01/10/2009 - Resultado de uma pesquisa de campo feita em 11 comunidades negras remanescentes dos quilombos no Brasil, abre na terça-feira (6), no Museu da Imagem e do Som, em Florianópolis, a exposição Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência.O registro fotográfico, inédito, foi realizado pelo fotógrafo documentarista André Cypriano em negativo convencional preto-e-branco tratado digitalmente.
A mostra busca divulgar a realidade das comunidades quilombolas brasileiras e incentivar o diálogo entre as comunidades afrodescendentes de cada região do país por onde passa, dando-lhes visibilidade e enfatizando as questões sociais, culturais, reconhecimento e participação social.
A exposição, que em Florianópolis tem o patrocínio da Petrobras com recursos da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), é composta por 27 fotografias em preto-e-branco, no formato 50 cm x 75 cm; sete fotografias panorâmicas, no formato 40 cm x 110 cm, seis fotografias em preto-e-branco 30 x 40 cm, dois mapas, cinco painéis de textos e legendas.
A mostra, que começou a circular em 2006, foi concebida inicialmente para poucas cidades. No entanto, devido ao interesse de público e órgãos institucionais de cultura, já passou por 15 cidades brasileiras e seis cidades da América Latina - Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, La Paz, Lima e Bogotá. Nesta nova fase, estão programadas 15 exposições em todo o País, entre elas no Metrô Sé, em São Paulo, em Campo Grande e em Porto Alegre.
A curadoria da exposição é de Denise Carvalho, produtora cultural e diretora da Aori Produções Culturais, empresa realizadora do projeto. O material original faz parte do livro Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência, com fotografias de André Cypriano e pesquisa de Rafael Sanzio Araújo dos Anjos.
SERVIçO:
Exposição Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência
Local:
Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina
Centro Integrado de Cultura (CIC)
Avenida Irineu Bornhausen, 5.600 - Agronômica
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil - CEP 88025-202
Tel.: (48) 3953-2325 / 3953-2327 / 3953-2329
Abertura:
Terça-feira, 06 de outubro de 2009 - 19h
Visitação:
De 07 a 30 de outubro de 2009
Diariamente das 9h às 21h
Realização:
Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina - MIS-SC
Aori Produções Culturais
Patrocínio:
Petrobras
Apoio Institucional:
Governo do Estado de Santa Catarina
Secretaria de Estado e Turismo, Cultura e Esporte
Fundação Catarinense de Cultura
Ministério da Cultura
Livro: Quilombolas - Tradições e Cultura da Resistência
R$ 78,00 reais - ISBN - 97-88599953-01-3
Nas melhores livrarias do país e para mais informações: www.distribuidorabookmix.com.br
Depois de percorrer com suas obras diversas cidades do Vale do Itajaí, como Jaraguá do Sul, Indaial, Balneário Camboriú, Itajaí e Blumenau - cidade em que reside -, o artista plástico Nestor Jr, 26 anos, abre no dia 10 de setembro sua primeira exposição individual na capital. Calçado nas lembranças da infância, na quebra de estereótipos e na sua ligação com o mar (ele viveu na cidade de Penha, litoral norte, até seus 18 anos), o jovem artista aborda em seus painéis figuras distorcidas sempre num contexto marítimo/aquático, mas nunca de forma convencional.
Na obra intitulada "Lagoa do Peri" sua passagem por Florianópolis é representada por uma figura esguia abraçada a um peixe vermelho e rodeada de flores, num ritual sexual e poético, distante da paisagem tranqüila do sul da ilha. Mas nem sempre aparecem de forma tão explícita, sua inspiração está presente nos cabelos sempre em ondas hipnóticas e intermináveis, e no movimento dos corpos que destroem qualquer proporção e cuidados anatômicos, dando a eles formas impossíveis, traço característico em suas obras. As mulheres de sua família, outra grande inspiração, recheiam os painéis com seus corpos fornidos que enchem o quadro de delicada sensualidade. Figuras que carregam ao mesmo tempo meiguice e brutalidade, formas explícitas e doces, uma contradição bastante curiosa, transformada em arte.
Nestor Jr. trabalha paralelamente como ilustrador, tem obras publicadas em revistas e sites ligados a arte do Brasil e de países como Argentina e Colômbia.
A exposição será realizada na Galeria Cor, de frente para as águas calmas da Lagoa da Conceição, até outubro, depois o catarinense leva suas obras para Belo Horizonte, Minas Gerais, onde ficarão expostas até novembro.
Sobre o artista.: www.flickr.com/nestorjr
Serviço:
Exposição Nestor Jr.
Cor Galeria de Arte ? Avenida das Rendeiras, 552 ? Lagoa da Conceição ? Florianópolis/SC
Informações:
Galeria Cor - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Nestor Jr. - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Para mais informações:
Galeria Cor ? (48) 3232 5620
Nestor Jr. ? (47) 3232 1686 / (47) 91242571
A Prefeitura Municipal de Itajaí e a Fundação Cultural de Itajaí, por meio da Diretoria de Artes e da Casa da Cultura Dide Brandão, comunicam que as inscrições do 4º Salão dos Novos da Cidade de Itajaí se encontram abertas até 30 de outubro.
O objetivo deste salão é incentivar quem está iniciando sua produção artística, descobrindo assim, novos talentos.
As categorias da mostra são: desenho, pintura, escultura, fotografia, gravura, instalação, objeto, performance e vídeo-arte.
O regulamento este disponível em www.casadacultura.wordpress.com e na página oficial da fundação cultural de Itajaí.
Mais informações: (47) 3349-1665 / 3349-1214 / 3349-1516
Prestes a completar 41 anos de existência, em 19 de setembro, o Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, na Capital, terá suas atividades temporariamente interrompidas. A partir de segunda-feira, os filmes darão lugar às obras da reforma do Centro Integrado de Cultura (CIC), onde o cinema está abrigado. Curiosamente, o filme japonês A Partida, de Yogiro Takita, encerra a programação deste ano.
O gerente de pesquisa e tombamento da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Halley Filipouski, lembra que esta primeira fase da reforma abrange toda a parte esquerda do CIC, que inclui o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) e o cinema.
- As obras iniciaram em maio e a programação do cinema não havia sido interrompida até agora em respeito ao público, para não haver tempo muito prolongado de interrupção - afirma.
Agora não dá mais para esperar. Serão trocados o carpete, a forração das paredes laterais e o forro, além da instalação de um novo ar-condicionado, que vai abranger todo o prédio. As poltronas foram trocadas recentemente - são as mesmas do Cine York, que fechou as portas no ano passado e funcionava no Centro Histórico de São José. Uma novidade que trará mais conforto aos frequentadores será a instalação de um foyer, ou seja, um ambiente de 24 metros quadrados para a recepção do público, com uma bomboniere e a bilheteria.
O gerente do cinema, Gunnar Gerlach, lamenta a data do fechamento, pois tinha agendado o lançamento do curta Beijos de Arame Farpado, de Marco Martins, e um ciclo dos primórdios do cinema francês. Para ele, setembro e outubro são meses bons de bilheteria.
- O fechar não é ruim, só podia ser um pouquinho mais para frente. Mas teremos boas novidades, há males que vêm para o bem.
O pai, criador e curador do clube de cinema, Gilberto Gerlach (foto), está feliz com o fechamento. Diz que agora vai tirar férias, depois de 25 anos de dedicação ininterrupta, tempo que o cinema funciona no CIC.
- é só motivo de júbilo, nunca foi feita uma reforma ali. A professora Anita (Pires, presidente da FCC) nos pediu sugestões. Os projetores são bons, mas vamos melhorar as lentes e o sistema de som. Agora vou acompanhar as mostras de cinema do Rio e de São Paulo e cuidar da publicação do meu livro sobre Desterro - adianta.
O jornalista, cinéfilo e blogueiro Jeferson "Fifo" Lima acredita que a reforma é motivo de comemoração.
- O que se perde durante este período é o Gilberto como um curador. Sem o Clube de Cinema Desterro, como poderíamos assistir, por exemplo, a Arca Russa, O Sacrifício ou Dogville, filmes de pouco atrativo para o grande público, mas essenciais para quem gosta dos desafios que a linguagem cinematográfica pode apresentar.
Ao mesmo tempo, Fifo lembra que há outros espaços para o cinema de arte na Capital que podem servir de alternativa para quem frequenta o cinema do CIC.
Foto: Glaicon Covre
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