O programa de apoio à produção audiovisual da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) está viabilizando "Sem Palavras", um documentário realizado pela Contraponto e dirigido por Kátia Klock, que abordará um período da história brasileira ainda pouco pesquisado. Trata-se dos efeitos provocados pela Campanha de Nacionalização do Estado Novo, um conjunto de ações que deixou marcas invisíveis, mas não menos dolorosas. Entre 1937 e 1945, em nome de um sentimento nacionalista, o alemão e o italiano tornaram-se, línguas proibidas. Pouco se fala sobre o que ocorria no Brasil naqueles anos. "Sem Palavras" retrata esse momento sob a ótica da memória e das vivências femininas de descendentes de imigrantes alemães e seus familiares.
Em 2007, o governo do Estado, por meio da FCC, contemplou 13 projetos pelo Prêmio Cinemateca Catarinense/FCC, totalizando um valor de R$ 1,6 milhão. O longa-metragem "Querido Pai", de Everson Faganello, conquistou o primeiro prêmio. Além dele, o edital viabilizou outros três projetos de curtas de R$ 100 mil cada um, dois documentários de R$ 100 mil, três vídeos de R$ 40 mil, dois projetos de desenvolvimento de roteiro de longa-metragem de R$ 15 mil, e dois de roteiro de curta de R$ 5 mil.
"Sem Palavras" tem caráter sociocultural e poderá servir como suporte para sala de aula e debates sobre identidade e resgate histórico. Kátia Klock crê que as comunidades teuto-brasileiras poderão recuperar parte de sua história, como também brasileiros residentes na Alemanha que buscam conhecer a trajetória e destino de seus ascendentes, longe dos limites territoriais de origem.
O cronograma de trabalho abrange cidades marcadas pelas colonização alemã. A equipe passaria por Blumenau, Vila Itoupava, Pomerode, Balneário, Joinville, Jaraguá do Sul, Brusque e Florianópolis. Em outubro o documentário deve estar finalizado, pronto para o lançamento.
Com um olhar marcado pela contemporaneidade, que mescla memória, história, cultura e identidade, "Sem Palavras" busca revelações e lembranças pessoais para construir narrativas orais e dados históricos que possam estimular reflexões sobre o passado e o presente.
Na época em que era proibido falar outra língua em território nacional que não fosse o português, existiram dois campos de concentração em Santa Catarina para onde eram levados alemães e descendentes sob suspeita aos olhos dos generais brasileiros. "A perseguição marcou muitas famílias", conta Kátia Klock, interessada na histórias que envolvam política, cultura, educação e pátria.
As lembranças das descendentes alemãs estão enfatizadas no trabalho, porque a mulher, mais do que o homem, vive o mundo privado, geradora de cultura e de todos os valores da identidade familiar. Enquanto eles, por questões profissionais foram obrigados a adotar o português como forma de comunicação, elas ficaram em casa e, assim, mantiveram a tradição lingüística.
O documentário baseia-se em pesquisas realizadas no Arquivo Histórico de Joinville, no Arquivo Histórico de Blumenau, entre outros, bem como em estudos acadêmicos, como "Memórias de um Tempo de Esquecer", tese de doutorado de Janine Gomes da Silva, da Universidade Regional de Joinville (Univille), defendida em 2004 no curso de história da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A equipe técnica conta com a produção executiva de Maurício Venturi, produção de Cinthia Creatini, direção de fotografia de Patrício Furlaneto e assistência de câmera de Amarildo Ribeiro. O documentário conta com o apoio do portal www.brasilalemanha.com.br
A editora Letras Contemporâneas lança neste sábado (18 de abril), "a bordo" da Barca dos Livros (Lagoa da Conceição), a coletânea XXI Poetas de Hoje em Dia(nte). Como o próprio título sugere, trata-se de um compêndio que reúne 21 nomes da nova safra da poesia nacional. Mas o ineditismo não está somente nos autores - dentre eles Victor da Rosa, Victor Paes, Rubens da Cunha, Júlia Studart e Estrela Ruiz Leminski.
O conteúdo sinaliza também para os novos meios aos quais esta produção se faz veicular. é o que Aline Gallina e Priscila Lopes, organizadoras da obra, chamam de e-poesia, ou seja, publicadas e disseminadas por meios digitais, como blogs, sites e e-books. O lançamento na Barca dos Livros está programado para às 20h. Depois, a Letras Contemporâneas levará o "oba-oba" para São Paulo, mais precisamente no 23 de maio, no Bar do Batata, nos Jardins.
O secretário de Incentivo e Fomento à Cultura do Ministério da Cultura, Roberto Nascimento, participará de uma audiência pública em Florianópolis para apresentar a proposta da Nova Lei de Incentivo à Cultura ao setor artístico do Estado, produtores, gestores e demais representantes do segmento cultural catarinense. Na oportunidade, o secretário Roberto Nascimento (SEFIC) irá apresentar dados que demonstram como tem sido o comportamento da Lei Rouanet em Santa Catarina nos últimos anos.
A audiência será realizada na quinta-feira, 21 de maio, às 14 horas, no Plenário Paulo Stuart Wright, da Assembléia Legislativa do estado de Santa Catarina, localizada no Palácio Barriga Verde (Rua Doutor Jorge Luz Fontes, 310 - Centro).
O período em que o texto da proposta da Nova Lei permaneceu em Consulta Pública já terminou, mas na visão do Ministério da Cultura é necessário continuar levando informações à população para que o debate em torno das mudanças seja o mais maduro possível e que o maior número de pessoas tenha clareza dos objetivos do MinC em torno da proposta da nova lei.
Em 45 dias, a consulta pública recebeu cerca de 2 mil sugestões ao todo (incluindo o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e os comentários do blog, que as pessoas têm usado, também, para enviar sugestões). Representantes do Ministério da Cultura já participaram de debates em 14 capitais, reunindo cerca de 7 mil pessoas: Porto Alegre, Brasília, Recife, Campo Grande, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Macapá, Manaus, Rio Branco, Maceió, Goiânia.
Em anexo, seguem arquivos que apresentam dados sobre a aplicação da Lei Rouanet na última década, assim como dados sobre o PL que está em discussão.
(Comunicação Social/MinC)
Mais informações:
*Representação Regional Sul do Ministério da Cultura
Fones: 51-3311-5331/3395-3423
site: www.cultura.gov.br
* Comissão de Educação e Cultura- Assembleia Legislativa de SC
Palácio Barriga Verde- Rua Doutor Jorge Luz Fontes, 310- Centro- Florianópolis/SC-
Fone: 48-3221-2500
Se você quiser conhecer melhor a produção literária catarinense voltada para o público infanto-juvenil, onde irá pesquisar? Difícil resposta. O lançamento, no dia 16 de abril, na Capital, da obra Presença da Literatura Infantil e Juvenil em Santa Catarina, tenta suprir a lacuna.
MáRCIA FEIJó
No livro |
Escritores: |
> Alcides Buss |
> Anamaria Kovács |
> Catharina Maria Ampeze Coser |
> Eglê Malheiros |
> Eloi Elisabete Bocheco |
> Flávio José Cardozo |
> Franciane Maciel Dutra |
> Jorge Antunes |
> Maicon Tenfen |
> Maria de Lourdes Krieger |
> Marilda Wolff |
> Miriam Aparecida da Rocha |
> Neide Rocha Wobeto |
> Nilson Mello |
> Ondina Rosilene Fortes Tondello |
> Rosa Godoy |
> Rosana Bond |
> Shiyozo Tokutaki |
> Urda Alice Klueger |
> Werner Zotz |
> Yedda Goulart |
> Zenilda Nunes Lins |
Ilustradores: |
> Andrea Ramos |
> Carlos Meira |
> Márcia Cardeal |
> Rubens Belli |
> Vera Melim Borges |
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) realiza de segunda-feira (24) a sexta-feira (28), das 9h às 17h, nova "Semana do Troca-Troca" no hall da Biblioteca Pública de Santa Catarina. Mais de 400 livros foram disponibilizados pela FCC para essa edição do projeto, cujo objetivo é estimular a leitura e permitir que quem tem livros em casa e deseja trocá-los por outros possa fazer isso gratuitamente, sempre na última semana de cada mês. Criado há 15 anos, o projeto estava há alguns anos sem ser realizado. Foi retomado no mês passado, contabilizando mais de 500 trocas, tanto de livros de literatura quanto didáticos. A Biblioteca fica no Centro de Florianópolis, na rua Tenente Silveira, 343, fone: (48) 3028-8060.