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O Jornal "ô Catarina!" agora está disponível na internet, aqui mesmo no site da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). Basta procurar no link "Downloads" , na coluna à esquerda. Estão disponibilizadas as edições número 64, que tem como matéria de capa o cinema catarinense, e número 65, com um material especial sobre o centenário de nascimento de Martinho de Haro.

Produzido pela FCC, "ô Catarina!" voltou a ser impresso em setembro de 2007, depois de quase dois anos fora de circulação. Criado na década de 1990 com o objetivo de difundir a cultura do Estado, o jornal estava há quase dois anos fora de circulação. "Estamos reabrindo um importante espaço para mostrar o que fazem e pensam os representantes dos diversos segmentos culturais de Santa Catarina", afirma a presidente da FCC, Elisabete Anderle.

Com tiragem de dez mil exemplares, o jornal será distribuído em todas as regiões do Estado. Serão encaminhados exemplares para bibliotecas públicas municipais, museus, escolas públicas estaduais e fundações culturais. O jornal, gratuito, também estará disponível em todas as casas vinculadas à FCC. Sugestões, informações e solicitações de exemplares impressos podem ser encaminhadas para o endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

O Museu Victor Meirelles, em parceria com o Museo Nacional del Prado (Madrid, Espanha) e o Museo Thyssen-Bornemisza (Madrid, Espanha), irá promover, de 15 a 18 de dezembro a "Semana de Conservação de Bens Culturais". Composta por um conjunto de oficinas teóricas gratuitas, objetiva oferecer oportunidades de reflexão e de formação sobre a preservação e a conservação do patrimônio cultural numa perspectiva contemporânea. A Semana será realizada das 14h às 18h e terá a participação de autoridades em conservação e restauração da Espanha e do Brasil, com atuações destacadas e trabalhos reconhecidamente importantes.

A Semana é voltada para conservadores, restauradores, museólogos, estudantes de artes visuais, museologia, professores, educadores, artistas e ao público em geral interessado em artes, conservação e preservação do patrimônio cultural. Os certificados serão emitidos apenas para os inscritos que obtiverem 100% de freqüência nas oficinas. As inscrições vão até o dia 9 dezembro. A oficina é gratuita. Para se inscrever, os interessados devem encaminhar o pedido de inscrição, com os dados abaixo, para o email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Nome completo:

Telefone:

E-mail:

Formação:

área de atuação profissional:

Instituição:

Por que tem interesse em participar desta oficina?

é membro da Associação de Amigos do Museu Victor Meirelles?

PROGRAMAçãO

15 de dezembro de 2008, das 14h às 18h

Oficina: Os métodos científicos aplicados a análises e estudos de bens culturais

Ministrante: Maria Dolores Gayo Garcia

Sobre a ministrante: licenciada em Ciências Químicas com especialização em Química Orgânica pela Universidade Complutense de Madrid. Vinculada desde 1985 ao Ministério da Cultura da Espanha trabalhou no Museu Nacional de Ciência e Tecnologia, no Instituto do Patrimônio Histórico Espanhol e desde 2004 é responsável pelo Laboratório de Análises do Departamento de Restauração do Museo Nacional del Prado. Especializada em técnicas de análises para o estudo de bens culturais como microscopia óptica, microscopia eletrônica (espectrometria por dispersão de energias de raios X e fluorescência de RX, cromatografia de gases), espectrometria de massas, cromatografia em capa fina, cromatografia líquida de alta resolução. Realizou cursos sobre diferentes materiais relacionados com a conservação e a restauração de bens culturais. Participou de congressos com diversos trabalhos, como A zurita identificada nas pinturas murais nos afrescos de Goya. é autora de diversas publicações sobre técnicas de análises aplicadas aos estudos de bens culturais, como Análises químicas das obras de Goya da Fundação Lázaro Galdiano de Madri.

Dia 16 de dezembro de 2008, das 14h às 18h

Oficina: Microclimas para obras bidimensionais

Ministrante: Franciza Toledo

Sobre a ministrante: Arquiteta/conservadora, graduada em Arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco com especialização em Conservação de Pinturas e Esculturas pelo Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (CECOR/EBA/UFMG), PhD em Conservação e Museologia, pelo Institute of Archaeology, University of London, onde desenvolveu tese sobre controle ambiental para museus. é referência na área por sua pesquisa sobre estratégias de conservação de acervos em museus quentes e úmidos bem como de sistemas alternativos de controle ambiental em condições tropicais. Através da Conservare, desenvolve projetos, artigos para importantes publicações nacionais e internacionais, participação em congressos, seminários e simpósios assim como a consultoria à projetos para diversas instituições públicas e privadas no Brasil e no Exterior.

Dia 17 de dezembro de 2008, das 14h às 18h

Oficina: O Departamento de Restauração do Museu Nacional Thyssen-Bornemisza: Novas tecnologias aplicadas a conservação, transporte de obras de arte, limpeza de pinturas e exposições temporárias

Ministrante: Ubaldo Sedano Espín.

Sobre o ministrante: graduado pela Escola Superior de Conservação e Restauração Madrid, Espanha, mestre em conservação preventiva e exposições pela UCM Faculdade de BBAA (Barcelona), é especialista em segurança de museus e edifícios de patrimônio histórico. Atuou como coordenador e professor nos Cursos de Mestrado em Museologia da Universidad de Valladolid (Fundación Carolina), do Centro de Estudios Universitários, CEU e Universidad de Granada; Do Curso de Mestrado em Conservação Preventiva (UCM) na Faculdade de Belas Artes. Foi também professor e coordenador do curso de Novas Tecnologias para conservação e transporte de obras de arte em Madri e Novas Tecnologias Aplicadas a Restauração e Conservação de Suportes Têxteis, na Faculdade de BBAA (Barcelona), entre outros. Realizou atividades como docente em Universidades da Espanha e em convênios em diferentes países como Equador, Peru e Argentina, para a formação de especialistas em diferentes campos da conservação. é autor de diversas publicações entre elas "Apuntes sobre La Restauración de las Meninas", em 1986 e "Peter Paul Rubens: Restauration Treatment of two Master Paintings Tecnical Estudy (1609-1623)", em 2005. Participou de congressos com diversos trabalhos na Europa e América Latina. Atualmente é Diretor do Departamento de Restauração do Museo Nacional Thyssen-Bornemisza do Ministério da Cultura da Espanha.

Dia 18 de dezembro de 2008, das 14h às 18h

Oficina: O Departamento de Restauração do Museu Nacional do Prado: Tratamentos de diferentes suportes modernos e antigos de pintura sobre tela ou madeira, escultura e papel

Ministrante: Pilar Sedano

Sobre a ministrante: Diplomada pela Escola Superior de Restauração, Madrid, Espanha. Durante 15 anos realizou, no ICRBC, trabalhos de conservação e dirigiu projetos de restauração, como os tratamentos das obras de Berruguete, Juan Juanes, Zurbarán, Morales, entre outros. De 1990 até 2003 foi Diretora do Departamento de Conservação-Restauração do Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, na Espanha, onde foi responsável pela implantação do Departamento. Realizou tratamentos de conservação e restauração em obras de artistas como Dalí, Picasso, Miró, Millares, Tapies, entre outros. é vice-presidente do ICOM - Grupo Espanhol, participando de inúmeros congressos nacionais e internacionais. Atuou como professora no mestrado de Museologia na Universidade Católica de Portugal (2005) e na organização do curso sobre tratamento de Suportes no Museu Nacional de Belas Artes de Havana (Cuba), em 2006, e em diversas outras instituições. Possui vários trabalhos publicados, artigos em catálogos de exposições e artigo sobre conservação preventiva em revistas. Realizou, ainda, diversos projetos de investigação como o estudo analítico, radiográfico e refletográfico dos materiais presentes na obra "Dalí Jovem" em colaboração com a Fundación Gala-Salvador Dalí, de Figueres, da obra de Oscar Dominguez, entre outros estudos sobre a deterioração biológica nas obras contemporâneas em colaboração com o Instituto de Patrimônio Histórico Espanhol. Desde 2003 é Diretora do Departamento de Restauração do Museo Nacional del Prado do Ministério da Cultura da Espanha.

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) entregou no dia 23 de novembro de 2007, no Teatro álvaro de Carvalho (TAC), no Centro de Florianópolis, a edição de 2007 da Medalha de Mérito Cultural "Cruz e Sousa". Dez nomes, escolhidos pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), receberam a honraria neste ano. Foram eles Arthur Moreira Lima, Bila Maria Manganelli Coimbra, Ingo Hering (in memoriam), Lauro Junckes, Marina Mosimann, Neyde Coelho, Osmar Pisani (in memoriam), Raul Sartori, Sérgio da Costa Ramos, e ainda, como entidade, o Fundo Municipal de Cinema de Florianópolis (Funcine).

Criado em 1994, o prêmio é conferido anualmente aos autores de obras literárias, artísticas, educacionais ou científicas relativas ao Estado de Santa Catarina e reconhecidas como de real valor, ou a quem tenha contribuído por outros meios e de modo eficaz para o enriquecimento ou a defesa do patrimônio artístico e cultural catarinense. Entre os agraciados em anos anteriores, estão personalidades como Sylvio Back, Rodrigo de Haro e Salim Miguel.

Com formato oval, a Medalha de Mérito Cultural "Cruz e Sousa" possui uma esfinge do patrono em dourado, montada sobre cruz de malta, esmaltada nas cores vermelha e verde, tendo no verso sua denominação em relevo, sendo acompanhada por uma roseta. Os homenageados também recebem um diploma, assinado pelo governador Luiz Henrique da Silveira, pelo secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, e pela presidente da FCC, Elisabete Anderle. "Todos os homenageados colaboraram, cada um a sua maneira, para fortalecer ainda mais a cultura catarinense", afirma Elisabete.

O QUê: Entrega da Medalha de Mérito Cultural "Cruz e Sousa"

QUANDO: sexta-feira, 23 de novembro de 2007, às 11 horas

ONDE: Teatro álvaro de Carvalho (TAC), Rua Marechal Guilherme, 26, Centro, Florianópolis, fone: (48) 3028-8070.

QUANTO: gratuito

A partir desta terça, dia 9 de dezembro, até a próxima sexta, dia 12 de dezembro, a Fundação Catarinense de Cultura ministrará oficinas gratuitas de origami (arte japonesa de dobrar papel), a partir das 15 h, na tenda do VII Festival das Flores de Florianópolis, na Praça Fernando Machado. Os interessados em participar da oficina, que será ministrada pela professora Kátia Nunes, devem se inscrever no local.

Também faz parte da programação cultural do VII Festival das Flores Dia 10 (quarta-feira): apresentação do músico Mauro Normam, no dia 10; qapresentação do Trio Olho de Cabra, formado por Jorge Linemburg (violino), Fernando Terrezan (violão) e Gustavo Tirelli (bateria), no dia 11, e concerto da Orquestra Escola do Maestro Carlos Alberto Vieira, no dia 12. As apresentações iniciam às 18h30 e são abertas ao público.

Quem for ao evento poderá apreciar cerca de 200 espécies de flores e plantas ornamentais, assim como mudas de frutíferas e medicinais, que estão sendo comercializadas a preços especiais. A tenda estará aberta diariamente das 9h às 20h até a próxima sexta-feira, dia 12 de dezembro.

O Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte,

Fundação Catarinense de Cultura e Museu Histórico de Santa Catarina

convida para o coquetel de abertura da exposição

PRESENçAS: o ato de pintar

Curadoria de Rubens Oestrom

Artistas: Anelise Junqueira Bertoncini

Dolma Magnani de Oliveira

Elvira dos Santos Sponholz

Jussara Isabel Romero

Katia áurea da Costa

Ligia Czesnat

Mariza do Amaral

Marivone Dias

Sandra Cavallazzi

Verceles Amâncio

Dia 05 de março de 2009

19 horas

Museu Histórico de Santa Catarina

Palácio Cruz e Sousa

Visitação: 06 de março a 05 de abril

Terça a Sexta das 10h às 18h

Sábado e Domingo das 10h às 16h

Presenças: o ato de pintar

Neste grupo de pesquisa artística, prevalecem elementos do neo-expressionismo dos anos 80. O esforço concentrou-se mais na transformação do suporte, técnicas com decalque plástico, sobreposição de gestos. A pintura preta e branca talvez tenha se originado nos exercícios de desenho a carvão.

A pintura de camadas nos leva a um processo meditativo, onde os tons que se fundem nos fazem refletir sobre o enigma da pintura orgânica, seja ela figurativa ou não.

Grande formato ou pequeno formato, qual é a diferença? Na tela grande você se envolve de corpo inteiro, no formato menor, você usa praticamente a mão. Isso nos leva a pensar o quanto pode ser complexo o contexto da pintura.

Dividir conhecimento requer muita habilidade. Não só o estabelecido nos abre caminho à obra de arte, é necessário transcender a arte consumada. Esta pintura não deseja mais discutir sua vanguarda, pois seu ímpeto está no auto-conhecimento, no espaço-tempo, na subjetividade e no prazer de quem está o pincel na mão.

Rubens Oestroem

PRESENçAS

* Ligia Czesnat

Linhas e cores se misturam numa profusão de configurações e nesta diversidade se evidência uma unidade insustentável, entre caligrafias, diagramas, cujo esforço, parece assegurar um processo coletivo de superação, para não se tornarem mais um código facilmente e decifrável.

O artista é esse personagem estranho que coloca para si a tarefa de atravessar o abismo, para então no caos, instaurar um nascimento, pois o ato de pintar é fazer nascerem mundos e seu efeito é fazer surgir presenças.

Este é um grupo de artistas, que vem trabalhando incessantemente em seus projetos artísticos pessoais, e que juntos se articulam na diversidade, anos seguidos. Cada um possui sua senha, ou seja, um fluxo do sensível, que informa as diferentes maneiras de ver a forma, o fundo, o espaço, a cor e a luz, na qual se introduzem múltiplas modulações. Assim, buscando encontrar uma convergência para forças tão dispares, o jogo que surge faz perceber que sua vantagem está justamente no constante desfazer-se, no desequilíbrio, para então, refazer-se, permitindo captar-se o regime da cor como o ponto pictural comum.

Com advento do uso exclusivo da cor como recurso de preenchimento do espaço, inaugura-se a emergência do olhar da pintura exclusivamente sobre a superfície da tela. Essa decisão implicou no deslumbramento e no desvio da cor, que está serviço agora da abertura de um espaço de outra natureza, isto é, o espaço em que a cor modula a luz.

São faturas que procuram preencher o vazio da tela branca, desenhos rabiscam fantasmas, paisagens, retratos, e dividem a tarefa comum de transformar em forma a tela informe, recolocando o eterno jogo de solucionar questões irresolutas da arte. As habilidades destas artistas não se resumem apenas na obra como cintilações do sonho, mais como também remetem pensar nos sentidos e nas inquietações de cada uma e das particularidades de técnicas que se evidenciam no manuseio ora da cor, ora da forma, presentes muita vezes, nas repetidas e delicadas veladuras de Marivone Dias; do eterno jogo sutil entre cores pálidas e luz de Jussara Romero; na lucidez plástica no uso e na depuração das cores saturadas e contrastantes de Sandra Cavallazzi; no esforço continuado de fazer da paisagem arborescente uma experiência de cores e de novos materiais de Dólma de Oliveira; o esforço de desfazer a semelhança para fazer surgir a imagem figural de Kátia Costa; da energia de iniciante atenta e caprichosa de Annaluise Junqueira Bertoncini; Euvira Santos Sponholz com o jogo táctil de cores matéricas; Mariza do Amaral revisita um gênero pictórico esquecido o auto-retrato, buscando a estranheza no processo de identificação; Vercelles Amancio cujo processo criativo trouxe tensões inovadoras ao grupo; e eu Ligia Czesnat a pretexto de fazer dos retratos presenças e não representações, acrescento a preocupação de trabalhar em branco e preto, no qual procuro pensar as questões relativas à grisalha.

* Professora Aposentada do Departamento de História da Universidade Federal de santa Catarina.