Verão de 1516. Uma embarcação espanhola naufraga em Meiembipe, atual Ilha de Santa Catarina. Um dos sobreviventes, Aleixo Garcia, protagoniza uma das maiores aventuras para um europeu em terras brasileiras: percorrer a pé, na companhia de centenas de guaranis, um trajeto de três mil quilômetros, de Florianópolis até o território inca, na Cordilheira dos Andes. A partir daí o Sul do Brasil vive uma verdadeira “corrida da prata”, antes mesmo do início da colonização oficial do Brasil.
Esse é o tema do documentário “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca” que estreia no dia 13 de março, com duas sessões, às 19h e às 20h, no Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC). Com direção de Carolina Borges de Andrade, direção de arte e ilustrações de Eloar Guazzelli, direção de produção de Alexandre Peres de Pinho e animação de Lucas Feitosa, a obra narra a aventura do espanhol Aleixo Garcia pela principal transcontinental indígena do Cone Sul, o Peabiru, que se conectava ao Khapac Ñan, a rede de estradas incaicas, no Alto Peru (atual Bolívia).
O filme, um híbrido de animação e live action, reúne o gênero road movie, ou “filme de estrada”, já que os realizadores refizeram a viagem de Garcia nos dias atuais, percorrendo as principais cidades e estados brasileiros, paraguaios e bolivianos por onde passou o protagonista, no então Caminho do Peabiru, na tentativa de refazer a rota Guarani.
Além de estar onde esteve Garcia, o filme faz o telespectador embarcar ainda mais nesta aventura ao entrevistar pessoas dos três países: Brasil, Paraguai e Bolívia. Entre eles, o jornalista e escritor brasileiro Eduardo Bueno (o Peninha), autor da coleção Terra Brasilis, e o jesuíta espanhol naturalizado paraguaio, Bartomeu Meliá, um dos mais importantes guaraniólogos da atualidade, atualmente com 87 anos de idade.
Segundo a diretora do documentário, Carolina Borges de Andrade, o edital do Prêmio Catarinense de Cinema possibilitou contar esta aventura em terras brasileiras, antes do início da colonização oficial do Brasil, e revelar a riqueza da cultura dos povos originários da região. “Por meio do filme é possível perceber o intercâmbio entre guaranis (terras baixas) e incas (terras altas). É imprescindível para a identidade brasileira, especialmente do sul do Brasil, o conhecimento da riquíssima história desse período”.
Para Guazzelli, premiado ilustrador e quadrinista, realizar a direção de arte para o curta-metragem foi, literalmente, uma aventura. O ilustrador percorreu com a equipe trechos da viagem no Brasil e na Bolívia. “Ao longo de muitas estradas e processos criativos, a equipe conseguiu recriar um universo maravilhoso e ainda desconhecido do grande público. E acho que deu muito certo”, comemora.
Reviver a rota de Aleixo Garcia também foi uma verdadeira aventura para a equipe que, além de enfrentar as dificuldades de qualquer grande viagem, os trâmites de cruzar várias aduanas e fronteiras com muitos equipamentos, ainda precisou ultrapassar um outro desafio para realizar seu objetivo. “Tínhamos muito material bom e uma história complexa para contar no pouco tempo do formato curta-metragem, então tivemos que ter desapego e maestria para chegar ao corte final”, destaca o diretor de produção, Alexandre Peres de Pinho.
E este final ainda tem outra grande surpresa, a animação das ilustrações feitas pelo editor Lucas Feitosa. Com poucos recursos, os desenhos do curta, previstos inicialmente para serem filmados como uma sequência de quadros parados, ganharam sequências animadas graças ao trabalho de finalização de Lucas.
O curta-metragem de 25 minutos de duração foi inspirado no livro da jornalista e escritora Rosana Bond, “A Saga de Aleixo Garcia: o descobridor do Império Inca”, publicado pela Editora Aimberê (1998) e contemplado com o Prêmio Catarinense de Cinema.
A estreia
No lançamento do documentário, o músico e pianista holandês Kristian Schot, autor da trilha sonora original, fará uma apresentação ao vivo utilizando piano. A trilha original do filme, criada por ele, foi inspirada em canções de trovadores medievais dos séculos XV e XVI.
Após a estreia, estão previstas oito exibições públicas em locais a serem definidos depois do lançamento. A faixa etária indicativa de público é livre e pretende contemplar espaços escolares do ensino fundamental, assim como universitários. Além disso, o filme vai percorrer o circuito de festivais nacionais e internacionais de curtas-metragens e de documentários.
A produtora responsável pela realização do filme, Arrebol Produções, da diretora Carolina Borges de Andrade, busca viabilizar a produção de um longa-metragem sobre o mesmo tema, fruto da extensa pesquisa realizada para o curta.
No longa a diretora pretende aprofundar, por meio da tribalização de Aleixo Garcia, temas como a lendária transcontinental indígena Peabiru e a riqueza cultural da grande Nação Guarani, apresentando aspectos como a língua, a medicina fitoterápica, a riqueza astronômica, a cosmologia e a agricultura tradicional com sua abundante produção de alimentos em harmonia com a natureza.
Ficha Técnica
Título: de Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca
Direção, Roteiro e Pesquisa: Carolina Borges de Andrade
Art Concept, Ilustrações e Direção de Arte: Eloar Guazzelli
Direção de Produção, Direção de Fotografia e Montagem: Alexandre Peres de Pinho
Editor de Animação e Finalização: Lucas Feitosa
Trilha Sonora Original: Kristian Scoth
Duração: 25 min
Ano: 2018
Realização: Arrebol Produções
Patrocínio: Prêmio Catarinense de Cinema/ Fundação Catarinense de Cultura
Apoio: Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC)
E-mail para contato: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Serviço:
O quê: Estreia do filme De Meiembipe a Chuquisaca: a Descoberta do Império Inca
Quando: 13/03/2019, às 19h e às 20h
Onde: Sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita
Nesta segunda-feira (4) o Museu Etnográfico, em Biguaçu, completa 40 anos de inauguração. Nas últimas quatro décadas, o espaço localizado na histórica Casa dos Açores, construída no século XIX, foi responsável pela preservação da memória e cultura dos luso-açorianos que colonizaram o litoral catarinense.
Distante cerca de 20 quilômetros do centro de Florianópolis, a Casa é administrada pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O imóvel foi adquirido pelo Governo do Estado de Santa Catarina em 1978, e passou por restauração para se transformar em museu, inaugurado no dia 4 de março de 1979. A edificação tombada forma, junto com a Igreja de São Miguel Arcanjo, a chácara e os arcos do antigo aqueduto, um belo conjunto arquitetônico.
Atualmente, o público encontra exposições que fazem um resgate dos costumes do povo açoriano que veio para Santa Catarina, com objetos em cerâmica; mobiliário antigo; os engenhos - maquetes de engenhos de cana-de-açúcar, farinha e serraria; a Casa do Pescador - com material usado na atividade econômica típica dos colonizadores; além da exposição Grupo Arcos Pró-Resgate da Memória Histórica, Artística e Cultural de Biguaçu, com acervo de trajes folclóricos originais da Ilha dos Açores e litoral catarinense, material bibliográfico, artesanato de referência cultural, instrumentos musicais, pau-de-fita, entre outros objetos.
O Museu recebe, ainda, grupos escolares e de idosos previamente agendados para sua Matinê. Na ocasião, o público assiste à exibição de filmes catarinenses que fazem parte do acervo do Museu da Imagem e do Som (MIS/SC) e foram cedidos especialmente para o projeto. Para marcar hora, basta entrar em contato com o Museu pelo telefone (48) 3665-6195. Quem quiser passar um dia em meio à natureza também pode procurar pelo museu, que conta com um pomar e churrasqueiras abertos à comunidade.
Neste Carnaval, o Museu Etnográfico abrirá normalmente no sábado e domingo (2 e 3/3). Já na segunda e terça-feira (4 e 5/3) estará fechado. Volta a atender ao público normalmente na quarta-feira (6/3), a partir das 9h.
Serviço:
Museu Etnográfico Casa dos Açores
Localização: BR-101, km 189 - Balneário São Miguel - Biguaçu (SC)
Contato: (48) 3665-6195
Horário de atendimento: de terça a domingo, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
Entrada gratuita.
Neste Carnaval, os espaços administrados pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) estarão com horários diferenciados de atendimento ao público que quiser aproveitar o tempo livre para curtir mais do que a folia. Alguns espaços, como a Casa da Alfândega, o Museu Histórico de Santa Catarina e a Biblioteca Pública, localizados no Centro de Florianópolis onde ocorre parte das festas de rua da Capital, estarão fechados durante todo o período, de sábado a terça-feira (2 a 5/3). Os demais estarão abertos com horários especiais e uma programação variada de exposições e filmes. Todos os espaços voltam a funcionar normalmente na quarta-feira de Cinzas (6/3).
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre normalmente, das 10h às 21h.
Segunda-feira (4/3): fechado.
Terça-feira (5/3): abre normalmente, das 10h às 21h.
Quarta-feira (6/3): abre a partir das 13h.
Endereço: Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis.
Contato: (48) 3664-2555.
Terá sessões de quinta-feira a domingo (28/2 a 3/3), normalmente.
No sábado (2/3), não haverá a sessão do Cineclube Infantil às 16h.
Endereço: Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis.
Contato: (48) 3664-2555.
De sábado a terça-feira (2 a 5/3): fechado.
Quarta-feira (6/3): abre a partir das 13h.
Endereço: Praça XV de Novembro, 227 - Centro - Florianópolis.
Contato: (48) 3665-6363
De sábado a quarta-feira (2 a 6/3): fechado.
O espaço está em montagem de nova exposição com previsão de reabertura no dia 13/3.
Endereço: no Centro Integrado de Cultura (CIC) – Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis
Contato: (48) 3664-2650
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre normalmente, das 10h às 21h.
Segunda-feira (4/3): fechado.
Terça-feira (5/3): abre normalmente, das 10h às 21h.
Quarta-feira (6/3): abre a partir das 13h.
Confira a programação do espaço
Endereço: no Centro Integrado de Cultura (CIC) – Avenida Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica – Florianópolis
Contato: (48) 3664-2629
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre ao público das 10h às 18h.
Segunda-feira (4/3): fechado.
Terça-feira (5/3): abre ao público das 10h às 18h.
Quarta-feira (6/3): abre ao público a partir das 13h.
Endereço: Rua Manoel Lourenço de Andrade, 133 - Centro - São Francisco do Sul
Contato: (47) 3481-2155
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre ao público das 10h às 17h.
Segunda-feira (4/3): fechada.
Terça-feira (5/3): abre ao público das 13h às 17h.
Quarta-feira (6/3): abre ao público a partir das 13h.
Endereço: Rua Paulo Sell, 428 - Taquaras - Rancho Queimado
Contato: (48) 3275-1453
De sábado a terça-feira (2 a 5/3): fechada.
Quarta-feira (6/3): abre a partir das 13h.
Endereço: Rua Tenente Silveira, 343 - Centro - Florianópolis
Contato: (48) 3665-6422
De sábado a terça-feira (2 a 5/3): fechada.
Quarta-feira (6/3): abre a partir das 13h.
Endereço: Rua Conselheiro Mafra, 141 - Centro - Florianópolis
Contato: (48) 3665-6097
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre normalmente, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 18h.
Segunda e terça-feira (4 e 5/3): fechado.
Quarta-feira (6/3): abre normalmente, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 18h.
Endereço: BR-101, km 189 - Balneário São Miguel - Biguaçu
Contato: (48) 3665-6195
Bilheteria:
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre normalmente, das 13h às 19h.
Segunda e terça-feira (4 e 5/3): fechada.
Quarta-feira (6/3): abre normalmente, das 13h às 19h.
O Teatro não tem programação prevista para o período.
Endereço: Rua Marechal Guilherme, 26 - Centro - Florianópolis
Contato: (48) 3665-6401.
Bilheteria:
Sábado e domingo (2 e 3/3): abre normalmente, das 13h às 19h.
Segunda e terça-feira (4 e 5/3): fechada.
Quarta-feira (6/3): abre normalmente, das 13h às 19h.
O Teatro não tem programação prevista para o período.
Endereço: Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Contato: (48) 3664-2628
No dia 6 de março, o Teatro Ademir Rosa recebe o musical ABBA Majestät, em homenagem ao lendário grupo sueco. O espetáculo começa às 20h30 e tem classificação indicativa livre.
ABBA Majestät combina vocais impressionantes com musicalidade, harmonias meticulosamente recriadas e trajes autênticos para executar as canções que marcaram época. No repertório, clássicos como Dancing Queen, Mama Mia, Chiquitita, Waterloo, I have a dream.
Serviço:
O quê: ABBA Majestät
Quando: 06/03/2019, às 20h30
Onde: Teatro Ademir Rosa (TAR) - Localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Classificação indicativa: Livre
Ingressos: R$ 80,00 inteira; R$ 40,00 meia-entrada (estudantes, idosos, pessoas com deficiência, menores de 18 anos, doadores de sangue, professores); R$ 45,00 convênio (NSC, Promocional Online).
**Vendas nas bilheterias dos teatros. Ingressos numerados.
A Casa dos Açores de Santa Catarina abriu espaço para que prefeituras, associações e fundações culturais manifestem interesse em receber o Grupo Cantares e Trovas da Madrugada, da Freguesia da Ribeirinha, município das Lajes, Ilha do Pico (Açores). Com isso, a instituição procura compartilhar essa oportunidade de receber o grupo que canta modas e músicas folclóricas tradicionais dos Açores. A equipe tem disponibilidade para vir a Santa Catarina entre os dias 15 e 18 de abril para apresentações e realização de oficina de artesanato.
O Grupo Cantares e Trovas da Madrugada é composto por dez músicos (vozes, violão, viola da terra e bandolim), uma artesã que ministra a oficina de artesanato de escama de peixe e palha de milho e três acompanhantes. Vale destacar que os contemplados ficarão responsáveis pelo transporte, alimentação e hospedagem de 14 pessoas.
Os interessados devem entrar em contato com o presidente da Casa dos Açores de Santa Catarina, Sérgio Ferreira, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., até o dia 8 de março.