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Depois de comemorar 60 anos com uma exposição, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) ganhou uma data para o início da repaginada geral. O governador Luiz Henrique da Silveira assinará no dia 6 de maio a ordem de serviço para o início da reforma, ampliação e modernização do Centro Integrado de Cultura (CIC), da Capital, onde o museu está localizado. A solenidade vai marcar o último dia da exposição Masc 60 anos.

A empresa vencedora da licitação para a primeira fase das obra foi a Salver Empreiteira de Mão-de-Obra Ltda., de Ituporanga. A presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, explica que na prática as obras já estão em andamento desde a semana passada, após uma reunião entre ela, a diretoria do Deinfra e a empresa vencedora.

- O prédio vai voltar a ser como era no projeto original - destaca Anita.

Uma reunião foi realizada na quarta-feira passada, na qual foi estabelecido o cronograma de trabalho. As obras começaram pelo telhado - que será impermeabilizado para evitar a ocorrência de goteiras, que atrasaram o início a exposição da Coleção Gilberto Chateaubriand no ano passado - pela área das oficinas e pelos camarins.

O museu receberá intervenção a partir de 7 de maio. O canteiro de obras ficará no estacionamento atrás do CIC e as obras do Masc serão abrigadas numa parte refrigerada do museu. Enquanto o Masc estiver em obras, parte do acervo seguirá em exposição itinerante pelo Estado. Blumenau será a primeira cidade a recebê-la.

- O CIC tem especificidades próprias. Faremos a reforma num ambiente que abriga obras cujo valor é incalculável. Orientamos a empresa a seguir alguns critérios e não interferir no ambiente de maneira a não prejudicar as obras, que valem milhões - explicou o diretor de obras civis do Deinfra, engenheiro Luiz Carlos Marinho Cavalheiro.

Serão trocadas a refrigeração, a parte hidráulica, elétrica e as esquadrias. O Teatro Ademir Rosa encerrou as atividades com o show de Ney Matogrosso em 7 de abril. A reforma do teatro, no entanto, será contemplada por outro edital. Anita informa que na semana que vem, uma comissão formada pelo arquiteto Marcos Fiúza, a diretora de patrimônio da FCC Simone Harger e o técnico de espetáculos Irani Apolinário irá à Funarte, no Rio de Janeiro, para receber orientações sobre tecnologias avançadas em cenotecnia, som e iluminação.

No dia 6 de maio, além da ordem de serviço, o governador assinará um decreto que estabelece um convênio com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Anita explica que, a partir de então, todas as obras na área de cultura receberá propostas de arquitetos em relação à estética, ao paisagismo e ao impacto visual no ambiente.

- A ideia é democratizar o acesso e agregar valor a esses equipamentos culturais - destaca Anita.

A licitação para o novo mobiliário e a decoração do CIC, por exemplo, poderão ser incluídos nesse convênio. O cinema não tem prazo para encerrar as atividades, o que deve ocorrer no prazo limite. Anita afirma que depois de iniciadas a obras ali, ficará fechado "o mínimo possível", que seria aproximadamente dois meses. A presidente da FCC declara ainda que todo o CIC deve ficar pronto até março de 2010.

(Fonte: Alícia Alão - Variedades / Diário Catarinense - 20/04/2009)

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Reforma do CIC prestes a começar

A reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC) está prestes a começar. A Construtora Salver Empreiteira de Mão de Obra Ltda, de Ituporanga, é a vencedora do processo licitatório do edital realizado na última sexta-feira (13/3).

Depois da homologação do processo, elaboração de contrato pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e emitida a ordem de serviço, ela terá 240 dias para execução das obras. O investimento será de R$ 6,5 milhões. O processo de abertura de envelopes durou aproximadamente quatro horas e contou com 12 empresas concorrentes, sendo que um foi desabilitada. Essa foi a segunda abertura de envelopes. A primeira aconteceu no dia 5/3, mas o edital foi contestado e uma nova data marcada.

(fonte: Jornal Notícias do Dia - 17/3/2009)


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Semana é decisiva para obras no CIC

Reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), na Capital, começa a sair do papel

04/03/2009 - A propalada reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), na Capital, começou a sair do papel. Ontem, foram recebidas as propostas das empresas interessadas em participar do edital de licitação para a reforma e readequação do espaço.

O presidente da comissão de licitação, Roberto Zattar, disse que cinco técnicos conferiram a documentação. Das 12 interessadas, 11 são de SC: Greco Romano, Engetom, Construhab, Nakazima, Centauros, Planecon, Itasa, Salver, Engedix, Global e Espaço Aberto. E uma do Paraná: Endeal.

Zattar afirmou que ainda não há data marcada, mas, provavelmente, até amanhã serão divulgadas as empresas habilitadas, para então serem abertas as propostas. A concorrência levará em conta o menor preço proposto pelas empresas, com um teto máximo de R$ 7.931.260,38.

Sofrerão intervenções o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), o Teatro Ademir Rosa, a parte administrativa, o setor de oficinas, o hall, as instalações climáticas e elétricas, o circuito interno de TV, a parte de informática e o cabeamento, num total de 4,5 mil metros quadrados.

(Fonte: Diário Catarinese - 04/03/2009)

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Repaginação do CIC está próxima

Em março, será conhecida a vencedora do edital de licitação da primeira etapa das obras

30/01/2009 - Está lançado o edital de licitação para a Etapa 1 da readequação e reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), na Capital. Publicado na terça-feira passada (27), o edital prevê concorrência pelo menor preço e as propostas serão abertas no dia 3 de março, mesma data da divulgação da empresa vencedora.

A primeira etapa da reforma geral do CIC fará intervenções na parte esquerda de quem entra no espaço cultural, que inclui o hall, as salas de oficinas e o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). A empresa vencedora da licitação terá 240 dias de prazo para execução da obra, que deve iniciar até o final de março.

O autor do projeto original e da reforma do CIC, arquiteto Marcos Fiúza, explica que haverá uma reorganização do espaço e reforma geral.

- Não deixa de ser um resgate. O CIC está há muito tempo sem manutenção e várias inserções foram sendo feitas ao longo dos anos que alteraram o projeto original. O museu foi subdividido em salinhas, descaracterizaram o espaço. Onde está o Museu da Imagem e do Som, o Espaço Lindolf Bell e o Café Matisse, teve uma ocupação desenfreada, cada um pegou espaço sem planejamento nem projeto. Ali estava prevista uma Biblioteca Central, que nunca foi colocada em prática - recorda.

Em relação às áreas administrativas, tanto a Fundação Catarinense de Cultura quanto a administração do CIC estão em locais inadequados, na avaliação de Fiúza, e será feita uma reposição.

Durante os oito meses de obras, os espaços em reforma permanecerão fechados, inclusive o cinema. A presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Anita Pires, ressalta que serão promovidos eventos itinerantes, como exposições e oficinas, mas não está previsto um outro ambiente para as exibições de cinema nesse período.

- Como a reforma será completa, com parte elétrica, hidráulica e de incêndio, não tem como não fechar. Propusemos aos agentes culturais a realização de oito encontros regionais. Historicamente, o CIC ficou muito voltado para dentro dele mesmo. Trabalhamos com o conceito de cultura como um direito humano componente da cidadania, por isso a itinerância - justifica a presidente.

O Teatro Ademir Rosa e o cinema ganharão um edital específico e as obras devem ser concluídas, assim como as da Etapa 1, até dezembro. Fiúza explica que a Sala de Cinema, que hoje é um auditório, será adequado para cinema. O teatro vai ganhar um camarim e será modernizado, como afirma o arquiteto e diretor de arte Marcos Flaksman, autor do projeto técnico do Ademir Rosa. O arquiteto esteve em Florianópolis esta semana para avaliar o estado do teatro.

- Eu não vinha há muito tempo, o local precisa ser renovado. Em 28 anos, muita tecnologia mudou, como de iluminação cênica e equipamento de mecânica, que sofre um desgaste natural. Suportes de madeira serão trocados por metálicos, entre outros ajustes - explica.

- A programação do Teatro do CIC não é para ter show de rock. O uso indevido acaba estragando e não dura muito. Deve ser feito um regimento interno para ser seguido. A ideia é fazer reforma, mas com continuidade - complementa Fiúza.

Quanto à biblioteca originalmente prevista no projeto do CIC, Anita Pires acena com a possibilidade de que seja finalmente instalada.

- No segundo pavilhão, onde ficaremos, vai ser um conceito muito mais contemporâneo de uma casa cultural, com teatro, cinema, oficina, atividades culturais, espetáculos, uma biblioteca e livraria. O café será aberto na frente do CIC, virado para a rua, com um deck. Terá arena ao ar livre, para os grupos ensaiarem - finaliza Anita.

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SAIBA MAIS:

  • A área total do CIC é de 9.993 metros quadrados.
  • A área que será reformada na etapa 1 tem 4.508,81 metros quadrados.
  • A previsão de custos para essa etapa é de R$ 7,9 milhões.
  • O edital pode ser acessado no site do Deinfra (www.deinfra.sc.gov.br), no link "licitações online".

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    Melhorias no Teatro Ademir Rosa e no cinema

    O Teatro Ademir Rosa e o cinema ganharão um edital específico e as obras devem ser concluídas, assim como as da etapa 1, até dezembro. O arquiteto Marcos Fiúza explica que a sala de cinema, que hoje funciona como auditório, será adequada para cinema.

    O teatro vai ganhar um camarim e será modernizado, como afirma o arquiteto e diretor de arte Marcos Flaksman, autor do projeto técnico do Ademir Rosa. O arquiteto esteve em Florianópolis durante a semana para avaliar o estado do teatro.

    "Eu não vinha havia muito tempo, o local precisa ser renovado. Em 28 anos, muita tecnologia mudou, como de iluminação cênica e equipamento de mecânica, que sofrem um desgaste natural. Suportes de madeira serão trocados por metálicos, entre outros ajustes", explica.

    "A programação do Teatro do CIC não é para ter show de rock. O uso indevido acaba estragando e, consequentemente, não dura. Deve ser feito um regimento interno para ser seguido. A ideia é fazer reforma, mas com continuidade", complementa Fiúza.

    Quanto à biblioteca originalmente prevista no projeto do CIC, Anita Pires acena com a possibilidade de que seja finalmente instalada. "No segundo pavilhão, onde ficaremos, vai ser um conceito muito mais contemporâneo de uma casa cultural, com teatro, cinema, oficina, atividades culturais, espetáculos, uma biblioteca e livraria", conta. "O café será aberto na frente do CIC, virado para a rua, com um deck. Terá arena ao ar livre, para os grupos ensaiarem", finaliza Anita.

    (Fonte: Alícia Alão / Diário Catarinense, 30/01/2009)

  • Luz, vazios, linhas e nós fazem parte da essência da exposição Lume, de Clara Fernandes, que inicia na próxima quinta-feira, 6, no Museu Histórico de Santa Catarina- Palácio Cruz e Sousa. Através de anteparos levíssimos e de grandes dimensões, a artista apresenta um conjunto de obras penetráveis com o intuito de aproximar indivíduo e lugar.

    A inspiração de Clara surgiu da observação dos ambientes e dos amplos interespaços vazios que envolvem as pessoas e por onde transitam os pensamentos. "Pensei então em construir grandes anteparos que fizessem os pontos de ligação entre os diversos momentos da circulação e funcionassem como um "filtro das ideias" que movimentam o espaço" explica.

    Com curadoria de Kamilla Nunes, a mostra apresenta instalações que se infiltram no ambiente e transbordam reflexões pelo espaço urbano. Assim ramificada, a obra se constitui como um pensamento plástico que se estende e replica para além do local expositivo, tomando-o apenas como ponto de partida.

    A mostra é gratuita e permanece no Museu Histórico de Santa Catarina até 30 de agosto. A exposição faz parte do projeto LUME, concebido em 2006. Desde 2007, a intervenção já passou por praias e campos da ilha de Santa Catarina, pelo espaço cultural Casa das Caldeiras em São Paulo, Fundação Cultural Badesc e Teatro álvaro de Carvalho.

    O que: Exposição LUME de Clara Fernandes

    Quando: 06 de agosto às 19h ao dia 30 de agosto de 2009

    Mesa Redonda com Clara Fernandes: 19 de agosto às 16h

    Onde: Museu Histórico de Santa Catarina, Palácio Cruz e Sousa

    Quanto: Gratuito

    O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) prorrogou de 8 de março para 23 de março o encerramento de cinco mostras: "Vanitas", de Albertina Prates, "Quiasma", de Betânia Silveira (foto ao lado), "Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki, "Mater´s", de Sela, e "Um Espelho no Acervo", com curadoria de Fernando Lindote. Com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), mantenedora do espaço, elas podem ser vistas gratuitamente desde 5 de fevereiro.

    "Essas exposições são revestidas de criatividade individual e coletiva, e encontram espaço para sua convivência no Masc, que é um lugar de ensino, debate, diálogo, laboratório, preservação e descoberta", diz a administradora do Masc, Lygia Helena Roussenq Neves. "Além de abrir espaço para mostrar as novas produções de artistas de nosso Estado, também estamos exibindo parte do rico acervo do nosso museu", afirma a presidente da FCC, Anita Pires, lembrando que dentro de algumas semanas, em 18 de março, o Masc completará 60 anos de existência.

    Formada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com pós-graduação em gerontologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Artes Visuais Contemporânea pela Udesc, Albertina Prates levou 39 telas ao Masc. "O tema que proponho é o da vaidade, qualidade do que é instável, transitório, fugaz. Nada é eterno, tudo flui, tudo rápido passa", afirma. As pinturas se apresentam em cinco partes distintas, mas complementares. Em "Beemot" está o animalesco, o irracional, a força bruta. Em "O Espelho" está simbolizada a sucessão de formas, a duração limitada e sempre mutável dos seres. Em "O Jogo I" e "O Jogo II" está o universo no qual, através de oportunidades e riscos, cada qual precisa achar o seu lugar. E em "O Fio de Ariadne", o simbolismo do fio é essencialmente o do agente que liga todos os estados da existência entre si, e ao seu princípio. "Falo das vaidades necessárias para que o ser humano possa evoluir", explica Albertina.

    Professora das Oficinas de Arte da FCC, Betânia Silveira tem mestrado em Artes, na área de Poéticas Visuais, pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-graduação em Cerâmica pela Universidade de Passo Fundo. O trabalho que expõe no Masc resulta de uma pesquisa plástica e poética, fruto do quiasma entre arte e vida. A exposição realiza-se como um percurso traçado entre objetos produzidos a partir de materiais diversos, como imagens fotográficas, cerâmicas, vidro, espelho e plantas. Conceitos como rede, rizoma, conexões e rupturas dão suporte e fundamento ao trabalho. "Entrecruzamentos formais e de sentidos, matérias e mídias, formam corpos onde se pode detectar a presença do entrelaçamento entre vida, morte, fragilidade e resistência", analisa Betânia.

    Fabiana Wielewicki é mestre em Artes Visuais, com ênfase em Poéticas Visuais, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e tem bacharelado em Artes Plásticas pela Udesc. Ela conta que o projeto "Grande Hotel" foi iniciado em 2006, com uma pequena coleção de fotografias de hotéis realizadas antes de cada check-out. "Após ter realizado uma temporada de trabalho em cidades diferentes, muitos hotéis foram integrando minha coleção. A paisagem da janela, o filme da TV e o quadro do quarto eram sempre registrados. A coleção foi ganhando enfoques diferentes: certos elementos e iluminação sugerem ambientes de suspense, romance, solidão, tédio", conta. Segundo Fabiana, "a soma dos registros dos hotéis por onde estive constituem o Grande Hotel. Um lugar (ou não-lugar, se consideramos que é sempre passagem) que é o rastro ou fantasma de muitos outros. è um outro lugar ou lugar nenhum. As imagens são fragmentos de um único filme sem personagem. O cenário parece monótono sem ser o mesmo", avalia.

    Bacharel em Artes Plásticas pela Udesc, Sela, nome artístico de Maria Selenir Nunes dos Santos, trouxe ao Masc pinturas que têm ao mesmo tempo registro abstrato e figurativo e se aproximam do pensamento de que "o paraíso é terreno". Para a artista, ali estão "mãe e matéria, a terra como origem do humano. A exaltação e o caráter sagrado da terra. Essa série de pinturas não procura representar o meio natural, o mundo primitivo e selvagem, mas sim apresentar a paisagem natural através da materialidade e da gestualidade, que sugere a entrega do humano ao meio. Os Mater´s sustentam que a possibilidade de transcendência se dá através da natureza, que o vínculo entre ela e o homem é indissolúvel", explica.

    Sob curadoria de Fernando Lindote, a mostra "Um Espelho no Acervo" reuniu obras de artistas do acervo do Masc (Daniel Acosta, Doraci Girrulat, Fúlvio Pennacchi, Jandira Lorenz, Jenny Mackness, Michael Chapmann, Paulo Whitaker, Rochele Costi, Gaudêncio Fidelis) e de artistas catarinenses convidados (Camila Barbosa, David Denardi, Diego Raick, Flávia Duzzo, Juliano Zanotelli, Karina Zen, Neide Campos, Osmary Gonnzatti, Rudinei Dazzi, Sonia Beltrame). Segundo Lindote, "um dos procedimentos possíveis de curadoria de acervo de museu, bastante recorrente na atualidade, parte da escolha de algumas obras desse acervo para estabelecer relações com obras em desenvolvimento no espaço de atuação da instituição, procurando assim permitir aproximações entre essas produções". Para o curador, a mostra em exibição no Masc foi pensada a partir desse modelo, porém em sentido invertido. "Pensei primeiro no repertório externo, nas obras e nos artistas que conheci pelas viagens que faço pelo Estado. Desse grande repertório, escolhi alguns artistas que por diferentes razões, atravessadas com certeza por uma noção de excelência, acreditei formar um conjunto interessante a ser apresentado ao público do Museu. Somente depois da escolha de artista e obra realizada, fui confrontar essas escolhas com o acervo e desenvolver possíveis reflexões entre uma produção e outra. E, colocado esse espelho às obras do acervo do Masc, podemos, a partir deste pequeno recorte , começar a pensar novas possibilidades para o que entendemos por artes visuais neste momento no Estado de Santa Catarina".

    SERVIçO:

    O QUê: Exposições "Vanitas", de Albertina Prates, "Quiasma", de Betânia Silveira, "Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki, "Mater´s", de Sela, e "Um Espelho no Acervo", com curadoria de Fernando Lindote.

    QUANDO: abertura 05 de fevereiro, quinta-feira, às 19h30. Visitação até 08 de março de 2009, de terça a domingo, das 13 às 21 horas.

    ONDE: Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), Centro Integrado de Cultura, Av. Irineu Bornhausen, 5600, Agronômica, Florianópolis, fone: (48) 3953-2323.

    QUANTO: gratuito.

    "Vanitas", de Albertina Prates

    "Grande Hotel", de Fabiana Wielewicki

    "Mater´s", de Sela

    A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove, até 13 de abril, duas grandes exposições no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). Enquanto a mostra "O Espaço Pleno" reúne dezenas de telas em grandes dimensões de Rubens Oestroem, as instalações da mostra "Invisibile" apresentam algumas reflexões sobre o feminino feitas por três artistas: Letícia Márquez, Lúcia Misael e Maria Cheung.

    Amigas há muitos anos, as três artistas pela primeira vez fazem uma exposição conjunta. Todas moram no Paraná, mas em cidades diferentes - Curitiba, Foz do Iguaçu e Londrina. Uma vez por ano, se encontram para falar sobre arte e sobre a vida. Num desses encontros, surgiu a idéia de uma exposição conjunta sobre as mulheres. "Queríamos falar sobre aquilo que não está tão visível, que nos incomoda, mas que muitas vezes deixamos passar", afirma Lúcia. O resultado foi uma exposição intensa, onde força e fragilidade se mesclam.

    Na instalação "Alguma coisa acontece no meu coração", de Letícia, o visitante é surpreendido por dezenas de fotos de cabeças de mulheres coladas no alto das paredes, sem corpo, tendo como único adereço vastas cabeleiras desenhadas em grafite até o chão, se equilibrando como grandes totens, parecendo buscar sustentação. Os rostos são de mulheres que fazem parte do dia-a-dia de Letícia - incluindo ela mesma, mais Lúcia e Maria. Todas olham para o alto. Será que buscam socorro, proteção? Será que estão suplicando, ou agradecendo? Não estariam simplesmente fazendo alguma adoração, contemplando algo? "é uma obra aberta. Cada um pode fazer a sua leitura, inclusive entendê-las como seres assexuados, sem corpos, representando questões existenciais", avalia.

    Ao lado, nova surpresa. A chinesa/brasileira Maria - cujo nome de nascimento é Miu Kuen, que significa beleza e delicadeza em cantonês - fala da dor das milhares de meninas chinesas mortas antes de nascer, pelo único crime de serem mulheres e não homens. Sua instalação coloca na parede, em pequenas cadeiras, dezenas de bonecos, todos homens e sem roupa, pintados de dourado. Ao lado, pequenos caixões cor-de-rosa guardam chupetas, sapatinhos de bebê, bicos, brinquedos, bonecas. Eles valem ouro, elas valem nada.

    Por fim, chegamos nas instalações de Lúcia, cuja fonte de inspiração veio de duas mulheres, suas avós. Sua avó materna morou com a família até morrer. Era dentista e grande bordadeira. Com seu trabalho manual, ajudou a sustentar seus filhos. "Era uma pessoa recatada, mas de muita sensibilidade", conta a artista. Na instalação, Lúcia usa uma das toalhas feitas pela avó. Ela é projetada como sombra no chão, fazendo com que o público receba a imagem em seu corpo. "Da convivência com essa avó, nasceu meu olhar sensível e atento para as pequenas coisas que fazem parte do universo feminino", conta.

    Com a avó paterna a convivência foi mais difícil por causa da distância. "Ela morava em uma fazenda no sertão do Piauí, e foi mãe de 16 filhos. Era pequena, mas muito forte. Comandava a casa com muita alegria e propriedade. Tinha um carinho por todos e era muito respeitada e admirada. Nas horas vagas, fazia renda, oficio que aprendeu com sua mãe, para trazer beleza ao seu espaço. Enquanto trabalhava os bilros em suas mãos, organizava o pensamento e se enchia de prazer. Era um momento dedicado a si mesmo", recorda Lúcia. Na instalação, ela usa 521 grandes bilros em vidro, feitos um a um, e que receberam cordões de cobre, reunidos em grupos.

    A terceira instalação de Lúcia é uma mesa de vidro que recebeu 60 pequenas toalhinhas feitas de pão. O material foi escolhido pela delicadeza e fragilidade. "é da cultura árabe, chamado de pão toalha. Num único gesto, uma bola de massa é atirada sobre uma superfície côncava que está sobre o calor do fogo. A massa se espalha formando uma fina camada de mais ou menos 30cm de diâmetro. Em seguida são colocadas, ainda quentes, umas sobre as outras para depois receber a embalagem. Ressecam em contato com o ar, portanto a tarefa tem que ser rápida. Imaginem a beleza dessa imagem, empilhando dezenas de placas muito finas de pão, ainda com o calor do fogo".

    Pela primeira vez, o Museu de Arte de Santa Catarina abriga uma extensa mostra do trabalho do artista Rubens Oestroem. Da primeira vez, reuniu as obras que realizava sob o influxo do neo-expressionismo germânico, um dos tópicos mais relevantes dos anos 80. No presente momento, o artista, que também é curador da exposição, reúne boa parte de sua produção posterior, relativa sobretudo aos anos 90 e aos primeiros do novo século. Servindo-se de um critério menos histórico do que estético, e interessado em valorizar a presença relacional das obras num espaço museográfico, Rubens deixa claro aos olhos do visitante a extensa problemática criativa que o tem preocupado nos últimos tempos, e que tem nas implicações da materialidade seu mais relevante aspecto. Trabalha com os limites, as rupturas e as possibilidades transpositivas da pintura.

    O QUê: Exposições "O Espaço Pleno", de Rubens Oestroem, e "Invisibile", de Letícia Márquez, Lúcia Misael e Maria Cheung.

    QUANDO: Visitação até 13 de abril, de terça a domingo, das 13h às 21h.

    ONDE: Fundação Catarinense de Cultura / Museu de Arte de Santa Catarina, localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), Av. Gov. Irineu Bornhausen, nº 5600 - Agronômica - Florianópolis - SC. Telefone: (48) 3953-2300.

    QUANTO: gratuito.

    Será realizado em Florianópolis em fevereiro, entre os dias 2 e 28, um curso com o dançarino australiano Philip Beamish. O curso foi dividido em blocos de 5 aulas para que cada participante possa adequar de acordo com suas atividades. Ele apresentará o método Beamish Bodymind Balancing ®, exporá sua técnica de clássico e ainda oferecerá ensaios supervisionados.

    Beamish foi o personal coach da Alessandra Ferri nos últimos 13 anos de sua carreira. Outras estrelas que já solicitaram seu treinamento incluem Evelyn Hart, Maximiliano Guerra, Tamara Rojo, Manuel José Carreño, Robert Tewsley, Roberto Bolle, e últimamente Polina Semionova. Dentre as companhias com as quais Beamish já esteve associado podemos citar: La Scala Ballet, English National Ballet, Netherlands Dance Theatre, Ballet de Nancy, Finnish National Ballet, The Royal Winnipeg Ballet, The National Ballet of Canada e Companía Nacional de Mexico.

    O método foca o desenvolvimento da percepção do corpo, alongamento, tonificação, reforço a par da percepção e uso funcional dos músculos internos em geral, prestando especial atenção aos abdominais e músculos pélvicos e está baseado em exercícios isotônicos feitos na percepção do ato de respirar.

    Na prática o método Beamish Bodymind Balancing ® ajuda a ´reorganizar´ a faculdade de perceber o corpo e coordenar movimentos, levando em consideração a força de gravidade para a administração mais eficiente do equilíbrio corporal e alinhamento.

    é indicado para bailarinos de todos os gêneros assim como para atletas.

    Mais informações: www.jovemballet.com

    Contatos: +55-48-9619-9672 / +55-48-9982-2398