O Espaço Cultural Armazém - Coletivo Elza tem novo endereço, reinaugurado no último dia 3. O local é uma casa histórica do século 19, em destaque por sua beleza na rodovia Gilson da Costa Xavier, 1.384, no bairro Sambaqui, em Florianópolis (SC), que testemunhará a partir de agora um projeto multidisciplinar com características cuja base se assenta na crença da potência de ações colaborativas no campo das artes visuais e no feminismo.
A instalação na nova casa permitirá que o Armazém execute a parte final do projeto que conquistou o Prêmio Edital Elisabete Anderle 2017. Ela prevê a catalogação do acervo e a criação de um site que cumprirá com o desejo de democratização e ampliação das possibilidades de pesquisa aos interessados.
Criado em setembro de 2016, com o interesse voltado ao apoio e ao fortalecimento da luta feminina a partir de ações artísticas e culturais para a cidade, depois de dois anos de atuação em outra casa, no mesmo bairro, o Espaço Cultural Armazém - Coletivo Elza começa uma nova dinâmica. As atividades abarcam múltiplas possibilidades vinculadas aos ateliês nos quais ocorrem orientação artística, oficinas e cursos; feiras, rodas de conversas, bazares, palestras e eventos. Nele também funcionam um espaço expositivo com agenda anual e venda de obras, o Cineclube Pomboca, apoiado pela Cinemateca Catarinense, comercialização de livros e um programa de residência de artistas. Além disso, abriga o acervo do Projeto Armazém aberto à visitação mediante agendamento com venda de obras dos artistas participantes do Projeto Armazém ou em exposição.
Sobre a nova casa
Antigo posto alfandegário, a casa foi adquirida pelo casal João e Maria da Glória Makowiecky em 1959, conforme escritura pública. Trata-se de uma das edificações mais significativas do noroeste de Florianópolis, onde no passado funcionou a Alfândega de Sambaqui. Construída em 1854, a princípio serviu como moradia. No entanto, em 1905, por sua localização estratégica na Ponta do Sambaqui e boa condição de atracamento, instalou-se nela o Posto Fiscal Aduaneiro. A iniciativa garantiu maior controle da chegada de navios pela baía Norte. A unidade de apoio em Sambaqui, com a Alfândega, situada na rua Conselheiro Mafra, no centro da cidade, foram responsáveis por todo o controle aduaneiro na Ilha de Santa Catarina.
Tombada pelo Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) e pelo Serviço do Patrimônio Histórico Artístico e Natural (Sephan) dentro dos conjuntos históricos e paisagísticos da antiga freguesia de Santo Antônio de Lisboa e da praia das Flores, localizada no Sambaqui, a construção apresenta relevante valor histórico, arquitetônico e paisagístico. Está inserida na paisagem cultural como um dos elementos representativos da arquitetura residencial remanescente luso brasileira colonial da época rural no período em que se deu o processo de ocupação no interior da Ilha no século 19. Presta-se, portanto, à promoção da identidade local e da memória urbana de Florianópolis, fatores que potencializam os interesses do Espaço Cultural Armazém - Coletivo Elza.
Sobre o Projeto Armazém
Idealizado como um grande encontro entre artistas/coletivos/editoras independentes e público, o acervo reúne obras que são múltiplos, ou seja, aquelas produzidas em número ilimitado, mediante diferentes processos industriais ou não como publicações de artista, livros de artista, cadernos de artista, cadernos de desenho, diários de artista, diários de bordo, postais, panfletos, cartazes, gravuras, fanzines, lambe-lambes, stickers, cartões, carimbos, objetos, etc. As tiragens são diferenciadas entre pequenas e grandes edições.
O acervo, constituído de nomes nacionais e internacionais, agregam obras de artistas como Cildo Meirelles, Leonilson (1957-1993), Rosângela Rennó, Guto Lacaz, William Kentridge, John Cage (1912-1992), Yoko Ono, Helio Oiticica (1937-1980), Joseph Beuys (1921-1986), entre outros. No âmbito de Santa Catarina, as representações abarcam nomes como Aline Dias, Asikainem&Macêdo, Audrian Cassanelli, Cyntia Werner, Diana Chiodelli, Eliane Veiga, Fabio Dudas, Franzoi, Iam Campigotto, Janaína Schvambach, Julia Iguti, Juliana Hoffmann, Kelly Kreis, Lia Krüchen, Luciana Petrelli, Lucila Vilela, Márcia Cardeal, Martha Ozzol, Odete Calderam, Sérgio Adriano H. e muitos outros.
O Armazém conquistou o Prêmio Edital Elisabete Anderle 2017 com uma proposição de mostra/feira de arte que integrou o projeto expositivo de extensão do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) nas comemorações dos 70 anos da instituição. O 16º Armazém também realizou um seminário sobre o tema múltiplo e publicação de artista, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Agora, a última etapa do projeto prevê a catalogação do acervo e a criação do site.
Equipe técnica
Proponente: Juliana Crispe
Produção executiva: Francine Goudel
Assistência de produção: Franciele Favero
Conservação, preservação e catalogação do acervo: Sandra Checruski
Assistente de catalogação do acervo: Joana Amarante
Fotografias: Duda Desrosiers e Rodrigo Sambaqui
Designer gráfica: Tina Merz
Assessoria de imprensa: Néri Pedroso
Serviço
O quê: Espaço Cultural Armazém – Coletivo Elza
Onde: Rod. Gilson da Costa Xavier, 1.384, bairro Sambaqui, Florianópolis (SC)
A cantora Adriana Calcanhotto apresenta o show "A mulher do Pau Brasil" dia 10 de novembro, às 21h, no Teatro Ademir Rosa (CIC). Garanta já seu ingresso e vem curtir a noite com a gente!
O show é uma conclusão da residência artística de Adriana Calcanhotto na Universidade de Coimbra, onde esteve nos últimos dois anos entre cursos e apresentações. A repercussão gerou uma turnê que começou pela Europa e chegará a diversas cidades brasileiras a partir de agosto. Acompanhada por Bem Gil e Bruno Di Lullo, Adriana elaborou um roteiro com músicas compostas no período lusitano, releituras (a recente “As Caravanas”, de Chico Buarque, por exemplo) e também reencontra clássicos de seu repertório, como “Inverno”, “Vambora” e “Esquadros”.
Valor dos Ingressos:
1º Lote
Plateia
R$ 190,00 inteira; R$ 95,00 meia-entrada (ESTUDANTE, IDOSO, DEFICIENTE, DOADOR DE SANGUE, PROFESSOR, MENOR DE 18 ANOS, JOVEM CARENTE); R$ 160,00 Hippo/ Clube NSC; R$ 95,00 Porto Seguro;
Plateia Superior
R$ 160,00 inteira; R$ 80,00 meia-entrada (ESTUDANTE, IDOSO, DEFICIENTE, DOADOR DE SANGUE, PROFESSOR, MENOR DE 18 ANOS, JOVEM CARENTE) R$ 130,00 Hippo/ Clube NSC; R$ 80,00 Porto Seguro;
2º Lote
Plateia
R$ 220,00 inteira; R$ 110,00 meia-entrada (ESTUDANTE, IDOSO, DEFICIENTE, DOADOR DE SANGUE, PROFESSOR, MENOR DE 18 ANOS, JOVEM CARENTE); R$ 190,00 Hippo/ Clube NSC; R$ 110,00 Porto Seguro;
Plateia Superior
R$ 180,00 inteira; R$ 90,00 meia-entrada (ESTUDANTE, IDOSO, DEFICIENTE, DOADOR DE SANGUE, PROFESSOR, MENOR DE 18 ANOS, JOVEM CARENTE) R$ 150,00 Hippo/ Clube NSC; R$ 90,00 Porto Seguro;
No próximo fim de semana o teatro Ademir Rosa recebe o espetáculo Guri de Uruguaiana 2 – A Missão Quase Impossível. A apresentação será no dia 11, domingo, às 20h.
Após 10 anos de sucesso e mais de dois milhões de espectadores, o Guri apresenta o seu novo show: “Guri de Uruguaiana a Missão”. Neste espetáculo, que deu origem ao novo DVD, o gaúcho se transforma em um agente secreto do MTG para encarar uma missão muito importante: manter viva a tradição gaúcha para as novas gerações. O show terá banda ao vivo, participação especial, do mágico Sergay Baitabichowisky, Licurgo (o gaúcho Nêjo), bailarinos e muito mais.
Duração: 90 minutos
Classificação: Livre.
Na quinta-feira, 08, a Sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC) sedia o evento de lançamento do CD/DVD "Um Piano na Amazônia". O documentário será exibido a partir das 18h30.
Palco da maior biodiversidade em floresta tropical do planeta, a Amazônia é, consequentemente, um exuberante berço de sons naturais. Do canto dos pássaros às massas de ruídos selvagens, sua rica sonoridade inspira compositores contemporâneos locais, devidamente atentos aos novos modos de escuta da segunda metade do século XX. Com o piloto Um piano na Amazônia, o projeto RAÍZES se propôs um mergulho iniciático no universo sonoro da amazônia brasileira, fomentado uma vigorosa demanda ecossocial, ao reunir compositores, paisagens, paragens, comunidades, instituições, além de uma equipe talentosa, destemida e consistente.
Em 2017, de forma independente, a pianista Carla Ruaro reúne uma equipa de profissionais que aceita a parceria e juntos partem para seu primeiro desafio: içar o piano ao interior de um barco e percorrer o rio Arapiuns no Estado do Pará dentro da reserva extrativista Tapajós-Arapiuns. Da aquisição e transporte do instrumento às oficinas e apresentações para as comunidades ribeirinhas, o projeto articula ainda uma enorme gama de ações que fortalecem os laços locais e a autovalorização de comunidades e artistas, ao se verem sinceramente representadas pelo interesse e esforço da intérprete e sua equipe.
No interior da embarcação foram realizadas entre duas e quatro oficinas de piano por dia, quando mais de 1000 crianças tiveram a oportunidade de assisti-las. Concertos foram realizados à noite à beira do rio nas comunidades de Vila Franca, Tucumã, São Pedro, Mentai, Curi, Bom Futuro, São Francisco, Atodi, Vila Gorete, Vila Brasil, Lago da Praia, Urucureá e Alter do Chão.
O DVD
O documentário, que será narrado pelo “Piano”, conta a história da pianista que quis se aproximar das raízes da obra que interpreta. Fascinada pelo processo de desconstrução e reconstrução da
música e da intérprete e – proporcionando o nascimento de uma nova artista – ela descobre uma trajetória de vida, consciente da sua responsabilidade como artista, dando um maior sentido à sua
carreira, transformando e redescobrindo a música através da experiência, do contato e da troca com compositores, povo e meio ambiente.
SERVIÇO:
Evento: Lançamento do CD/DVD Um Piano na Amazônia
Data: 08 de Novembro
Horário: 18h30
Local: Sala de Cinema do CIC
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/