Fonte: Com informações da assessoria da Bienal
Fonte: Página do evento no Facebook
A Fundação Cultural Badesc, em Florianópolis, está com duas exposições abertas à visitação gratuita em seus espaços: Autorretrato, de Lilian Barbon, de 28 de maio a 26 de junho no Espaço 2; e Haiti Bombagai, de Radilson Carlos Gomes, até 12 de junho.
Autorretrato
A Fundação Cultural Badesc abre a partir das 19h do dia 28 de maio, no Espaço 2, a exposição Autorretrato, de Lilian Barbon, uma série de autorretratos fotográficos produzidos pela artista nos últimos anos. “Os grandes painéis por certo irão gerar grande reflexão e desconforto ao público tendo em vista que utilizo a fotografia como se fosse um espelho sobre o qual é possível criar e recriar o próprio corpo seja ele deformado, multiplicado ou fragmentado”, explica.
Mestre em Artes Visuais pela UDESC, onde fez também sua graduação, investiu ali grande parte de seus dias dentro do laboratório fotográfico, descobrindo as nuanças que a fotografia apresenta. “Aos poucos, compreender a fotografia tornou-se um desafio que logo se transformou em paixão”, confessa a artista. “Utilizei incessantemente meu corpo como objeto de minhas primeiras imagens, por ser o mediador mais próximo de minha expressão e comunicação criativa com o mundo. De fato, o corpo humano sempre foi minha grande paixão. Ter um corpo presente, de maneira rápida e precisa, sem a intervenção do outro, tornou-se, a princípio, a maneira mais rápida e prática para expressar minhas ideias”.
Haiti Bombagai
A exposição é um conjunto de 39 fotografias produzidas em 2011, um ano após o terremoto que assolou aquele país e que resultou em pelo menos 100 mil mortos e mais de três milhões de atingidos.
“A exposição se construiu no processo de gente olhando gente e formando imagens que falam por si mesmas. Essa exposição se resume a uma palavra: bombagai: sangue bom, gente boa, coisa boa. É um verdadeiro agradecimento, um dizer imagético de um fotógrafo que se alimentou pelo afeto do povo haitiano”, destaca Radilson, que é fotógrafo desde 1986.
Radilson foi para o Haiti integrando uma equipe multidisciplinar do Itamaraty e do Ministério da Saúde, que a convite do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização das Nações Unidas (ONU), participou de um acordo de cooperação técnico científico Brasil-Haiti com o objetivo de redução da violência contra a mulher naquele país.
SERVIÇOS:
O quê: abertura da exposição Autorretrato, de Lilian Barbon
Quando: 28 de maio, quinta-feira, às 19h
Visitação: até 26 de junho, de segunda a sexta-feira, das 12 às 19h
O quê: exposição Bombagai – Haiti, de Radilson Carlos Gomes
Visitação: até 12 de junho, de segunda a sexta-feira, das 12 às 19h
Fundação Cultural Badesc
Rua Visconde de Ouro Preto, 216, Centro, Florianópolis
Fone: (48) 3224-8846
Entrada gratuita
:: Mais informações: http://fundacaoculturalbadesc.com/
Fonte: Fundação Cultural Badesc
O Ateliê de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor), vinculado à Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), ganhou um novo aliado na tarefa de preservar e restaurar obras de valor histórico para Santa Catarina: um microscópio eletrônico de varredura com analisador de raio-x. A tecnologia holandesa é capaz de ampliar em até 100 mil vezes a imagem das amostras de obras e esculturas de arte, facilitando a identificação dos elementos e morfologia dos materiais e proporcionando resultados mais precisos e confiáveis do que com o método clássico de análise por reação química.
"É nosso dever zelar pela preservação de obras importantes para a história e cultura catarinense e este investimento vem a somar nesta busca por excelência em nossos serviços de conservação e restauração", comenta a presidente da FCC, Maria Teresinha Debatin. O laboratório do Atecor é pioneiro em Santa Catarina em pesquisas relacionadas à química aplicada à conservação de bens culturais.
"O microscópio Phenom Pro-X de bancada irá auxiliar as demandas de análises de rotina solicitadas pelos conservadores-restauradores do Atecor, ajudará a propor medidas mais seguras nos processos de intervenção em determinados tipos de materiais e, quando possível, na datação de obras pelo tipo de material encontrado na amostra", explica o químico responsável pelo Ateliê, Thiago Guimarães da Costa.
Um dos projetos que ganhará impulso com a aquisição do equipamento é o que a FCC realiza em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina em busca da autoria de obras datadas do século XIX que fazem parte do acervo do Museu Histórico de Santa Catarina (saiba mais). A compra do microscópio representou um investimento na ordem de R$ 270 mil em recursos da FCC.
Fonte: Assessoria de Comunicação FCC
Cozinha pedagógica ao ar livre é a experiência que alunos de gastronomia vivenciam no 1º Past Food – Sabores Sambaquianos, projeto que o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ) e a Universidade da Região de Joinville (Univille) promovem até o dia 29 de maio.
O evento responde ao tema da 13ª Semana de Museus: Museus para uma Sociedade Sustentável. A ideia é levar o público a pensar o museu como laboratório de práticas sustentáveis, além de divulgar dados científicos obtidos de escavações arqueológicas e outros estudos.
A atividade é realizada dentro das disciplinas de Metodologia Científica e História da Alimentação e Habilidades de Cozinha. A base para todo o processo foram oito artigos de arqueologia cedidos pelo MASJ. “Eles extraíram de leituras aquilo que seria possível utilizar nesta prática experimental”, conta Roberta Meyer, coordenadora do museu.
O Past Food nasceu em 2013, a partir de pesquisas da equipe técnica do museu. “Pensamos numa forma mais fácil de mostrar à comunidade como muitos costumes dos povos coletores-caçadores-pescadores estão atrelados à nossa realidade alimentar”, completa Roberta.
O combustível dos estudantes são os insumos alimentares, a exploração de recursos naturais, o possível modo de coleta e de preparo e a criação de receitas adaptadas de modo a ficarem mais próximos à tecnologia do passado. Saem fogões, fornos e microondas e entram fogueiras de chão.
A prioridade é dada a alimentos encontrados no ecossistema da região norte, observados na dieta dos grupos estudados nos sambaquis Cubatão I, Espinheiros II, Morro do Ouro, Enseada e Itacoara. Assim, tais registros primitivos dialogam com as práticas modernas.
Como a primeira edição se concentra na dieta alimentar dos sambaquianos, os alunos foram separados em sete grupos: peixes, berbigão, batata-doce, milho, marisco, pinhão e cará. Para isso, todo o processo contou com suporte teórico da equipe técnica do Museu de Sambaqui. “Além de observamos a evolução de hábitos alimentares, trazemos para o dia a dia a herança cultural desses povos antigos”, comentou Carmen Amaral, estudante e cozinheira profissional.
Perto da cozinha, artefatos antigos são expostos no bistrô, como pontas de lança e machadinhas. Os materiais ancestrais se confundem com os utensílios domésticos usados pelos alunos para limpar cada alimento. Todos estavam trajados conforme as exigências sanitárias.
Robalos, berbigões e batatas-doce aos poucos eram dispostos em argila, folhas de bananeiras ou panelas de barro. De tempero, no máximo sal. Nada de óleo ou panela de inox. Os preparados seguiam para pedras em buracos improvisados no pátio, com fogo obtido de gravetos. “Hoje é tudo ágil, simples e prático. É legal tentar compreender como nossos antepassados cozinhavam”, falou a estudante Elaine Sales, que pela primeira vez teve contato com cará.
A organização é do curso de Gastronomia e da pós-graduação de Arqueologia, ambos da Univille, em conjunto com o Museu de Sambaqui. Na semana que vem, as atividades continuam. Haverá degustação pública das receitas testadas e uma palestra no dia 29. Ainda será produzido um artigo científico a ser apresentado no Congresso da Sociedade de Arqueologia Brasileira, em setembro.
Programação
Dias 22, 25 a 29 de maio – atividades experimentais em dois horários (8h30 às 12h e19h às 22h30). Alunos de Gastronomia da Univille fazem releituras de receitas a partir dos insumos consumidos pelos grupos pré-coloniais.
Local: curso de Gastronomia. Equipe do MASJ participa da atividade.
Dia 25 de maio – seminário científico em dois horários (8h30 às 12h e 19h às 22h30).
Local: Centro de Artes e Design da Univille. Equipes do MASJ e Univille.
Dia 29 de maio – degustação e palestra com a professora Mariana Corção (UFPR).
Atividade aberta ao público, a partir das 19h.
Local: Centro de Artes e Design da Univille.
(Publicado originalmente no site da Prefeitura de Joinville)
Fonte: Prefeitura Municipal de Joinville