Florianópolis (14/7/2009) - O governador Luiz Henrique se reuniu nesta terça-feira (14) com a presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, e o pianista Pablo Rossi para acertar os detalhes do 1º Concurso Internacional de Piano, em Florianópolis. O evento acontecerá entre os dias 3 e 10 de julho de 2010, no Teatro Governador Pedro Ivo. "Além de ser conhecida como cidade turística, com esse concurso, Florianópolis despontará no cenário nacional e internacional como referência cultural voltada à música erudita", afirmou Luiz Henrique.
O evento reunirá jovens músicos de diversas nacionalidades, com idade entre 18 a 35 anos. Além das provas que definirão o vencedor do concurso, o público terá a oportunidade de ouvir, em apresentação solo, o pianista Arnaldo Cohen, que fará o concerto de abertura.
Depois de um mês em Blumenau, a Mostra Regional de Artes Plásticas, promovida pela Gerência de Turismo, Cultura e Esporte da SDR de Blumenau, chega a Ilhota. A exposição, com obras do premiado artista plástico Tadeu Bittencourt, denominada "Os Invisíveis" , faz parte também da programação especial de anviersário da cidade. As obras em acrílico sobre lona ficarão expostas para visitação pública a partir do dia 21 de junho, na Prefeitura Municipal de Ilhota.
A intenção, segundo o gerente da pasta Sylvio Zimmermann Neto, é difundir a produção artística regional, levando-a ao alcance da comunidade. "Pretendemos proporcionar uma nova experiência visual para pessoas que muitas vezes não estão habituadas a freqüentar museus", acrescenta Zimmermann. Depois de Ilhota, a mostra deve seguir para outras cidades da região.
"Os Invisíveis"
Inserido em um mundo infinito de combinações de imagens e cores, a primeira impressão dos invisíveis é de sucessão rápida e cambiante de impressões e sensações. A desconstrução ou a invisibilidade da figura por trás das obras ascende o imaginário do expectador. A força da pintura e o excesso de energia e de cores não impedem o autor de tratar, de maneira sagaz e ao mesmo tempo tênue, sentimentos compartilhados de forma silenciosa pela sociedade: a ausência e a solidão.
Se na trajetória do autor encontramos desenhos elaborados a partir de expressão corporal de atores teatrais, esculturas feitas de material alternativo, pintura figurativa, cenografia, entre outros trabalhos que levam ao amplo conceito de plasticidade, nesta série podemos notar um olhar carregado de ambigüidade, na profusão da imagem a manifestação do ser invisível.
Tadeu Bittencourt mostra a capacidade de enxergar o inesperado e imprevisto no que parece abstrato, sem renunciar ao pensamento dominante da obra, aquele que dispensa explicação e que se corresponde prontamente com o expectador: o hábito social e a velocidade do cotidiano nos afastam do que é essencial até o ponto de não o reconhecermos mais.
Depois de viver uma experiência intensa em instituições de ensino de seis municípios catarinenses, a artista Sofia Camargo retorna a Florianópolis com muitas histórias para contar. Mais do que isso. Nesta temporada no Brasil, construiu dentro de si um retrato de parte da realidade catarinense e a convicção de que muitas crianças enfrentam carências e dificuldades. Como coordenadora do projeto Crê Ser, criado e desenvolvido pela Fundação Catarinense de Ensino (FCC), com recursos oriundos da lei estadual de incentivo à cultura, por meio do Fundo de Incentivo à Cultura (Funcultural), ela atendeu cerca de 3 mil alunos em diferentes escolas e instituições infanto-juvenis.
Na última etapa do trabalho, em Florianópolis, ela realiza o projeto entre os dias 12 e 18 de junho no abrigo de meninos e meninas Cretinha Casa Lar. O programa aposta na construção de auto-estima e da cidadania usando as artes visuais. Localizado no Rio Tavares, o Cretinha acolhe crianças em situação de vulnerabilidade social, encaminhadas à instituição pelo Juizado da Infância e da Juventude e pelo Conselho Tutelar.
Moradora em Berlim, Sofia Camargo chegou no Brasil, em fevereiro, para realizar o Crê Ser e compartilhar experiências neste campo. Não é a primeira vez que ela atua em Florianópolis com crianças fragilizadas, seu real interesse de atuação. Em 2000, ela desenvolveu no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o projeto Arte Despertar, que atendeu crianças de rua.
Sofia Camargo e o artistaThomas Klasen, que documenta em audiovisual o projeto, motivam crianças e adolescentes a pintarem seus desejos. O programa prevê, além das atividades em instituições de ensino públicas, uma mostra no Centro Integrado de Cultura (CIC), a produção de um catálogo e de um DVD.
A primeira etapa do trabalho começou em março com pesquisas de reconhecimento do campo de intervenção. Definidas as instituições contempladas, o programa atendeu inicialmente, em Rio dos Cedros, a Escola de Ensino Fundamental Prefeito João Floriano, localizada a 25 quilômetros do centro, encravada entre montanhas e voltada para o atendimento de crianças vindas de regiões bem distantes.
Sofia e Thomas passaram por Blumenau, Rio dos Cedros, Treze Tílias, Bom Jesus, Maravilha e Rio Fortuna, sintonizando especialmente com representantes de secretarias de Educação, diretoras de escolas, educadoras e até pais de alunos. Ambos têm condições de construir um retrato singular da realidade de crianças catarinenses, muitas das quais sofrem vulnerabilidades emocionais de ordem familiar, econômica e social.
O objetivo da oficina Crê Ser é utilizar a arte como instrumento de liberação da criatividade e auto-afirmação. "Desde o paleolítico, o homem tem o impulso de pintar seus desejos na esperança de realizá-los. é uma confirmação de atitude mental e emocional, ou seja, a passagem do plano ideológico para o concreto. O que as crianças querem ser serão inicialmente nos quadros. E, por que não, futuramente na vida, se realmente acreditarem em si mesmas", situa Sofia.
A artista trabalha com crianças desde 1988, no Brasil e na Alemanha, adotando técnicas lúdicas, dinâmicas, induzidas por sugestões comportamentais, ao invés de pictóricas. A metodologia inclui movimentos corporais (pintar voando, pulando, de olhos fechados), vocalização de sons (pintar cantando a música preferida, o som do mar, a voz da mãe) e relaxamento infantil (rolar sobre o papel com tinta grudada no corpo, deitar no chão sobre o papel, pintar dançando com uma cor diferente em cada um dos dedos dos pés).
A diversão é o ponto ideal para motivar mutações saudáveis e eficientes na personalidade infantil ainda em formação. A utilização desta técnica de ensino conduz claramente a criança ou adolescente ao autoconhecimento e auto-estima. Os trabalhos são analisados um a um, dando ênfase ao ponto forte da individualidade pictórica e, assim, ajudando os alunos na experiência do reconhecimento social no grupo.
A viagem de prospecção das instituições contempladas pelo projeto Crê Ser foi de fundamental importância na visão da coordenadora Sofia Camargo. Para ela, o contato direto representa a possibilidade efetiva de diálogo e credibilidade, porque permite adequar a oferta às reais necessidades de cada escola. Além disso, a observação das potencialidades e carências, seja a de crianças que vivem em áreas pobres ou a das lacunas de ofertas culturais para adolescentes, ajuda a qualificar as propostas do programa. Percebe-se, diz a artista, que o Estado de Santa Catarina está empenhado na melhoria do ensino, contando com a atuação de jovens educadores e profissionais no setor de educação "abertos para tudo o que lhe renove a motivação. Tanto os que trabalham diretamente com crianças pobres, como Bom Jesus e Rio dos Cedros, como os que vivem mais homogeneamente como em Rio Fortuna, são afetivos, inclusive no relacionamento entre os membros da própria equipe".
Breve currículo
Formada pela Escola Superior de Propaganda & Marketing, em São Paulo, Sofia Camargo tem 52 anos e traz em seu currículo aprendizagens que passam pelo caminho das artes visuais. Estudou cinema com Plínio Salgado, aquarela com Rubens Matuk, fez ateliê com Maria Bonomi. Nos anos 1980 saiu do Brasil para viver nas Ilhas Canárias e, por fim, seguiu para Berlim, na Alemanha, onde casou e mora até hoje. Seus interesses são amplos, a ponto de estudar caligrafia japonesa e modelo vivo na Escola de Belas Artes de Berlim, onde também estudou mais tarde com John Cage. Realizou projeto no Himalaia, na índia, onde estudou escultura em argila e, no fim dos anos 90, voltou ao Brasil, onde realizou até 2000 workshops para adultos e crianças. Com o apoio do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), desenvolveu com crianças de rua o projeto Despertar. A partir de 2002 passa a atender convites de diferentes entidades privadas e governamentais interessadas na Kinder Kunst Galerie, um projeto temporário e ambulante realizado tanto em escolas, museus e instituições para menores na Alemanha. Como artista, seu currículo aponta mostras coletivas e individuais. Já expôs, entre outros espaços, no Centro Cultural São Paulo; em Fuerteventura, na Espanha; na October Galley, em Londres, na Inglaterra; no Museum Dahlen Berlim; em BlaclightGallery, em Potsdamerplatz; na Galeria Art-Quadrat, em Munique; na embaixada brasileira em Berlim.
FóRUM DE ARTES VISUAIS
SOBRE POLíTICA CULTURAL
FLORIANóPOLIS - SC
17 DE JULHO (sexta-feira) às 18h30
FUNDAçãO CULTURAL BADESC
Rua Visconde de Outro Preto, 216
fone: 48 3224 8846
com:
Roberto Moreira Junior
(Artista e representante do Colegiado Setorial de Artes Visuais do MinC)
Vereador Márcio de Souza
(Representante da Câmara Municipal de Florianópolis)
Roseli Maria da Silva Pereira
(Coordenadora Geral da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes)
Mary Garcia
(Diretora de Difusão Cultural da Fundação Catarinense de Cultura)
Estão todos convidados a participar do Fórum de Artes Visuais sobre Política Cultural de Florianópolis - SC, que apresentará as discussões do Colegiado Setorial de Artes Visuais do Ministério da Cultura (MINC) e informações sobre o processo de implantação dos Planos Municipal e Estadual de Cultura para Florianópolis e Santa Catarina respectivamente.
Este fórum funcionará para aproximar a classe artísta de Florianópolis e SC, específicamente os profissionais envolvidos com a produção de artes visuais, das discussões e encaminhamentos das novas políticas culturais para o setor, de acordo com o Plano Nacional de Cultura do Ministério da Cultura.
O Colegiado Setorial de Artes Visuais do MinC existe desde 2005, como órgão consultor do Ministério que desde então se reúne em Brasilia ou no Rio de Janeiro com representantes de cada região do Brasil, avaliando e atualizando políticas de fomento para a produção e circulação, educação e formação e economia no campo das Artes Visuais.
As Reuniões da Câmara Setorial de Artes Visuais (como eram chamadas os Colegiados), se reuniram de 2005 a 2007 em reuniões semestrais. A partir do final de 2008, reativou-se a Câmara passando a ser denominada de Colegiado Setorial, agora como órgão consultor permanente do Ministério da Cultura para contribuir na manutenção do Plano Nacional de Cultura que deve ser aprovado este ano no Senado e que estão sendo discutidos nacionalmente.
A Câmara/Colegiado Setorial de Artes Visuais, continua se reunindo então, para desenvolver e finalizar o Plano Nacional de Artes Visuais - PNAV, servindo de guia para a construção do Plano de Cultura que buscará, a longo prazo, atender a produção de arte de acordo com o panorama local de cada região.
O PNAV visa o reconhecimento e a valorização do profissional de artes visuais que compreende desde o artista em si até o arte educador, passando por questões de produção/ circulação, educação/ formação e economia.
A dificuldade que se apresenta de discutir essas questões é recorrente, mais ainda para os profissionais de artes visuais, mas sua reflexão pública se faz essencial e emergente.
é nesse sentido que trazemos para esta discussão aberta e propositiva o vereador Marcio de Souza, representante da Câmara Municipal de Florianópolis, Mary Garcia, Diretora de Difusão Artística da Fundação Catarinense de Cultura, e Roseli Maria da Silva Pereira, Coordenadora Geral da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes, além de Roberto Moreira Junior, artista e representante no Colegiado Setorial de Artes Visuais do MinC e organizador deste Fórum.
A presença de todos será de muita relevância para o debate sobre uma Política Cultural para as Artes Visuais de eficiência em Florianópolis e Santa Catarina e no mapeamento dos produtores ativos que trabalham, desenvolvem e pensam o campo das artes visuais no Estado.
Estimular artistas e chamar a atenção para o espaço do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke, na Cidadela Cultural Antactica, em Joinville, é uma das intenções do Instituto Schwanke, que está divulgando o edital de seleção para a exposição "Arte Contemporânea: Intervenções e Encontros".
O projeto consiste em cinco intervenções artísticas acompanhadas de encontro e oficina com o autor selecionado. Cada uma das propostas deverá estar acompanhada de uma proposição de uma conversa do artista com o público na abertura do evento, e uma oficina ? teórica, teórico/prática ou prática - de oito horas. As inscrições podem ser feitas entre o dia 16 e 30 de junho, por correio.
Os selecionados receberão ajuda de custo de R$ 1 mil para a elaboração do trabalho. Artistas de fora de Joinville receberão ajuda de custo para auxiliar nas despesas de transporte, estadia e alimentação durante a montagem e oficina, durante até cinco dias. Todos os gastos deverão ser comprovados com documento fiscal.
O edital propõe uma agenda de cinco diferentes datas para montagem e período da exposição, entre agosto e novembro de 2008.
Caberá ao Instituto a elaboração do convite da mostra, bem como a sua divulgação.
Interessados devem preencher e assinar ficha de inscrição, detalhando a proposta da intervenção, a concepção, a descrição técnica, dimensão e materiais a serem utilizados e outros dados relevantes para a compreensão da obra. O site www.schwanke.org.br oferece cópia do edital, bem como fotos dos espaços possíveis de intervenção.
A seleção será realizada por uma comissão formada por três membros da área, sendo um do Instituto Schwanke. O resultado será divulgado em 11 de julho pelo site.
Serviço
O quê: Inscrições para o edital de seleção da exposição "Arte Contemporânea: Intervenções e Encontros"
Quando: Entre 16/6 e 30/6/08
Como: Por correio, para Arte Contemporânea: Intervenções e Encontros, rua 15 de Novembro, 1.400, Bairro América, 89201-602, Joinville.
Quanto: Gratuito
Informações: www.schwanke.org.br