A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) lamenta o falecimento do servidor João Paulo Silveira de Souza, ocorrido nesta sexta-feira (19).
João Paulo Silveira de Souza foi um dos fundadores da FCC, tendo trabalhado na então Unidade de Letras, sob a qual a Biblioteca Pública de Santa Catarina era vinculada. Era escritor e membro da Academia Catarinense de Letras, ocupando a cadeira 33, devido a sua vasta contribuição no campo da literatura.
Silveira de Souza nasceu em Florianópolis, em 1933. Seu primeiro livro de contos, O vigia e a cidade, foi publicado em 1960. Foi um dos integrantes do Grupo Sul, movimento literário e artístico que introduziu o Modernismo em Santa Catarina.
De 1960 a 1970, foi professor de Matemática no Instituto Estadual de Educação e Escola Técnica Federal de SC, em Florianópolis. Dirigiu, de 1971 a 1976, a Divisão de Informação e Divulgação do Departamento de Extensão Cultural da UFSC.
** com informações da UFSC
Um sistema de drenagem está sendo executado na Casa de Pedra, edificação anexa ao Museu ao ar Livre Princesa Isabel, em Orleans. O objetivo é dar escoamento e eliminar a água, que fica represada embaixo da Casa. O acumulo danificando o assoalho de madeira do espaço. A realização da obra foi feita com recursos do Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura, na categoria Patrimônio e Paisagem Cultural, promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC).
Segundo os técnicos que trabalham no local, em dias chuvosos o volume de água aumenta, provocando mais unidade, danificando os barrotes, causando mofo e manchas nas paredes. Neste momento, profissionais estão removendo o assoalho e os barrotes do primeiro piso, para instalação dos tubos de drenagem perfurados, conhecidos também como drenagem francesa.
A água do local será encaminhada para rede de drenagem pluvial que existe no entorno do prédio. Além disso, alguns barrotes serão substituídos por peças tratadas contra cupins e impermeabilizante. O mesmo tratamento será realizado no assoalho, antes de ser lixado.
A museóloga Valdirene Böger Dorigon, explica que a Fundação Educacional Barriga Verde (FEBAVE), mantenedora do Museu, recebeu em 2020 o prêmio do Edital, no valor de R$ 30 mil. Segundo ela, o projeto visa conservar o patrimônio arquitetônico. “Estamos estabilizando o agente de degradação, que por conseqüência vai preservar o acervo museológico, arquivístico e bibliográfico, salvaguardado no local”, comentou Valdirene.
Na Casa estão documentos, objetos, mobílias, vestuários, livros raros, fotografias, artesanatos e outros bens pertencentes aos indígenas e aos colonizadores da região. Parte do acervo é tombado em nível federal e estadual.
De autoria do professor Jayro Schmidt, as Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) divulgam em sua página três novas séries de ensaios sobre Arte e Literatura: Breves leituras de obras de arte, Curiosidades Artísticas e Personagens da Arte. Todos os arquivos estão disponíveis para download no fim desta matéria.
Ainda em 2020, foram publicados os ensaios Claricianas e Melancolia I, em que Jayro explora as palavras usadas pela escritora Clarice Lispector em suas obras e analisa a gravura Melancolia I, criada em 1514 do artista renascentista alemão Albrecht Dürer, respectivamente. No mês de junho foram publicados os volumes "Analogias de Imagens", com interpretações de algumas obras importantes da História da Arte e "Verbetes de Artes Plásticas", com o significados de palavras e expressões comuns na área e, em cada verbete, há uma proposição de exercício.
Todos os textos estão disponíveis no site das Oficinas de Arte, clicando aqui.
Saiba mais sobre cada série:
Breves leituras de obras de arte: relata as leituras e composições de algumas obras de arte, assim como as perspectivas históricas e culturais que permeiam essas produções artísticas.
:: Breves leituras de obras de arte - Ação do Coiote
:: Breves leituras de obras de arte - Cinco Pinturas
:: Breves leituras de obras de arte - Figura, Ajudante, Nome Secreto e Sósia
Curiosidades Artísticas: curiosidades e segredos relacionados às obras de arte, seus criadores e suas influências como artistas e pensadores de uma época.
:: Curiosidades Artísticas - A Mini de Flávio
:: Curiosidades Artísticas - Lautrec Designer
:: Curiosidades Artísticas - O Segredo de Victor
Personagens da Arte: retrata a história de alguns personagens e de que forma seus pensamentos e atitudes influenciaram ideias e olhares.
:: Personagens da Arte - Estrangeiro
:: Personagens da Arte - Guto Lacaz
:: Personagens da Arte - O Spinoza
A Biblioteca Pública de Santa Catarina apoia a sessão Cinema e Reflexão, que ocorre mensalmente de forma virtual. A primeira edição terá debate sobre o filme A Partida, no dia 26 de março, às 20h. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (48) 99608-9500.
O evento tem por objetivo debater questões relacionadas ao comportamento humano, principalmente no que se refere à psicologia existencial. Quase sempre os filmes escolhidos são de origem asiática, principalmente Japão, mas participam, também, filmes de outros países, porque o fico é a troca de opiniões a respeito da natureza humana, seus dramas e vicissitudes.
Escondida no meio da urbe da capital catarinense, encontra-se a Reserva Extrativista Marinha (Resex) do Pirajubaé - área protegida que guarda o mangue e é sustento dos pescadores artesanais que fazem parte da população tradicional da Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis. É justamente nesse local invisibilizado que “Artes de pesca: saberes e fazeres dos pescadores tradicionais da Costeira do Pirajubaé" vai atuar. O intuito é mapear e registrar, no contemporâneo, as práticas tradicionais artesanais de uso dos recursos pesqueiros na Resex. O projeto foi selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Apoio à Cultura – Edição 2020, e está sendo executado com recursos do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense da Cultura.
“O projeto surge a partir da visão da importância da pesca artesanal e da comunidade de pescadores da Resex para Santa Catarina. Entendemos que, devido à degradação ambiental, expansão urbana, destruição dos espaços costeiros, entre outros, os pescadores artesanais estão numa constante luta pela sobrevivência”, explica a coordenadora do projeto, Inara Fonseca.
A comunidade de pescadores artesanais faz parte da primeira Reserva Marinha do Brasil (uma das primeiras reservas extrativistas criadas fora da região amazônica e a única existente até o momento no sul do Brasil) e sua criação é inspiração para luta de preservação dos territórios, dos saberes e fazeres das populações tradicionais de todo o país. Conforme Decreto Federal 6.040/2000, são consideradas populações tradicionais grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social e ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Os pescadores e pescadoras da Resex, como população tradicional, são símbolo da resistência, em contexto urbano, do patrimônio imaterial ancestral pela proteção dos modos de vida, memórias e saberes da pesca artesanal, que asseguram o uso sustentável dos recursos naturais e a conservação do maior fragmento contínuo de manguezal ao sul do Brasil. Atualmente, 191 famílias do bairro Costeira são autorizadas a realizar a pesca artesanal, sendo que 45 delas dependem exclusivamente da pesca para sua sobrevivência.
Redes sociais como instrumento de democratização
A Resex do Pirajubaé é um território dentro de Florianópolis gerido de forma compartilhada pela população tradicional e pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio). Dessa forma, seu acesso é limitado. Inicialmente, apenas um artigo científico seria fruto do trabalho. Mas, para garantir a socialização e a democratização do conhecimento de uma forma mais horizontal, a equipe de pesquisadoras criou um perfil no Instagram e um blog. Neles, será possível acessar registros fotográficos da Reserva e um pouco do processo da coleta de informações junto aos pescadores. Uma oportunidade para quem quer conhecer mais Florianópolis.
O projeto será realizado através de trabalho de campo (visitas no local) e entrevistas. Com isso a equipe pretende: 1) colaborar com a construção de uma memória coletiva da comunidade tradicional de pescadores da Resex, tanto para seus descendentes quanto para toda a população catarinense; 2) visibilizar os mestres detentores dos saberes da pesca artesanal; e valorizar e promover a diversidade cultural.
Acompanhe o Projeto e conheça mais sobre os pescadores da Resex do Pirajubaé pelas redes sociais:
Blog: https://artesdepescaresex.wordpress.com/
Instagram: @artesdepesca.resex