FCC  Facebook Twitter Youtube instagram fcc

Marca GOV 110px

Matéria de: Luiza Martin
Publicada originalmente no site do jornal A Notícia (disponível neste link)

Caiuajara dobruskii. Esse é o nome da nova espécie de pterossauro descoberta em Cruzeiro do Oeste, no Paraná, apresentada nesta quinta-feira em coletiva de imprensa na Universidade do Contestado (UNC), de Mafra.

A nomenclatura é uma referência à pedra típica do local, o arenito caiuá, e uma homenagem aos desbravadores da região, pai e filho da família Dobruski, que moravam em um sítio na Estrada dos 600 alqueires quando descobriram os fósseis na década de 1970.

O sacrifício de uma égua da família levou às primeiras escavações no sítio onde moravam. O animal caiu na subida da estrada, quebrou os dentes, não tinha como se alimentar e teve que ser sacrificado. Munidos de picaretas, o pai Alexandre Gustavo e o filho João Gustavo queriam melhorar a estrada por onde animais puxavam as carroças.

Era 1971. Eles desejavam apenas tornar mais suave a travessia, que tinha uma pedra no meio da subida. A rocha ficava umedecida e escorregadia por causa da água que descia do morro. Pai e filho com as picaretas fizeram valetas nas laterais da "lombada" para drenar os fluídos. Às primeiras picaretadas, foram reveladas pedras diferentes, com ossos dentro.

— Meu pai nunca foi à escola, mas lia muito e logo percebeu que eram fósseis — contou João, que descreveu — Quando dava uma chuva forte, a pedra branqueava de osso.

Ninguém deu crédito à família, que vivia do plantio de hortaliças. Pai e filho chegaram a ouvir que eram ossos de galinhas devoradas por índios. Entre 1975 e 1980, eles procuraram respostas. Queriam saber "que bicho era aquele". Ninguém conseguiu responder e os fósseis foram levados para uma gaveta na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

O pai Alexandre faleceu antes do mistério começar a ser desvendado. João temia que o mesmo acontecesse com ele e a história também morresse, sem que seu sobrenome fosse lembrado e latinizado com um "i" duplo da nomenclatura da nova espécie.

Em 2011, o pesquisador Paulo Manzig buscava materiais para o seu livro "Museus e fósseis da região Sul do Brasil". Foi ele quem abriu a gaveta e em segundos identificou:

—Tinha nas mãos um crânio de um filhote de pterossauro.

A abertura da gaveta escancarou as possibilidades de pesquisa sobre os répteis alados, extintos há, pelo menos, 65 milhões de anos. O Centro Paleontológico da UNC (Cenpaleo) passou a liderar os trabalhos, em parceria com o Museu Nacional do Rio de Janeiro, ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Os pesquisador da UNC, Luiz Carlos Weinschütz, afirmou que a descoberta de exemplares fósseis de jovens e adultos "permitiu a compreensão do crescimento da espécie", que tinha "hábitos de grupo".

O especialista em pterossauros da UFRJ, Alexander Kellner, sonhava em encontrar uma aglomeração de fósseis como esta, do Paraná. Foi ele quem identificou que se tratava de uma espécie nova. O Caiuajara dobruskii, conforme o pesquisador destacou em seu estudo, tem uma "arcada inferior com depressão muito acentuada", o que o distingue dos demais.

Kellner considera o esquecimento da peça engavetada algo "recorrente" e fruto da "especialização da ciência". Tão logo um conhecedor de pterossauro viu a peça, descobriu o achado.

—Um dos melhores lugares para se pesquisar são as gavetas dos museus — garantiu.

Quarenta e sete exemplares foram encontrados primeiramente, depois mais dez. Kellner acredita que há muito mais para descobrir sobre esses répteis frugívoros - caracterizados por se alimentarem de frutas, diferentes das conhecidas hoje -, que sobreviviam em áreas desérticas.

Futuro da pesquisa

Da região de 400m², apenas 20m² foram explorados nas escavações. Há muito material já coletado e a ser encontrado. A quantidade que os pesquisadores têm em mãos permitirá que jovens como a formanda em Ciências Biológicas da UNC, Camila Cassiano de Moura, possam contar a história do animal extinto a partir dos fósseis.

Camila pretende se especializar em paleohistologia e a partir do estudo das células dos fósseis dizer quanto tempo e qual o tamanho tinham os Caiuajara dobruskii.

—É um procedimento destrutivo, por isso a grande quantidade é importante — ressaltou ela.

Para o estudo das células é preciso cortar lâminas finas do fóssil, causando danos à peça. Os melhores exemplares permanecerão expostos no Museu da Terra e da Vida, na UNC.

Cruzeiro do Oeste é o terceiro lugar do mundo, conforme explicou Kellner, onde se encontrou grande concentração de fósseis de pterossauros. Na década de 1970, pesquisadores descobriram pterossauros na província de San Luis, na Argentina. Em Junho de 2014 foi a vez dos chineses escavarem fósseis de grupos de répteis voadores, em Xin Jing.

Fonte: Jornal A Notícia

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC), em parceria com a Prefeitura Municipal de Ipira, dá continuidade às atividades do Projeto Bandas SC com o Workshop de Reparo e Manutenção de Instrumentos Musicais de Sopro, com o luthier e professor Sérgio Silva. O curso será ministrado nos dias 30 e 31 de agosto na cidade do Meio-Oeste catarinense. Interessados podem se inscrever gratuitamente pela Internet.
 
Ipira foi a cidade escolhida para receber o Projeto Bandas por estar localizada em uma posição geográfica estratégica para o Projeto, entre as regiões Oeste e Meio-Oeste de Santa Catarina, as que têm a maior concentração de bandas no Estado, facilitando, assim, o afluxo de músicos destas duas regiões. O workshop tem por finalidade capacitar músicos para a manutenção adequada e a realização de pequenos reparos em seus instrumentos musicais de sopro (bocal e palheta), tornando-os multiplicadores destes conhecimentos entre as bandas catarinenses. Serão abordados temas como limpeza interna e externa e produtos apropriados para essa prática; lubrificação e lubrificantes apropriados para cada parte do instrumento; substituição de cortiças e calços; confecção e substituição de molas, inspeção e detecção de vazamentos; aprendizagem da solda e seus aspectos, entre outros.
 
Sobre o professor
 
Sergio Luiz da Silva, catarinense de Florianópolis, músico, sargento reformado da Polícia Militar, maestro, arranjador. Atuou em várias outras corporações de entidades públicas e privadas, sempre com o espírito de inclusão sociocultural, através das bandas de música. Iniciou na música aos 12 anos, com o trompete e depois passou para trombone, aos 14 anos iniciou como curioso a consertar instrumentos por necessidade da corporação que integrava.  
 
Foi se aperfeiçoando e criando seus próprios métodos e recursos, hoje possui ateliê montado onde atende as corporações musicais de todo o Estado. Desde 2007, vem  ministrando Cursos de Manutenção e reparos para a Funarte em vários estados Brasileiros, em 2011, 2012, 2013 e 2014 ministrou também workshop no encontro de bandas na cidade de Corupá (SC), além disso, seu trabalho faz parte da cartilha do curso de Gestão da Corporação, do Projeto Bandas SC da Fundação Catarinense de Cultura. Em dezembro de 2011 conseguiu o credenciamento na Yamaha Musical do Brasil, tornando-se Posto de Assistência Técnica Autorizada para Florianópolis (SC), região metropolitana e cidades do interior.
 
 
Serviço:
 
O quê: Workshop de Reparo e Manutenção de Instrumentos Musicais de Sopro
Quando: 30 e 31 de agosto. Sábado, das 8h às 12h e das 13h às 17h; domingo, das 8h às 12h.
Onde: Espaço Cultural de Ipira. Rua Edmundo Wolfart, 123, Centro, Ipira/SC.
Vagas: 15 
Inscrições: pela Internet e pelos telefones (48) 3664-2652 e 3664-2650
Quanto: gratuito
Apoio: Prefeitura Municipal de Ipira e Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Indústria e Comércio.
Observação: cada aluno participante deverá levar até dois instrumentos de sopro (preferencialmente um de bocal e um de palheta), além de chave de fenda pequena; cola de contato (“cascola”); cola instantânea (“superbonder”); tesoura; régua; lápis; caneta e estilete.
 
 

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), por meio da Diretoria de Difusão Artística, divulga a lista dos selecionados para participar dos projetos Música Didática no Cinema e Música Didática no Palácio até o fim de 2014. Ambas as ações visam apresentar espetáculos de música com viés didático no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, respectivamente.

Confira os selecionados:

Data do espetáculo: 30 de julho, às 14h30min

Local: Cinema do CIC

Grupo selecionado: Quinteto da Orquestra de Cordas da Ilha

Data do espetáculo: 20 de agosto, às 14h30min

Local: Cinema do CIC

Grupo selecionado: Villa Duo

Data do espetáculo: 10 de setembro, às 16h30min

Local: Cinema do CIC

Grupo selecionado: Sexteto Clariô

Data do espetáculo: 17 de setembro, às 14h30min

Local: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa

Grupo selecionado: Duo Cor dos Ventos

Data do espetáculo: 1º de outubro, às 19h30min

Local: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa

Grupo selecionado: Cantus Firmus

Data do espetáculo: 12 de novembro, às 14h30min

Local: Cinema do CIC

Grupo selecionado: Mostra de Violão do Bacharelado em Música da Udesc

Data do espetáculo: 19 de novembro, às 14h30min

Local: Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa

Grupo selecionado: A Corda em Si

Data do espetáculo: 3 de dezembro, às 14h30min

Local: Cinema do CIC

Grupo selecionado: Brass Groove Brasil

>> Saiba mais sobre o projeto e o processo de seleção

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

A Escolinha de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) está com inscrições abertas para sete vagas remanescentes em oficinas destinadas a crianças entre 5 e 12 anos. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (48) 3664-2648, de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. A participação é gratuita.

Turmas com vagas abertas:

Artes visuais e Teatro

Dia das aulas: segunda-feira

Horário: 9h às 11h30

Idade: 7 e 8 anos

Vaga: 1 - INSCRIçõES ENCERRADAS

Artes Visuais e Musicalização

Dia das aulas: segunda-feira

Horário: 14h às 16h30

Idade: 5 e 6 anos

Vagas: 3

Artes Visuais e Musicalização

Dia das aulas: segunda-feira

Horário: 14h às 16h30

Idade: 10 a 12 anos

Vagas: 1 - INSCRIçõES ENCERRADAS

Artes visuais e musicalização

Dia das aulas: quarta-feira

Horário: 14h às 16h30

Idade: 10 e 12 anos

Vagas: 2 - INSCRIçõES ENCERRADAS

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC

Depois de passar por Lages, a exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas chega ao Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado, em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina, no dia 3 de setembro. A mostra, promovida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) por meio do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC) e Museu Histórico de Santa Catarina, aborda temas referentes à guerra e tem a intenção de circular toda região contestada e posteriormente pelas demais cidades do estado de Santa Catarina.

Dentro da programação está prevista, ainda, a oficina de capacitação Possibilidades de ações educativas: "Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas", para professores da rede pública de ensino, no mesmo dia da abertura da mostra, das 8h30min às 12h30min, no auditório da Câmara de Vereadores de Caçador (Av. Santa Catarina, 195 - Centro). Informações sobre inscrições devem ser obtidas junto ao Museu, pelo telefone (49) 3567-1582.

A exposição

A mostra é uma versão modular da exposição que ficou aberta à visitação entre outubro de 2012 e junho de 2013 no Museu Histórico de Santa Catarina, em Florianópolis, e conta um pouco da história deste importante episódio da história catarinense. Para a montagem da exposição, que tem curadoria do pesquisador Fernando Romero, a equipe de técnicos da Diretoria de Patrimônio Cultural da FCC participou de vários estudos junto aos sítios históricos.

Foram visitados os municípios de Irani, Taquaruçu (distrito de Fraiburgo), Três Barras, Porto União, Matos Costa, Calmon, Lebon Régis, além dos museus, arquivos e coleções nas cidades de Irani, Curitibanos, Campos Novos, Mafra, Lages, Porto União, Caçador, Matos Costa e Lebon Régis. O objetivo foi buscar subsídios para a construção das exposições temáticas, além de estabelecer contato com os agentes culturais. A FCC trabalhou com apoio de museus, universidades, municípios, fundações e outras entidades para a reunião do acervo exposto.

Sobre a Guerra do Contestado

A Guerra do Contestado colocou em evidência, pela primeira vez no Brasil, temas fundamentais do mundo contemporâneo: a ecologia, a liberdade religiosa, a posse da terra e a contestação de relações sociais arcaicas em pleno século XX. Teve grande influência nos rumos tomados pela sociedade catarinense no presente e deixou cicatrizes que até hoje reclamam nossa consideração.

Entre os anos de 1912 e 1916, a região do Contestado, cujo território era alvo de disputas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, foi palco de um dos mais sangrentos episódios da história do Brasil. Juntou-se à questão das fronteiras a eclosão de um surto messiânico influenciado pelo grande número de pessoas sem terras e sem emprego na região. Eram ex-camponeses, expulsos de suas terras para a implantação de uma madeireira, e ex-operários da estrada de ferro Brazil Railway, que trabalharam na construção e se viram sem trabalho com o fim do empreendimento.

Nesse cenário, surgiram profetas e monges pregando ideais de justiça, paz e comunhão, indo de encontro ao autoritarismo e à ordem republicana vigentes. Preocupados com o crescimento do movimento popular, os governos estadual e federal começaram a agir contra a comunidade, com o envio de tropas militares para a região. Os sertanejos resistiram à ação da artilharia pesada do exército até 1916.

Desde então, a Guerra foi narrada de diversas formas pelos diferentes personagens que dela tomaram parte e por aqueles que refletiram sobre ela posteriormente. Analisar essas narrativas é uma forma de recontar essa história com a perspectiva do presente. Recordar as marcas, reavivar as memórias, mostrar os lugares que lembram esse passado deve contribuir para analisarmos com outros olhos o nosso tempo atual e ver que muitos dos temas trazidos pelos rebeldes do Contestado continuam tão vivos como há 100 anos.

Serviço:

O quê: Exposição Guerra do Contestado: 100 anos de memórias e narrativas

Visitação: de 3 de setembro a 26 de outubro de 2014. De terça a sexta-feira, das 8h30min às 12h e 13h30min às 18h. Finais de semana, 14h às 17h.

Onde: Museu Histórico e Antropológico da Região do Contestado - Rua Getúlio Vargas, 100 - Centro - Caçador (SC)

Informações: (49) 3567-1582 / www.museudocontestado.com.br

Entrada gratuita (o Museu aceita contribuições espontâneas do público)

Fonte: Assessoria de Comunicação FCC