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O Museu Histórico de Santa Catarina promove na próxima quarta-feira (19), às 16h, em sua sede, no Centro de Florianópolis, a Mesa Redonda com a artista plástica Clara Fernandes em sua exposição Lume. Luz, vazios, linhas e nós fazem parte essência da exposição. Através de anteparos levíssimos e de grandes dimensões, a artista apresenta um conjunto de obras penetráveis com o intuito de aproximar indivíduo e lugar.

Com curadoria de Kamilla Nunes, a mostra apresenta instalações que se infiltram no ambiente e transbordam reflexões pelo espaço urbano. Assim ramificada, a obra se constitui como um pensamento plástico que se estende e replica para além do local expositivo, tomando-o apenas como ponto de partida.
 
A mostra é gratuita e permanece no Museu Histórico de Santa Catarina até 30 de agosto. A exposição faz parte do projeto LUME, concebido em 2006.  Desde 2007, a  intervenção já passou por praias e campos da ilha de Santa Catarina, pelo espaço cultural Casa das Caldeiras em São Paulo , Fundação Cultural Badesc e Teatro Álvaro de Carvalho.   
  
Serviço:
Exposição "Lume" da artista Clara Fernandes
Visitação: 07/08 a 30/08/09, de terça a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 10h às 16h.
Mesa redonda com Clara Fernandes:
Quando: 19/08/09, às 16 horas
Maiores informações: (48) 3028-8091 - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Visite o site da artista: http://clarafernandes.blogspot.com/

 

Artista autodidata, apontada pela crítica como a grande revelação da pintura Naif de Santa Catarina. Seus quadros, através de figuras totalmente coloridas, em acrílico sobre tela, registram o colorido rural do Estado de Santa Catarina.
Nascida em 1953, no distrito do Uruguai na cidade de Piratuba, extremo oeste de Santa Catarina, realizou sua primeira exposição individual em 1990, e no ano de 1992 participou da Mostra Internacional de Arte Ingênua do SESC de Piracicaba – SP;
Em 1994, recebeu um Prêmio de Aquisição na Bienal de Arte de Naif  de Piracicaba e menção honrosa no 1° Salão Santos Dumont de Florianópolis-SC;
Em 1998 recebeu Prêmio divulgação (cartaz) na Bienal Naifs do Brasil no SESC Piracicaba- SP;
Em 2000 foi novamente selecionada na V Bienal Naifs do Brasil no SESC Piracicaba –SP;
Em 2001 aceitou o desafio de fazer uma temática trabalho e lazer, onde participou de uma exposição itinerante no estado de São Paulo;
Em 2003 é   novamente convidada pelo clube da criação /SP, onde participou com a criação de uma obra para o livro Anunciantes do Ano;
Em 2004 foi mais uma vez selecionada para a VII Bienal de Piracicaba de São Paulo;
Em 2005 passou a fazer parte do Projeto Cultural do SESC com o título “A dama da Pintura Primitiva em Santa Catarina”. Viajando então por várias cidades, proferindo palestras sobre sua vida/arte e sobre a Arte Naif, para professores e alunos do ensino superior assim como, oficinas de Arte Naif para crianças;
Em 2006, passou novamente pelo crivo dos críticos de arte para participar de uma coletiva internacional no Centro Cultural de Chicago, sendo a única catarinense selecionada para a mostra. Neste mesmo ano ganhou um comentário sobre sua obra do crítico e jornalista Oscar D´ Ambrósio, membro da Associação Internacional de Crítico de Arte (AICA- Seção Brasil);
Em 2007 participou  do 3° Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional sendo capa de divulgação.
Em 2008 participou da mostra na galeria Tabatinga na Suiça representando Santa Catarina. Ao lado de grandes artistas como, José Sabóia, Iracema Arditi, Antônio Poteiro entre outros.

Olhos de outro lugar
Esse interior que vemos através das pinturas de Tercília está situado em um lugar desconhecido no mapa. Onde as linhas e as medições são ineficazes, e onde o tempo corre em outro rio, exatamente lá, vive esse povo desconhecido. Que leis regem essa natureza, também nos escapa. Mas esse interior existe, e a prova disso são estas imagens expostas, aqui e agora, no Museu Histórico de Santa Catarina.
Há vinte anos Tercília traz notícias desse lugar. E seus olhos, que pertencem a este e àquele lugar, são instrumentos de sua tarefa. Seus olhos e suas mãos. Seus olhos, suas mãos e sua alma. Alma, sim. Porque estas pinturas são feitas, além de tecido e tintas, da alma de Tercília. Por isso, é preciso certa disponibilidade, de um tipo muito especial, para ver estas imagens. É preciso ver com a alma. Portanto, a pintura de Tercília é feita para pessoas com alma! E só para essas pessoas. Desalmados não podem entender essas pinturas. Para fazer uma pintura como esta, é preciso ter coração de criança. E para entendê-la também. A pintura de Tercília é imagem de partilha, como o pão e a alegria.
Tercília trabalha cada vez mais do outro lado do rio. Mas de vez em quando, pega o barco, rema paciente até a nossa margem e nos entrega estas oferendas à vida feitas de cor, luz e alegria.
Fernando Lindote  
De 1º a 28 de fevereiro de 2010
De Terça a Sexta das 10h às 18h, Sábado e Domingo das 10h às 16h
MUSEU HISTÓRICO DE SANTA CATARINA - Palácio Cruz e Sousa
Praça XV de Novembro, 227 - Centro
Informações: (48) 3028-8091/3028-8092

O Museu Histórico de santa Catarina promove nesta sexta-feira (21), às 18 horas, nova edição do projeto Sexta no Jardim – Ano 3, com o show "Cata-Vento". Realizado no jardim do museu – Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis, o evento busca difundir e ampliar o acesso aos bens culturais, além de valorizar os artistas locais. A entrada é gratuita.

O show Cata-Vento traz um conjunto de composições modernas e inéditas para a formação de violão sete cordas com quarteto de cordas. O trabalho é caracterizado por sua identidade aberta, com músicas que tangem os mais variados estilos. Uma viagem que começa no Brasil, passa pelo jazz e termina na Arábia.  O show desta sexta-feira marca o pré-lançamento do CD "Cata-Vento", do compositor e instrumentista Felipe Coelho.
 
O talento de Felipe Coelho revelou-se cedo. Após ter sido premiado melhor solista de jazz aos 15 anos em um festival estadual nos Estados Unidos, Felipe recebeu bolsas de estudos para manter-se no país. Lá, formou-se em Jazz Studies e Arranjo com foco em guitarra. O período de nove anos longe do Brasil possibilitou entrar em contato com grandes nomes da música como Kenny Garret, David Sanchez, Arturo Sanduval, Frank Vignola, Gene Bertoncini e Garry Motley. Além disso, a constante prática de escrever composições e arranjos para grupos variados, desde companhias de baile flamenco até orquestras completas, permitiu a Felipe encontrar um som/estilo bem particular.
 
Inaugurado em setembro de 2006, o jardim do Palácio Cruz e Sousa tornou-se um ponto de referência no centro da cidade como espaço de convívio e lazer, onde se encontram diferentes grupos. Aberto diariamente das 10h às 18h, o local permite que a comunidade se aproprie e se reconheça, desfrutando momentos de deleite e bem-estar. O projeto Sexta no Jardim – Ano 3 busca manter um programa regular de apresentações artísticas no jardim do museu, sempre às sextas-feiras, no final da tarde.
Serviço:
O que: Sexta no Jardim - Show "Cata-Vento"
Quando: 21 de agosto de 2009
Horário: 18 horas
Onde: Museu Histórico de Santa Catarina - Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis
Informações: (48) 3028-8091 - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

João da Cruz e Sousa nasceu na antiga Desterro, em 24 de novembro de 1861, filho de escravos alforriados. Criado no solar dos que foram senhores de seus pais, recebeu, em 1874, uma bolsa de estudo para o Ateneu Catarinense. Desde cedo voltado para a literatura, fundou com os amigos Virgílio Várzea e Santos Lostada o jornalzinho “Colombo” e mais tarde “Tribuna Popular”. Dirigiu o semanário “Moleque”. em 1881, viajou ao norte, como ponto da companhia dramática Julieta dos Santos, lá voltando em 1883, quando recebeu homenagens de grupos abolicionistas.

Em 1885, com Virgílio Várzea, publicou o livro “tropos e fantasias”. Em 1887, foi tentar a vida no Rio de Janeiro, mas pouco depois voltou, sem sucesso. Nova tentativa em 1889. Conseguiu emprego e passou a colaborar em jornais e revistas, fazendo-se o grande líder e a maior expressão do movimento Simbolista. Lançou, em 1893, os livros “Missal e Broquéis”; nesse mesmo ano casou com Gavita e foi nomeado arquivista na Central do Brasil.

Atingido pela tuberculose, buscou tratamento em Sítio, Minas Gerais, mas lá faleceu, em 19 de março de 1898. O corpo foi despachado para o Rio de Janeiro num vagão de trem para transporte de gado e enterrado no cemitério de São Francisco Xavier. Ainda em 1898, após sua morte, foi publicado o livro “Evocações”. Em 1900, saiu a coletânea “Faróis”. Gavita morreu em 1901, também de tuberculose, mal do qual acabaram morrendo três filhos do casal. Em 1905, foi editado em Paris o livro “Últimos Sonetos”.

No dia 26 de novembro de 2007 seus restos mortais foram trasladados para Florianópolis. onde permanecem depositados numa urna exposta à visitação no Museu Histórico de Santa Catarina. Nos jardins do palácio que leva o nome do poeta será construído um memorial em sua homenagem.
 
Obra:

Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca. É certo que encontram-se inúmeras referências à cor branca, assim como à transparência, à translucidez, à nebulosidade e aos brilhos, e a muitas outras cores, todas sempre presentes em seus versos.

No aspecto de influências do simbolismo, nota-se uma amálgama que conflui águas do satanismo de Baudelaire ao espiritualismo (e dentro desse, idéias budistas e espíritas) ligados tanto a tendências estéticas vigentes como a fases na vida do autor.

Embora quase metade da população brasileira seja negra, poucos foram nossos escritores negros e mulatos. E, entre eles, poucos foram os que escreveram em favor da causa negra. Cruz e Souza, por exemplo, é acusado de ter-se omitido quanto a questões referentes à condição negra. Mesmo tendo sido filho de escravos e recebido a alcunha de "Cisne Negro", o poeta João da Cruz e Souza não conseguiu escapar das acusações de indiferença pela causa abolicionista. A acusação, porém, não precede, pois, apesar de a poesia social não fazer parte do projeto poético do Simbolismo nem de seu projeto particular, o autor, em alguns poemas, retratou metaforicamente a condição do escravo. Cruz e Souza militou, sim, contra a escravidão. Tanto da forma mais corriqueira, fundando jornais e proferindo palestras por exemplo, participando, curiosamente, da campanha antiescravista promovida pela sociedade carnavalesca Diabo a quatro, quanto nos seus textos abolicionistas, demonstrando desgosto com a condução do movimento pela família imperial.

Quando Cruz e Souza diz "brancura", é preciso recorrer aos mais altos significados desta palavra, muito além da cor em si.

Poesia:

"Broquéis" (1893)
"Faróis" (1900)
"Últimos Sonetos" (1905)
"O livro Derradeiro" (1961).

Poemas em Prosa:

"Tropos e Fanfarras" (1885) - em conjunto com Virgílio Várzea
"Missal" (1893)
"Evocações" (1898)
"Outras Evocações" (1961)
"Dispersos" (1961)
 
Infávável:
Nada há que me domine e que me vença 
Quando a minha alma mudamente acorda... 
Ela rebenta em flor, ela transborda 
Nos alvoroços da emoção imensa. 

Sou como um Réu de celestial sentença, 
Condenado do Amor, que se recorda 
Do Amor e sempre no Silêncio borda 
De estrelas todo o céu em que erra e pensa. 

Claros, meus olhos tornam-se mais claros 
E tudo vejo dos encantos raros 
E de outras mais serenas madrugadas! 

Todas as vozes que procuro e chamo 
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo 
Na minha alma volteando arrebatadas

Fonte: COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de. Enciclopédia de literatura brasileira. São Paulo: Global. 

O Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC) promove nesta sexta-feira (28), às 18 horas, nova edição do projeto Sexta no Jardim – Ano 3, com apresentação do grupo de arte Alina Lamparina. Realizado no jardim do museu – Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis, o evento busca difundir e ampliar o acesso aos bens culturais, além de valorizar os artistas locais. A entrada é gratuita.
 
Alina Lamparina é composto por 20 integrantes, a maioria mulheres. Formado em 1999 em Brusque, já apresentou 13 espetáculos com temáticas diversas. A repressão dos anos 60, os poemas de Carlos Drummond de Andrade e a felicidade no mundo moderno estão entre os assuntos que viraram musicais no corpo e na voz das Alinas Lamparinas. Nesta sexta, o grupo se apresenta pela primeira vez ao ar livre e traz no repertório um apanhado de todos os musicais exibidos até o momento.
 
Inaugurado em setembro de 2006, o jardim do Palácio Cruz e Sousa tornou-se um ponto de referência no centro da cidade como espaço de convívio e lazer, onde se encontram diferentes grupos. Aberto diariamente das 10h às 18h, o local permite que a comunidade se aproprie e se reconheça, desfrutando momentos de deleite e bem-estar. O projeto Sexta no Jardim – Ano 3 busca manter um programa regular de apresentações artísticas no jardim do museu, sempre às sextas-feiras, no final da tarde.
 
Serviço:
O quê: Projeto Sexta no Jardim – Ano 3, com o Grupo Alina Lamparina.
Quando: sexta-feira (28), às 18 horas.
Onde: Jardim do Palácio Cruz e Sousa - Praça XV de Novembro, Centro, Florianópolis.
Contato: (48) 3028-8091 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Quanto: Entrada gratuita