O poeta, escritor, jurista e presidente do Conselho Estadual de Cultura Péricles Prade, que acabou de escrever a novela Relatos de um corvo sedutor, lançará mais dois livros: Labirintos, com poemas baseados nos arcanos do Tarô (editora Letras Contemporânea) e Ao som do realejo - narrativas profanas (editora Nauemblu). O lançamento ocorrerá no dia 19 de dezembro, sexta-feira, a partir das 18 horas, na livraria Livros e Livros.
T.S. Eliot diz que a poesia cabe sugerir, nunca dizer. Borges e Blanchot sustentam a sábia tese de que um livro existe sempre a partir de outros livros. O cosmos poético de Péricles Prade tem território delimitado: o ocultismo, a cabala, o misticismo, o endobarroco. A poeta e crítica de literatura Miriam de Carvalho, em seu extenso livro Metamorfoses na Poesia de Péricles Prade navega pelas mitologias criada por Prade.
Delimitar um espaço num cosmo poético significa apenas transferir a multiplicidade de espelhos reinantes, ou seja, nada está dado, somente pistas. Quem quiser se vestir do vasto universo pradeano terá que navegar por sua obra como se enfrenta um oráculo que nos desafia a cada passo.
Labirintos e Ao som do realejo - narrativas profanas são livros fundamentais para se buscar um fio no labirinto estético de Péricles Prade.
O quê: lançamento dos livros Labirintos (Letras Contemporâneas) e Ao som do realejo - narrativas profanas (Naemblu)
Quando: dia 19, às 18h.
Onde: Livraria Livros e Livros
Encerram-se hoje as inscrições para a edição 2009 do Prêmio Vivaleitura - prêmio que tem como objetivo estimular, fomentar e reconhecer experiências relacionadas à leitura. Esta é a quarta edição do Vivaleitura, que tem duração inicial prevista para dez anos (2006-2016) e é a maior premiação individual para o fomento à leitura no Brasil.
O Vivaleitura é uma iniciativa da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), dos ministérios da Cultura e da Educação. O Prêmio tem execução e patrocínio da Fundação Santillana e apoio do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Trabalhos em prol da leitura desenvolvidos por instituições, empresas, órgãos públicos e pessoas físicas do Brasil inteiro podem ser inscritos em três categorias distintas. São elas: (1) Bibliotecas públicas, privadas e comunitárias; (2) Escolas públicas e privadas; e (3) Sociedade: empresas, ONGs, pessoas físicas, universidades e instituições sociais.
Para a fase final da premiação, a comissão avaliadora selecionará cinco projetos de cada categoria, de acordo com critérios como originalidade, dinamismo da ação na construção da cidadania, recursos utilizados, pertinência da ação desenvolvida com a comunidade, abrangência, duração e resultados alcançados, entre outros. Em cada categoria, os vencedores receberão um prêmio de R$ 30 mil. Para este ano, na categoria "Sociedade", o regulamento do prêmio prevê uma menção honrosa que poderá ser concedida não apenas a projetos realizados por empresas, mas também por universidades.
Em suas quatro edições, o Vivaleitura já reuniu mais de 7 mil trabalhos inscritos, provenientes de todos os estados brasileiros, sem exceção. A cobertura completa do território nacional, incluindo não apenas as capitais, mas também pequenos municípios, foi uma meta alcançada na edição de 2008, que recebeu a inscrição de mais de 1800 projetos. Dois trabalhos de São Paulo e um de Londrina, no Paraná, foram os vencedores do ano passado (clique aqui para conhecer os vencedores das edições anteriores).
Para 2009, o objetivo é aumentar ainda mais a capilaridade do Vivaleitura, que tem se mostrado um instrumento importante para o fomento da leitura e da educação brasileira.
As inscrições podem ser feitas até hoje, por meio do site: www.premiovivaleitura.org.br, ou por carta registrada, com aviso de recebimento (Caixa Postal 71037-7 - CEP 03410-970 - São Paulo - SP). Os finalistas serão anunciados em outubro e a premiação está prevista para acontecer em novembro. Informações podem ser obtidas pelo telefone 0800-7700987. As ligações são gratuitas.
O Museu Victor Meirelles, vinculado ao DEMU/IPHAN, lança anualmente o Edital Exposições Temporárias, com o intuito de promover a democratização do espaço público, a reflexão e a difusão da produção contemporânea de artes visuais. As exposições visam contribuir para a dinamização do Museu, consolidando seu papel como centro de debate, formação e referência sobre arte para a comunidade.
No cronograma de exposições temporárias de 2009, o Museu Victor Meirelles promoverá quatro exposições, selecionadas através deste Edital, além de duas exposições contextualizadas com artistas convidados, tendo como objetivo refletir sobre momentos representativos da produção artística. Nestas exposições são desenvolvidas atividades educativas e culturais, visando uma aproximação mais enriquecedora do público com a obra de arte.
As inscrições foram prorrogadas até o dia 15 de janeiro de 2009 e estão abertas a todos os artistas e grupos brasileiros ou estrangeiros. Os interessados deverão enviar suas propostas para serem avaliadas por uma Comissão Consultiva, de reconhecida competência, obedecendo as exigências do Edital que encontra-se disponível no site do Museu Victor Meirelles, no link exposições.
A Casa da Alfândega, famoso ponto de exposição, comércio e valorização do artesanato de qualidade produzido em Santa Catarina, reabriu suas portas no dia 17 de dezembro de 2008. Localizada no Centro de Florianópolis e fechada desde o início de novembro para restauração do reboco interno e reestruturação do ambiente, ela voltou a receber o público totalmente reformulada. Entre as novidades traçadas pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), mantenedora do espaço, estão a qualificação do artesanato vendido no local, com a criação de um selo de qualidade, e a venda por meio de cartões de crédito e débito.
Com mobiliário novo e comunicação visual repaginada - aventais, sacolas de papel ao invés de plástico, embrulhos com a marca da casa e uniformes para os funcionários -, a Casa da Alfândega passará a ser conhecida como Centro da Cultura Popular Catarinense. No local, o artesanato catarinense, mapeado ao longo do ano pela Diretoria de Patrimônio da FCC, estará em permanente exposição, desde a herança açoriana, presente nas rendas e nos crivos, até a arte vinda da Região Serrana e do Vale do Itajaí. O espaço também terá apelo turístico, com venda de cartões-postais e souvenires, além de sistema de ar-condicionado.
"A nossa intenção é ter um espaço digno para valorizar a produção dos artesãos de nosso Estado", afirma a administradora da Casa da Alfândega, Luca Polli. Outra novidade é a qualificação do artesanato oferecido: os produtos passarão por uma curadoria, formada por especialistas vindos de entidades como a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), associações de artesãos profissionais e a própria FCC. Cada peça será vendida com um selo de qualidade que ajudará a tornar o artesanato catarinense conhecido mundialmente. A partir de 2009 serão oferecidas oficinas para os artesãos, buscando a melhora da arte e da técnica dos profissionais. "Não queremos interferir na criação", salienta Luca.
Depois de pedidos do público - uma média de 15 mil visitantes por mês, 40 mil durante a alta temporada -, será possível, no novo espaço, comprar com cartões de crédito e débito. Os cerca de mil produtos de artesanato vendidos no local custarão entre R$ 3,00 e R$ 2 mil. O espaço físico, localizado no térreo, será divido em três partes. A primeira será o local onde as peças de artesanato ficarão expostas. A Integração do Saber Popular, na parte central, será um local pra mostras gastronômicas das regiões catarinenses, palestras e troca de saberes. No terceiro ambiente serão oferecidas as oficinas de qualificação do artesanato. "Acredito ser esse um importante passo para a valorização da cultura popular catarinense", destaca a presidente da FCC, Anita Pires.
Tombado - O "Prédio da Alfândega" foi inaugurado em 1876, no aniversário da Princesa Isabel, Regente do Império. Quase um século depois, em 10 de março de 1975, foi tombado como monumento nacional pelo Governo Federal. Atualmente o edifício pertence à União, que cedeu ao Estado de Santa Catarina o seu uso para fins culturais, mediante contrato de Cessão Gratuita firmado em 17 de setembro de 1976. Hoje ali funcionam, além da Galeria de Artesanato da Casa da Alfândega, no térreo, e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/SC), no piso superior, a Associação Catarinense de Artistas Plásticos (Acap), também no térreo.
é na área atualmente ocupada pela Acap que deverão funcionar as oficinas de qualificação do artesanato catarinense, atendendo a demanda das dezenas de artesãos oriundos das diferentes regiões do Estado. O espaço foi cedido pelo Estado para a Associação por um período de dez anos, através de Decreto datado de 29 de julho de 1998. Independentemente do prazo já estar expirado, a União entendeu que a presença dos artistas plásticos naquele espaço feriu o contrato de cessão com o Estado, e determinou que a área ocupada pela Acap fosse desocupada, sob pena do Estado ter sua cessão de uso revertida à União, não mais podendo usufruir do mesmo. A presença da Acap naquele espaço também foi questionada pelo Ministério Público, que apontou que a presença da associação ali fere diversos preceitos legais, entre eles o artigo 5 da Constituição da República, que estabelece o princípio da isonomia ao dispor que "todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza", já que a cessão do espaço para a Acap pode ser considerada um privilégio não oferecido a outras associações, como as de profissionais da música, teatro, dança, cinema, etc. Tão logo o espaço seja desocupado, a FCC iniciará a adequação do mesmo para a realização permanente das oficinas de qualificação.
A Casa da Alfândega funciona de segunda a sexta, das 9h às 19h, e nos sábados, das 9h às 12h. A entrada é gratuita.
O QUê: Reabertura da Casa da Alfândega - Centro da Cultura Popular Catarinense
QUANDO: quarta-feira, dia 17 de dezembro de 2008, às 18h30
ONDE: Rua Conselheiro Mafra, 141, Centro, Florianópolis - Fone: (48) 3028-8100 / 3028-8102
QUANTO: gratuito
Foto: Márcio H. Martins / MIS-FCC
Ainda estão chegando originais pelo correio, mas até o momento (14 de abril) a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) já recebeu 490 romances para o Concurso Cruz e Sousa. O concurso vai premiar com R$ 50 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil os três primeiros colocados das categorias nacional e estadual. A primeira categoria teve 324 inscritos e a segunda, 166.
Mary Garcia, diretora de difusão artística da FCC comemora o resultado. "Ainda receberemos mais inscrições, que estão nos correios, mas o número até agora é surpreendente. Escrever um romance é algo demorado, que exige muita dedicação, então impressiona o número de trabalhos que recebemos."
A FCC recebeu até originais vindos de Lisboa e de Bucareste. Quanto ao número bem menor de inscritos na categoria catarinense, Mary aponta que é apenas uma questão de lógica. "Os escritores catarinenses não podem competir em número com o resto do País. Mas 166 romances catarinenses é um montante notável", elogia.
Os originais serão avaliados por três autores de renome nacional. Em junho, serão revelados os ganhadores e em outubro, ocorrerá a cerimônia de entrega. Este ano, houve uma redução no valor dos prêmios do Concurso Cruz e Sousa. Em 2002, o prêmio era de R$ 80 mil para o primeiro colocado nacional, R$ 40 mil para o segundo e R$ 20 mil para o terceiro, mesmos valores entregues na categoria estadual.
Ainda não há data para uma nova edição do Cruz e Sousa. Mary acredita que o próximo concurso será de ensaios. "Ainda não foi feita nenhuma edição voltada a esse categoria. E temos ótimos ensaístas no Estado".
SAIBA MAIS - Outros prêmios literários
Prêmio Portugal Telecom
Criado em 2003 pela Portugal Telecom, estende-se a todos os livros escritos em língua portuguesa editados no Brasil. O prêmio é conferido aos três melhores livros nas categorias romance, conto, poesia, crônica, dramaturgia, biografia ou autobiografia. O primeiro lugar recebe R$ 100 mil.
Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura
Organizado pela Jornada Nacional de Literatura (projeto da Universidade de Passo Fundo e da prefeitura de Passo Fundo), premiou na última edição o escritor moçambicano Mia Couto com R$ 100 mil pelo romance O outro pé da sereia.
Prêmio Jabuti
Promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), é o mais antigo (está na 50º edição) e tradicional de todos. Distribui R$ 120 em prêmios aos melhores trabalhos de 20 categorias. O prêmio principal, para o Livro do Ano, é de R$ 30 mil.
Prêmio Casa das Américas
Voltado a autores brasileiros ou naturalizados com livros publicados em português nos gêneros de ficção - romance, conto e poesia. O prêmio ao primeiro lugar é de US$ 3 mil.
Prêmio São Paulo de Literatura
Recém-lançado, vai pagar R$ 200 mil para o melhor livro de ficção do ano, mais R$ 200 mil para o melhor livro estreante, também de ficção. é promovido pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Prêmio Leya
Também criado há pouco, é realizado pelo grupo editorial português de mesmo nome (das editoras Caminho, Dom Quixote, Texto Editores e ASA). O prêmio será de US$ 100 mil para o melhor romance inédito escrito em português.
Prêmio Afrânio Coutinho
A segunda edição do prêmio promovido pela Academia Brasileira de Letras e Petrobras tem como tema neste ano "Machado de Assis: o crítico literário". Os três melhores trabalhos receberão, respectivamente, R$ 10 mil, R$ 6 mil e R$ 3 mil. Inscrições de abril a setembro.
Concurso Literário Mario Quintana
São três as categorias previstas: conto, crônica e poesia. Os textos premiados nos três primeiros lugares em cada categoria serão publicados em antologia, que será lançada na Feira do Livro de Porto Alegre. Não há premiação em dinheiro. O regulamento está disponível no site.
Prêmio Sesc de Literatura
Destinado a brasileiros ou estrangeiros residentes no país, nas categorias conto e romance. A premiação consiste na edição, lançamento e distribuição da obra pela editora Record. As inscrições para a edição de 2008 vão até 15 de agosto.