O terceiro ciclo do edital de exposições do Museu de Arte de Santa Catarina leva aos salões do Masc as obras de Diego de Los Campos e Jociele Lampert. A abertura ocorrerá no dia 25 de maio, às 19h, precedida de conversa com os artistas, às 18h, no Museu. As mostras ficam abertas à visitação gratuita até 17 de julho, de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Deambulações sobre a Pintura - Jociele Lampert
A exposição deriva da articulação de produções do artista-professor: esse é o tema da pesquisa Artists diary and professor"s diary: roamings about painting education (em português, Diário de artista e diário de professor: deambulações sobre o ensino de pintura). A professora do Departamento de Artes Visuais (DAV) e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Jociele Lampert desenvolveu o trabalho nos Estados Unidos, durante o ano de 2013, quando recebeu uma bolsa Fulbright como professora visitante no Teachers College, Faculdade de Educação da Columbia University em Nova York, uma das melhores instituições de ensino superior do mundo.
Jociele traz ao Masc os trabalhos produzidos nos Estados Unidos e, até então, desenvolvidos para o projeto expositivo, sendo a pintura o eixo norteador da pesquisa. Deambular significa vaguear ou andar sem um caminho certo. Assim, a exposição é constituída de diferentes deambulações: a residência artística realizada em Vermont Studio Center (lugar de referência para Arte nos EUA); a passagem de Jociele pela escola livre de artes Art Student"s League of New York (onde desenvolveu série de estudos sobre paisagem e diferentes técnicas que pintura); a série Minha Manhattan pintada no ateliê do Teachers College (pinturas com referência de fotopintura); o retorno ao Vale Vêneto (região de quarta colônia italiana no Brasil, paisagem onde Jociele iniciou seus mergulhos na pintura) e, por fim, o caminho que articula o artista-professor. "Isso tem a ver com a minha forma de olhar a paisagem e minha história com a pintura também. Formei-me em pintura, mas depois fiz mestrado e doutorado em arte educação, relacionado ao ensino e formação docente. Agora, como professora de disciplinas de arte e educação e pintura na Udesc, meu olhar deriva sobre o professor que é artista. Ou seja, aquele que produz arte e ensina arte, ou ainda sobre a pesquisa da prática artística na arte educação", complementa a artista.
A exposição é um projeto idealizado e produzido pelo Grupo de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke, grupo coordenado por Jociele e vinculado à Universidade do Estado de Santa Catarina. Conta com textos curatoriais de Alphonsus Benetti e José Maria Dias da Cruz, sendo o projeto curatorial autoral da artista. O projeto educativo concebido para a exposição deriva de estudos dos orientandos de Doutorado em Artes Visuais de Jociele, e versa a proposição sobre mapas e cartografias, assunto próprio ao deambular.
O resultado dos estudos desenvolvidos nos Estados Unidos estão no Diário de artista e diário de professor: deambulações sobre o ensino de pintura, que mescla imagens e textos que a artista criou durante o ano de 2013, com escritos sobre as aulas e metodologias de ensino que estudou. A publicação será lançada durante o evento Conversas Pictóricas, ainda sem data definida, que será realizado durante o período da exposição no Masc, e contará com a participação de outros artistas professores como: Marco Giannotti, Paulo Pasta, Milton Machado, Rita Bredariolli e Marta Cabral, esta última professora pesquisadora do Teachers College.
Sobre a artista
Jociele Lampert desenvolveu pesquisa como professora visitante no Teachers College na Columbia University, na cidade de New York, como bolsista Fulbright (2013), onde realizou estudo intitulado Artist´s Diary and Professor´s Diary: Romaming about Pinting Education. Em 2013 realizou residência artística, com menção honrosa, em Vermont Studio Center, lugar de referência em prática artística nos Estados Unidos. é Doutora em Artes Visuais pela ECA/USP (2009); Mestre em Educação pela UFSM (2005); e possui graduação em Desenho e Plástica - Bacharelado em Pintura, pela Universidade Federal de Santa Maria (2002) e graduação em Desenho e Plástica - Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (2003).
Professora adjunta na Universidade do Estado de Santa Catarina, atuante no Mestrado e Doutorado em Artes Visuais PPGAV/UDESC na Linha de Pesquisa de Ensino de Arte e na Graduação em Artes Visuais. é membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Arte, Educação e Cultura UFSM/CNPq. Membro/Líder do Grupo de Pesquisa Entre Paisagem UDESC/CNPq. Coordenadora do Grupo de Estudos Estúdio de Pintura Apotheke (UDESC), onde realiza diversas ações como residência em escolas, projetos poéticos e micro práticas, que envolvem a formação do artista professor com base na Arte como experiência. Desde 2000, apresenta seu trabalho em exposições no Brasil e no exterior.
Desenhos de um Real - Diego de Los Campos
O artista apresenta nesta exposição 2 mil desenhos feitos sobre papel A5 em várias técnicas, como lápis, nanquim, caneta, tinta acrílica e gravura. Desenhos de um Real é um projeto que se iniciou em 2006, quando Diego sempre tinha à mão uma pasta com 100 desenhos que vendia às pessoas por R$ 1,00 cada. Com o passar do tempo, começou a participar de feiras e exposições onde desenhava e vendia os desenhos pelo mesmo valor. "O conceito que guia o projeto é me colocar no lugar de um trabalhador braçal, elaborando sempre ´um mesmo produto´ e colocando o valor desse produto guiado por um cálculo feito em relação ao valor hora do trabalhador", explica o artista. Foi pensando na acessibilidade da arte que Diego optou por colocar os desenhos à venda por um preço acessível.
Na abertura da exposição, o público poderá adquirir os desenhos por R$ 1,00. Novos trabalhos serão acrescentados à exposição e, durante o período de visitação, pelas redes sociais e a mídia, o artista promete marcar encontros com o público para novas vendas.
Sobre o artista
Diego de los Campos nasceu em Montevidéu (Uruguai), em 1971. é formado em Pintura e Desenho pela Escola Nacional de Belas Artes (Uruguai) e, desde 1993, participa de diversas exposições individuais de coletivas como a Exposição do Prêmio Centenário Bienal de Arte de Veneza, em 1994, no Museu de Arte Contemporânea; e a Exposição United Airlines, em 1996, no Museu de Arte Americana em Punta del Este.
Morando em Florianópolis, desde 1999 expõe individualmente na Casa de Cultura Estácio de Sá com Desenhos de Não-eu; e Sound-Set, no Museu da Imagem e do Som (MIS/SC). Desde 2010 participa de salões de arte contemporânea como o Salão de Guarulhos, Salão de Piracicaba, de Ribeirão Preto, Arte Pará, Bienal do Recôncavo e Bienal do Esquisito. Em 2011 expôs individualmente trabalhos em animação e instalação cinética no Museu Victor Meirelles, em Florianópolis, na mostra intitulada Simpatia. Desde 2010 faz parte do Coletivo Artístico Nacasa.
Serviço:
O quê: Exposição do terceiro ciclo do edital do Museu de Arte de Santa Catarina (Masc)
Artistas: Jociele Lampert - Deambulações sobre a Pintura
Diego de los Campos - Desenhos de um Real
Abertura: 25 de maio de 2016, às 19h.
Conversa com os artistas: 25 de maio de 2016, às 18h.
Visitação: de 26 de maio a 17 de julho de 2016. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Entrada gratuita
Informações: (48) 3664-2630
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1604457599845094/
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Em comemoração aos 90 anos da ponte Hercílio Luz e para eternizar as memórias das gerações que nela passaram, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) apoiou o type designer Jefferson Cortinove na criação de uma família completa de fontes inspiradas na arquitetura da ponte.
O lançamento oficial da Hercílio, como foi denominada a fonte, ocorre nesta sexta-feira (13), dia que a Ponte Hercílio Luz completa 90 anos. O projeto também contou com a colaboração do fotógrafo Tasso Claudio Scherer.
A versão decorativa da Hercílio será disponibilizada para download gratuito nos sites: cort9.com, myfonts.com, linotype.com, fonts.com, fontspring.com e youworkforthem.com.
Clique aqui para acessar o vídeo com as imagens elaboradas durante o projeto.
Dados técnicos:
Hercílio é uma família tipográfica sem serifa, condensada, moderna e geométrica, totalmente inspirada nas formas arquitetônicas da ponte Hercílio Luz de Florianópolis/SC - Brasil
Formada por onze (11), pesos dos quais dez (10) são comerciais:
Cinco pesos Romanos: Light, Normal, Regular, Medium e Bold
Cinco pesos Itálicos: Light, Normal, Regular, Medium e Bold
E um peso gratuito: Hercílio Decorativa
Composta por 430 glifos em cada fonte, traz suporte para 56 idiomas (latinos e oeste, central e sudeste europeu) apresenta ainda recursos Open Type, ligaduras e números tabulares.
Sobre o type designer:
Jefferson Cortinove de Oliveira é mestre em comunicação, graduado em Artes Plásticas pela UNESP-SP, professor universitário e designer. Atua há 20 anos na área educacional, leciona tipografia na Unifebe e é instrutor de tipografia, caligrafia e design gráfico. Em 1998, publicou o Livro de Poesia Visual "Abre Aspas". Apaixonado por tipografia e design dedica-se à Cort9.com, Type Foundry SeaTypes e a Charlotte Estúdio.
Além da tipografia Hercílio, também criou a FloriGlyphos e trabalha em outros projetos temáticos voltados à região de Florianópolis, cidade onde reside.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
A segunda edição de maio do CIC 8:30 - Grandes Encontros terá mais uma noite memorável para a música catarinense: o lançamento do CD e DVD De trés ont´onte a Dijaôji, do Grupo Engenho, que marcou época nos anos 1970 e 1980 em Santa Catarina. O show que ocorrerá no dia 25 de maio, às 20h30min, no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), é uma promoção da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Os ingressos estão à venda por R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada.
O registro, gravado em 2014 no Circo da Dona Bilica, em Florianópolis, traz clássicos conhecidos do público catarinense. No palco do show estarão quatro dos músicos da formação original, de 1979: Alisson Mota (vocais e violão), Marcelo Muniz (baixo, orocongo e voz), Chico Thives (bateria e voz) e Claudio Frazê Gadotti (percussão e voz), além de Marcelo Besen (acordeon), Guto Vieira (violino) e Manoella Vieira (vocais). A noite do lançamento contará, ainda, com a participação de grandes amigos e músicos, como Luiz Moukarzel (um dos fundadores do grupo), Daniel Lucena (vocalista da banda Expresso Rural), Neco (compositor de Barra da Lagoa) e Mario Moita (fadista português).
Sobre De trés ont"onte a dijaôji
O CD/DVD, cujo título faz alusão direta ao linguajar típico dos descendentes de açorianos moradores da Ilha de Santa Catarina, mostra releituras de antigos sucessos, como Corre Menina, Meu Boi Vadiou, Lua Mansa, Força Madrinheira, Feijão com Caviar e Quintal, além da canção inédita, Areia. As letras destas composições retratam principalmente a cultura e costumes tradicionais da Ilha, bem como sua paisagem: o pescador, o engenho de farinha, o mar, a lua e as rendeiras e, ao mesmo tempo, estão os relatos das coisas do homem, o seu trabalho, o sacrifício de manter a terra e as suas lembranças. A partir disso, estão as letras diretamente ligadas ao período da ditadura no Brasil, e que refletem o desejo de liberdade, como Vou Botá meu Boi na Rua, onde o Grupo Engenho transforma um folguedo popular em um grito de guerra.
O trabalho é um projeto comemorativo aos 37 anos do Grupo Engenho, que conquistou o Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura 2013, promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina por meio da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) e da FCC, para a gravação e lançamento do quinto álbum e do DVD ao vivo. A finalidade é o registro da história do grupo - e, por consequência, da própria história musical do Estado de Santa Catarina, já que os únicos registros de áudio que existem são os raros LPs do grupo, Vou Botá Meu Boi na Rua, Engenho e Força Madrinheira, gravados em estúdios nos anos 1980.
O projeto foi produzido pela Rhythmus Produções e gravado pelo Estúdio Pimenta do Reino, de Florianópolis. A gravação do DVD ocorreu no Circo da Dona Bilica, no Morro das Pedras, em Florianópolis, escolhido justamente por ser um espaço que valoriza a cultura açoriana, amplamente pesquisada pelo Grupo Engenho.
Sobre o grupo
O Grupo Engenho é uma das principais referências da música catarinense e um dos precursores da produção fonográfica independente no Brasil. Em sua música, seja nas letras ou ritmos, sempre com toques sociais e políticos, estão presentes elementos da cultura da Ilha de Santa Catarina e de todo Sul do Brasil, trazidos pela experiência, origem diversa de cada um dos integrantes e pela ampla e contínua pesquisa de campo.
Criado em Florianópolis por Marcelo Muniz, Chico Thives e Luiz Mourkazel, em 1977, o Engenho se consolidou e se projetou nacionalmente a partir de 1979, com a formação de Marcelo Muniz (baixo e voz), Chico Thives (bateria), Cristaldo Souza (acordeon), Alisson Mota (violão e voz) e Claudio Frazê (percussão). O grupo fez parte, junto a outros músicos brasileiros, de um movimento de produção independente em oposição à indústria fonográfica que se implantava rapidamente achatando o mercado; lançou, então, o seu primeiro álbum, intitulado Vou Botá Meu Boi na Rua, pela Engenho Produções e Gravações Ltda, distribuído nacionalmente pela Independente, de São Paulo.
O sucesso do trabalho levou-os a gravar, a seguir, o álbum Engenho, resultado de pesquisas sobre o folclore da Ilha de Santa Catarina realizadas por seus integrantes, orientados pelo professor e artista Franklin Cascaes. Em 1983, o Engenho foi convidado pela Lira Paulistana a gravar em São Paulo o seu terceiro álbum, Força Madrinheira, distribuído e divulgado em todo o Brasil pela gravadora Continental.
Em 1984, o grupo se desfez e seus integrantes tomaram caminhos distintos. De 1998 a 2005, ressurgiram com a formação: Marcelo Muniz, Cristaldo Souza, Leleco Lemos, Gilson Duarte e Ivan Schmidt, gravando o CD Movimento. Em 2011, o Engenho voltou a se reunir e fazer shows com sua segunda formação quase completa: Marcelo Muniz (baixo e voz), Chico Thives (bateria), Alisson Mota (violão e voz) e Claudio Frazê (percussão); e como convidados Marcelo Besen (acordeon), Guto Vieira (violino) e Manu Vieira (voz), permanecendo como a atual formação do Grupo.
Serviço:
O quê: Lançamento de CD/DVD do Grupo Engenho - CIC 8:30 - Grandes Encontros
Quando: 25/05/2016, às 20h30.
Onde: Teatro Ademir Rosa
Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC) - Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Ingressos: R$ 40 inteira e R$ 20 meia-entrada.
Informações: (48) 3664-2628 (bilheteria do teatro)
Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/1727931457457242
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Fonte: Com informações da assessoria do evento