conjunto de algumas peças que se encaixam uma nas outras, da pequena à maior delas. Segundo Prof. Sílvio, a história do Museu de Arte de Santa Catarina
(MASC) tem sido reproduzida em encaixes de poucas partes – como uma Matrioshka. Desde o primeiro espaço onde ocorreu a Exposição de Arte Contemporânea em Florianópolis em 1948 até a atual sede do MASC, ele discorrerá sobre seus pensamentos decorrentes de sua pesquisa.

Data: 23/10 (quarta-feira), às 19h
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC)
Tema: O modelo negro no acervo do MASC
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: O modelo negro no acervo do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) tem sua melhor expressão em cinco retratos. Em apenas um deles, o modelo é conhecido. Somente um deles é datado. Seus autores são Eduardo Dias, Alberto da Veiga Guignard, Alice Soares e Elizabeth Catlett. Esses retratos remetem a diferentes períodos da história da arte moderna e contemporânea. A partir desses cinco exemplos, busca-se analisar e problematizar a questão do modelo negro no acervo do MASC.

28/11 (quinta-feira), às 19h
Local: Cinema do CIC
Tema: O modelo negro no atelier de Martinho de Haro
Palestrante: Prof. Dr. Sílvio Marcus de Souza Correa (UFSC)
Mediadora: Dra. Maria Helena Barbosa (MASC)
Sobre: A partir de uma nova perspectiva em história da arte (VERGÈS, 2023; LAFONT, 2022), busca-se problematizar o anonimato do modelo negro no atelier do artista Martinho de Haro. A partir de cronotopos (BAKHTIN, 2014) que remetem não só às origens socioeconômicas da ilha de Santa Catarina, notadamente à escravidão insular, mas também ao período pós-emancipação e à redemocratização do país, desloca-se o foco da análise do artista para o seu modelo, da história local e insular para o mito da “democracia racial” brasileira. Resulta dessa análise uma nova interpretação para dezenas de obras de Martinho de Haro e para uma história da arte a partir do estudo sobre os modelos negros.

SOBRE O CONFERENCISTA

Sílvio Marcus de Souza Correa é historiador e professor associado do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutor em sociologia pela Westfälische Wilhelms-Universität de Münster (Alemanha) e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq, foi pesquisador visitante em várias instituições estrangeiras como o CNRS do Canadá, o Instituto de Estudos Avançados de Paris e o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Coordenador do Laboratório de Estudos em História da África (LEHAf) da UFSC e do Grupo de Pesquisa História da África e Cultura Visual junto ao CNPq. Atualmente, desenvolve pesquisas sobra as coleções africanas em museus do Brasil e prepara o seu próximo estágio no exterior como pesquisador visitante no Instituto Nacional de História da Arte de Paris (França).