O comediante Victor Sarro leva ao palco do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), o show "Na minha época não era bullying". A apresentação ocorre no dia 6 de outubro, às 19h, com ingressos à venda no site Sympla.
"Na Minha Época Não Era Bullying" traz Victor Sarro solto no palco com a certeza de que algumas coisas mudam, mas outras nunca vão mudar. Num show cheio de interação com o público, o que rende novas piadas a cada apresentação.
O paulista Victor Sarro nunca coube dentro de uma só caixa: ele nasceu em São Bernardo do Campo, mas sempre morou em São Paulo, onde descobriu sua vocação artística. Com isso, veio uma carreira que incluiu atuações desde palhaço até apresentador, roteirista e ator, rendendo colaborações com grandes nomes do entretenimento, como Fábio Porchat e Anitta. Além disso, integrou elencos e apresentou programas em diversos canais de televisão. Atualmente, está no ar em rede nacional no Programa de Calouros do SBT.
Nos palcos, Victor Sarro resgata aquele humor que conhece tão bem e o fez reconhecido em todo país: o da quinta série.
Classificação indicativa: 16 anos. Menores de 18 somente acompanhados de pais ou responsáveis.
O Grupo Corpo, companhia de dança contemporânea, estará em Florianópolis para uma curtíssima temporada no Teatro Ademir Rosa, nos dias 4 e 5 de outubro, às 20h30. O programa tem dois de seus balés mais pedidos: "O Corpo" (2000), com trilha de Arnaldo Antunes; e "Benguelê" (1998), com música de João Bosco. Ambas as coreografias serão apresentadas nas duas sessões.
Pode-se dizer que são criações antípodas – o urbano e o telúrico, o contemporâneo e o ancestral, o pop e a dança popular – e complementares no seu afeto brasileiro, traduzidas na movimentação ímpar da companhia mineira. A temporada do Grupo Corpo junta no programa duas obras de estética e ambientação muito diversas. As duas coreografias de Rodrigo Pederneiras, reunidas nesse programa, traduzem a brasilidade urbana e sertaneja, do Sudeste e do Nordeste, do tecnopop vertiginoso e da tradição em artesania.
O Grupo Corpo tem patrocínio master do Instituto Cultural Vale e da Cemig, e patrocínio do Itaú Unibanco, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
O Corpo
Com o palco às escuras, as vozes filtradas puxam o mote: pé/mão/pé/mão. No fundo, piscam luzes vermelhas como as de um painel eletrônico. Os bailarinos, de malha preta pontuada por amarrações e volumes, mergulham na batida tecno enquanto as palavras (mão/umbigo/braço) vão se tornando mais e mais percussivas, mais som e menos significado. Tambores eletrônicos ressoam, permeados por melodias de várias origens – do funk à música árabe, do baião ao reggae.
Assim começa "O Corpo", a primeira criação para a dança do compositor, escritor, poeta e performer Arnaldo Antunes. Ele partiu para uma tradução musical, sonora e semântica do corpo, como organismo e como engrenagem, mecanismo. É o corpo, então, “esse composto de ossos carne sangue órgãos músculos nervos unhas e pelos” que preside a peça de oito movimentos gravada com instrumentos acústicos, elétricos e eletrônicos; ruídos orgânicos como grunhidos, gritos e sangue nas veias fundem-se com guitarras, violões, teclados, baixo, percussão e as vozes de Arnaldo, Saadet Türkoz e Mônica Salmaso.
Neste balé, que celebrou no ano 2000 os 25 anos do Grupo Corpo, Rodrigo Pederneiras arquitetou movimentos mais secos e vertiginosos para a companhia. A pulsação ao mesmo tempo tribal e futurista incorpora-se nos movimentos, que vão do fetal, intrauterino, ao autômato.
O linóleo é vermelho e o cenário virtual, projetado por Paulo Pederneiras, faz a sincronização de luzes vermelhas em diversas saturações, muitas vezes acompanhando a trilha e dialogando com graves e agudos; um quadrado branco delimita, aqui e ali, o espaço cênico.
O Corpo (2000)
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Arnaldo Antunes
Cenografia e iluminação: Paulo Pederneiras
Figurino: Freusa Zechmeister e Fernando Velloso
(duração: 42 minutos)
Benguelê
Negro, árabe, indígena; popular e erudito; oceânico e desértico. É intenso. A peça musical de João Bosco, artista mineiro e universal como é o Grupo Corpo, transita pela miscigenação amorosa do Brasil a partir do jongo eternizado em 1965 por Clementina de Jesus (a canção Benguelê, de Pixinguinha e Gastão Vianna), que surge em arranjo a capela. São onze temas especialmente criados (ou recriados) por Bosco, iluminados pela Mãe África e enriquecidos pelas influências cruzadas em uma festa brasileira.
A saudade do chão natal, porém – o banzo – é uma origem possível da palavra que dá título ao balé: a fusão de Benguela, região situada ao sudoeste de Angola, com o fonema lê − em quimbundo, nostalgia, saudade. O sentimento do banzo, melancólico e ao mesmo tempo enérgico, preside a trilha de Bosco.
A música negra de raiz, produzida pelos descendentes de escravizados no Rio de Janeiro − é evocada em Tarantá, Carreiro Bebe e, principalmente, em Benguelê. Pixinguinha é citado também, com trechos de 1 x 0 (inspiração do choro-goleada) de e Urubu Malandro.
Essa rica mistura das influências europeia, oriental, do sertão e da rica negritude ganhou a roupagem de uma banda de feras: além do próprio Bosco (violão acústico e vozes) contou com Jacques Morelenbaum (violoncelo), Osvaldinho do Acordeom (acordeom), Proveta (sax e clarineta), Ricardo Silveira (viola de 12 e violão de aço), Nico Assunção (contrabaixo), Robertinho Silva e Armando Marçal (percussão), além do tenor Sandro Assunção (uma das vozes de Travessia).
“Benguelê é explosivo”, dizia o coreógrafo Rodrigo Pederneiras na estreia do balé, em 1998. Tida como a criação mais fincada na referência das danças populares brasileiras até então, a coreografia repleta de marcações de pé, de pélvis, de ombro, muita mão no quadril e remelexo de cintura se desdobram no festivo, no ritualístico, no ancestral mesmo, com figuras humanas vergadas pelo tempo e imagens animalizadas.
A ocupação do espaço é, na maior parte do tempo, anárquica, frenética; a exceção é no momento da Travessia, quando os bailarinos ocupam também uma passarela que divide o palco em dois planos. A cenografia de Fernando Velloso e Paulo Pederneiras, em tons escuros de breu e grafite, faz contraponto com a mistura final de todas as cores nos figurinos de Freusa Zechmeister, que adota o branco como matriz e trabalha com a sobreposição de tecidos.
Se nos primeiros três quartos do espetáculo, o rito afro, o jogo de roda, a quadrilha, os cortejos e as danças dos devotos se misturam, no palco e nos ouvidos, o final é pura festa, com a coroação do Rei do Congo explodindo em cores e alegria.
Benguelê (1998)
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: João Bosco
Cenografia: Fernando Velloso e Paulo Pederneiras
Figurino: Freusa Zechmeister
Iluminação: Paulo Pederneiras
(duração: 41 minutos)
Ingressos à venda no site DiskIngressos:
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), abre na próxima sexta-feira, 4 de outubro, às 19h, a exposição "Mukabata", com fotografias e vídeos de Eneléo Alcides sobre a etnia huni kuin, apresentando imagens capturadas nos altos dos rios Tarauacá e Jordão, fronteira do Brasil com o Peru, na Amazônia Ocidental. A visitação segue até o dia 29 de novembro, com entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
“Mukabata aborda o olhar estrangeiro lançado sobre um povo originário da região amazônica, expondo as familiaridades e os estranhamentos provocados pelo encontro interétnico e a improbabilidade dessa comunicação”, destaca Eneléo. Ainda sobre o significado de Mukabata, o organizador da mostra explica que “Muka/amargo/Bata/doce são elementos e forças transformadoras com poder de curar ou matar. Muita confusão ainda transborda nos encontros entre Huni Kuin (gente verdadeira) e as diferentes composições sociais do mundo pós-industrializado. Do genocídio à tutela, do mito do selvagem ao mito da preservação da originalidade dos povos, esses encontros, irrefreáveis, ainda ocorrem com incomunicabilidades de idiomas, valores e perspectivas. Entre inocências e sagacidades, entre imaginários idílicos e cotidianos concretos, as transformações seguem seus cursos, destruindo ou revigorando. Mukabata trata da experiência de um desses encontros”, comenta.
A exposição tem curadoria de Rosângela Miranda Cherem e Fabrício Tomazi Peixoto.
Sobre o fotógrafo
Eneléo Alcides estuda e pesquisa artes visuais, música e fotografia. Realizou pós-doutorado na linha de História da Arte (PPGAV/UDESC, 2017-2019), é doutor em Direito (CPGD/UFSC 1999-2004), Mestre em Antropologia Social (PPGAS/UFSC 1995-1998), graduado em Comunicação Social/Jornalismo (UFSC 1986-1993) entre outras formações. Atua como fotógrafo, curador, gestor e produtor cultural.
Serviço:
O quê: Exposição "Mukabata", do fotógrafo Eneléo Alcides
Onde: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Abertura: 04/10/2024 (sexta-feira), às 19h.
Visitação: até 29/11/2024. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada: gratuita
No dia 2 de outubro, às 20h, o Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC) recebe o espetáculo "Chicago, o Musical". Os ingressos estão à venda no site Diversos Ingressos.
"Chicago, O musical" é produzido pela Movincena. De caráter profissional, o trabalho conta com artistas da cidade de Florianópolis, é dirigido por Ana Garvik e inspirado no musical de mesmo nome, da Broadway.
A conhecida trama, que conta a história de duas criminosas, ou melhor, estrelas de cabaré em busca do estrelato e da fama, é levada ao palco pelo quarto ano consecutivo pela produtora. Na temporada de 2024, o musical traz um olhar mais maduro por parte do elenco e da direção.
Classificação indicativa: 14 anos
A Orquestra Sinfônica de Caçador apresenta o concerto "Grandes Clássicos" na próxima terça-feira, 1º de outubro, às 20h, no Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC). Ingressos gratuitos disponíveis no site Sympla
Sob a regência e direção artística do maestro Patrick Cavalheiro, a apresentação reúne interpretações de grandes obras da música erudita, proporcionando ao público uma viagem musical pelos tempos, com peças que marcaram a história e seguem emocionando gerações.