O Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), será palco da apresentação que comemora 10 anos de criação do espetáculo “Dona Bilica Naquele Tempo”. O espetáculo ocorre no dia 16 de agosto, às 20h30.
"Dona Bilica Naquele Tempo" é um espetáculo cômico, para o qual a atriz Vanderleia Will e o diretor Renato Turnes realizaram uma pesquisa de campo junto a moradores nativos de Florianópolis, representantes genuínos da cultura ilhoa que, segundo a atriz, são a última geração que viveu “naquele tempo”. Suas vivências, relatos e histórias são o mote que norteia o espetáculo.
O documentário que leva o mesmo nome registrou todo este processo. A volta à pesquisa de campo serviu de embasamento para criar um enredo, uma dramaturgia, uma pesquisa e laboratório intenso de observação e entrevistas com “típicos” moradores de Florianópolis que vivem e mantêm traços da cultura em seu modo de vida. Este trabalho valoriza a cultura local, em seus trejeitos e expressões típicas e ajuda o espectador a reconhecer e identificar que, apesar de todo crescimento, a Ilha de Santa Catarina ainda respira e convive com um modo muito peculiar de viver a vida.
A personagem Dona Bilica se transformou, nestes 32 anos de existência, numa expoente do esforço que as tradições e a cultura açoriana desenvolvem, não só para sobreviver, como para continuar sendo parte fundamental da identidade e da formação cultural dos habitantes da Ilha. Como todo símbolo, cumpre o seu papel de servir de espelho para a valorização do passado e de inspiração na busca de um futuro melhor.
Dona Bilica é uma carismática senhora nativa da Ilha de Santa Catarina, espécie de ícone da cultura popular do litoral catarinense. Ela diverte o público com suas performances em que traz à vida, com aguçado senso de comédia, expressões ancestrais das formas de viver e falar dos colonizadores açorianos. Entidade que parece mover-se por conta própria, sobrevivendo numa zona de resistência entre a tradição e o progresso, Dona Bilica é um signo vivo que representa o delicado fio da memória que ao mesmo tempo separa e une o presente ao passado.
Apesar da regionalidade de suas expressões, a força dessa senhora está na capacidade de despertar através do jogo cômico sentimentos universais de graça, saudade, nostalgia e reminiscência. Sua existência é também uma crítica ao desenvolvimento feroz, à rápida degradação ambiental e ao esquecimento que reduz culturas originais a simulacros degenerados. Dona Bilica vive para nos lembrar.
Sinopse:
Dona Bilica abre as portas de sua casa para contar como era viver na Ilha antes de o progresso chegar. Entre rezas e cantorias ela volta ao tempo dos antigos e relembra a história de sua família, sua infância e juventude, conta causos que ouviu nos engenhos de farinha, histórias de bruxas e assombrações. Sempre com seu humor muito peculiar, Dona Bilica nos lembra de costumes perdidos na memória de uma cidade em constante transformação.
Ficha técnica:
Atuação: Vanderleia Will
Direção Artística: Renato Turnes
Duração: 1h20
Classificação Livre
O bailarino francês Jamsy, referência mundial do estilo de dança urbana conhecido como Kump, se apresenta pela primeira vez em Santa Catarina. Ele é uma das atrações da Tournée AF | Jamsy + South Flavor, que promoverá um espetáculo de dança gratuito no Teatro Ademir Rosa do Centro Integrado de Cultura (CIC), no dia 15 de agosto, às 20h30.
Em Santa Catarina, Jamsy apresenta o espetáculo de dança AMP, uma criação que combina Krump, música e slam para encenar histórias e reflexões profundas. A montagem, que já passou por por alguns dos maiores teatros da França e dos Estados Unidos, propõe ao público uma jornada intensa por meio da dança contemporânea e da expressão de emoções e ideias a partir da linguagem única de Krump. Esse estilo de dança urbana nasceu nos guetos de Los Angeles nos anos 1990 e é caracterizado por movimentos rápidos e fluidos.
Segundo o bailarino, AMP é um convite a explorar novas dimensões artísticas, desafiando os limites da dança e celebrando a liberdade de expressão. Jamsy, nascido em Villepinte — uma comuna francesa próxima à capital Paris —, estuda e desenvolve a linguagem do Krump há mais de dez anos. Em 2019, foi campeão mundial de Krump na Batalha Internacional Illest. Além do Krump, Jamsy é um bailarino multifacetado e com atuação em grandes produções em dança como Les Indes Galantes e Les Chatouilles.
Referências das danças urbanas de SC no mesmo palco
Além da performance AMP, de Jamsy, a Tournée AF | Jamsy + South Flavor também leva para os palcos das quatro cidades o espetáculo Confluências, da cia South Flavor, projeto de Julia Milan e Gui Fant — duas referências da cena de dança urbana do Estado.
A montagem combina as linguagens do Breaking e do Hip Hop Freestyle, estilos esteticamente e historicamente diferentes, interpretados por corpos com distintas experiências, mas que encontram um ponto de confluência e equilíbrio em fluxo, como dois rios que se unem. A apresentação foi Inspirada pela dualidade presente no universo, a partir do princípio taoísta de Yin Yang, refletindo sobre as forças fundamentais e opostas, mas complementares, que se encontram em todas as coisas.
Julia Milan e Gui Fant são dançarinos de Florianópolis e grandes nomes na cena da dança do Estado. O trabalho do duo é pautado no Breaking e no Hip Hop Freestyle, com pesquisa cênica que incorpora abordagens contemporâneas sobre essas linguagens.
Noite encerra com batalha e improvisação
Além das performances do bailarino francês Jamsy e dos dançarinos catarinenses Gui Fant e Julia Milan, a Tournée AF | Première Édition: Jamsy (FRA) + South Flavor terá ainda a exibição do curta Les Indes Galantes, dirigido pelo francês Clément Cogitore (5 min). O filme adapta parte do balé de Indes galantes, de Jean-Philippe Rameau, com a ajuda de um grupo de bailarinos de Krump e três coreógrafos: Bintou Dembele, Grichka e Brahim Rachiki.
A noite termina com uma batalha eletrizante entre o francês Jamsy e o catarinense Gui Fant, do South Flavor, dois talentos extraordinários de dança urbana.
A Tournée AF - Première Édition é um projeto cultural realizado pela Aliança Francesa de Florianópolis, por meio do Programa de Incentivo à Cultura, o PIC, do Governo do Estado de Santa Catarina, aprovado pela Fundação Catarinense de Cultura. O Tournée AF - Première Édition conta com o incentivo da Celesc.
Ingressos gratuitos disponíveis no site Sympla
Classificação indicativa: livre
Recursos de audiodescrição ao vivo
O Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), recebe no dia 14 de agosto, às 20h, o espetáculo "Cabelos Arrepiados", da companhia Buia Teatro de Manaus. A apresentação faz parte do festival Palco Giratório do SESC e tem entrada gratuita com ingresso social disponível no site do Sesc.
A opereta infantojuvenil conta a história de cinco crianças que não conseguem dormir. Ao mesmo tempo que enfrentam os efeitos da privação de sono e de sonhos, elas refletem sobre temas como a amizade, o diálogo com os pais e os perigos do consumismo e da destruição do meio ambiente.
O libreto da opereta foi escrito pela dramaturga Karen Acioly, inspirada na literatura fantástica de autores como Wilhelm Bush e Edgar Allan Poe, bem como no estilo cinematográfico de Tim Burton. A montagem e a encenação são da companhia amazonense Buia Teatro de Manaus, premiada como Melhor Grupo de Teatro do Brasil em 2022, durante a 21ª edição do Prêmio Cenym de Teatro.
Ficha técnica:
Texto: Karen Acioly
Direção e concepção: Tércio Silva
Elenco: Maria Hagge, Magda Loiana, Jeferson Mariano, Roque Baroque, Dimas Mendonça e Diirr
Composição e direção musical: Jeferson Mariano
Figurinos: Maria Hagge
Iluminação e cenário: Tércio Silva
Formas animadas: Diirr e Dante
Costura: Solange
Cenotécnico: Wanderley Cenografia
Técnico de iluminação e adaptação de luz: Orlando Brum
Identidade visual: Dante
Fotos: Rômulo Juracy
Produção: Pedro de Freitas e Wagner Uchoa
Produção geral: Buia Teatro
Gênero: Opereta / Formas Animadas / Teatro para as infâncias
Classificação indicativa: livre
Duração: 50 min
Entrada gratuita com ingresso social disponível no site do Sesc
Como ingresso social, o público é convidado a doar itens de higiene pessoal na entrada. As doações são direcionadas a crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional ou familiar no estado de Santa Catarina, atendidas pelo Programa Novos Caminhos (PNC) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
O espetáculo Queen Extreme - Coro & Orquestra chega ao palco do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), em nova montagem após rodar todo o país. A apresentação será no dia 10 de agosto, às 21h.
“Queen Experience Extreme” traz a experiência Queen com um repertório que vai desde os clássicos da banda inglesa, como "We Are The Champions" e "Love of my Life", até as músicas de grande sucesso da carreira solo de Freddie Mercury, como "How Can I go On", "Great Pretender". Tudo acompanhado por uma Orquestra e Coral no palco.
Dirigido e concebido pelo diretor Bruno Rizzo, tem direção musical de Eduardo Pereira, direção executiva de Daniela Schiarreta e produção de equipe de Mayra Mello.
Ingressos à venda no site Ingresso Digital
Classificação indicativa: livre.
O Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC), recebe no dia 8 de agosto, às 19h30, o espetáculo do grupo Ihna, de Erlangen, Alemanha, que apresenta danças típicas alemãs. Ingressos gratuitos disponíveis no site Sympla
A Associação Cultural Deutsche Welt de Florianópolis, dentro das Comemorações do Bicentenário da Imigração Alemã no Brasil, teve a iniciativa de trazer o grupo folclórico da Alemanha para apresentação de danças típicas originais das regiões da Pomerânia, da Francônia e do Mar Báltico. Fundado em 1971 por Eike Haenel, o “Folkloreensemble Ihna Erlangen” apresenta danças folclóricas alemãs. O foco do grupo está em contar histórias através da dança, da música ao vivo, de canções e das indumentárias.