Com apresentações teatrais e musicais, contação de histórias, exibição de filmes e abertura de uma exposição retrospectiva com fotos, máquinas e objetos antigos, a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promove entre os dias 25 e 30 de maio uma programação comemorativa aos 155 anos da Biblioteca Pública de Santa Catarina. Haverá ainda, às 9 horas do dia 26 de maio, o lançamento do selo do "Programa Biblioteca Pública da Santa Catarina - um modelo de gestão" (veja programação completa anexo).
"Sabemos da importância da Biblioteca Pública para a população catarinense, promovendo o acesso amplo e democrático aos mais variados estilos literários e também abrigando importante parcela da memória bibliográfica do Estado. Por isso, investir na sua reestruturação é fundamental", afirma a presidente da FCC, Anita Pires.
Fruto de parceria entre a FCC e a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), o "Programa Biblioteca Pública da Santa Catarina - um modelo de gestão" já está em funcionamento, tendo sido oficialmente lançado em abril. Prevê, entre outras iniciativas que serão desenvolvidas ao longo dos próximos meses, a conservação e restauração do acervo, capacitação de pessoal, disponibilização do acervo na internet, e formação de contadores de histórias.
A idéia de montar um programa para a Biblioteca Pública de Santa Catarina surgiu em 2008, quando a Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade da Udesc, atendendo solicitação de parceria da Fundação Catarinense de Cultura, formou uma comissão para avaliar o quadro atual da biblioteca e recomendou melhorias na sua estrutura organizacional e técnica. Depois de estudos, a comissão elaborou um diagnóstico da instituição com dados estatísticos e informações sobre serviços, pessoal, infraestrutura e necessidades específicas.
Com base nesse diagnóstico, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Biblioteconomia e Ciência da Informação do Departamento de Biblioteconomia e Gestão da Informação da Udesc, com apoio da Coordenadoria de Cultura da Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade, desenvolveu o programa "Biblioteca Pública de Santa Catarina: Um Modelo de Gestão", com caráter interinstitucional e multidisciplinar, podendo incorporar projetos específicos dos centros de ensino e da Biblioteca Universitária da Udesc.
Saiba mais: A Biblioteca Pública de Santa Catarina foi criada em 31 de maio de 1854, quando o então presidente da província João José Coutinho sancionou a Lei nº 373, que determinava sua criação. Considerada uma das mais antigas do Brasil, está instalada no prédio atual desde 1979, e tem como missão manter, conservar e desenvolver a memória cultural do Estado e promover a divulgação da cultura em geral, incentivando o hábito da leitura.
Atualmente a Biblioteca conta com um acervo de mais de 115.000 volumes de todas as áreas do conhecimento e formas de produção literária, além de coleção de periódicos, audiovisuais, microfilmes e outros materiais informativos, abrigando a memória bibliográfica e documentária de Santa Catarina. Localizada no Centro de Florianópolis, é freqüentada por aproximadamente 30 mil usuários ao mês.
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) divulgou no dia 12 de agosto de 2009 os nomes dos dez títulos selecionados pelo Edital de Aquisição de Livros - Cocali. A seleção (veja abaixo) contemplou diferentes gêneros, como romance, conto, poesia e literatura infanto-juvenil. Através do edital, o Governo do Estado vai adquirir 300 exemplares de cada título e distribuí-los para bibliotecas públicas municipais.
"A aquisição e a distribuição de livros são de grande importância para a difusão da literatura catarinense. Com esse edital, o Estado atua como um mediador entre nossos autores e a população, que muitas vezes tem pouco ou nenhum acesso aos bens literários", afirma a presidente da FCC, Anita Pires, que fez a divulgação dos nomes ao lado da diretora de Difusão Artística da FCC, Mary Garcia, e do deputado estadual Sérgio Grando.
As 172 obras inscritas foram avaliadas pela Comissão Catarinense do Livro (Cocali). Os livros escolhidos serão comprados pela Fundação Catarinense de Cultura com desconto de 50% no preço de capa. Devido à qualidade, alguns títulos não selecionados ficaram automaticamente inscritos para a próxima edição do edital, que será lançado até outubro deste ano.
Criada em 1992 e regulamentada em 1996, a lei nº 8759, conhecida como Lei Grando, estabelece a obrigatoriedade da aquisição de livros de autores catarinenses por parte do poder público estadual com a finalidade de municiar as bibliotecas públicas municipais. Já a Comissão Catarinense do Livro (Cocali) foi criada através do decreto nº 841, de 7 de maio de 1996.
Os atuais membros da Cocali foram selecionados e nomeados pelo governador Luiz Henrique da Silveira a partir de uma lista tríplice fornecida por cada instituição para o mandato de um ano. A comissão é composta por representantes da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Academia Catarinense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, União Brasileira de Escritores / Santa Catarina, além de um renomado escritor.
As inscrições para o Edital de Aquisição de Livros - Cocali ficaram abertas entre 08 e 26 de junho e eram exclusivas para autores catarinenses ou residentes há mais de dez anos em Santa Catarina.
Obras Selecionadas*
Palavras do Xeramõi (Adão Karai Tataendy Antunes)
Relatos de sonhos e lutas (Amílcar Neves)
Caro Rimbaud (C. Ronald)
A Ira das águas (Edla Van Steen)
Beatriz em trânsito (Eloí Elisabet Bocheco)
Alice passou por aqui... (Miriam Portela)
Todas as casas (Roberto Gomes)
Aço e nada (Rubens da Cunha)
Melhores contos de Salim Miguel (Salim Miguel)
Olho e fôlego (Vinícius Alves)
* A lista segue a ordem alfabética do nome dos autores. Não há ordem de seleção.
Membros da Comissão Catarinense de Livros (Cocali)
Marco Vasques (SOL)
Jayro Schmidt (Fundação Catarinense de Cultura)
José Roberto Oshea (UFSC)
Gisela Eggert Steindel (Udesc)
Júlio de Queiroz (Academia Catarinense de Letras)
Dennis Radünz (União Brasileira de Escritores / Santa Catarina)
Augusto César Zeferino (Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina)
Péricles Prade (escritor)
Mary Garcia, Sérgio Grando e Anita Pires na divulgação dos selecionados
Em uma disputada audiência pública realizada na tarde de quinta-feira, dia 21 de maio, no Plenarinho da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), foram debatidas as propostas de mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet. O encontro, uma iniciativa da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Alesc, definiu como principal encaminhamento a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Cultura. O secretário Nacional de Cultura, Roberto Nascimento, participou do eventop, que também teve a participação da presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Anita Pires, e do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Péricles Prade, entre outras autoridades.
Implantada há 18 anos, a lei movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano na cultura e é o principal mecanismo de patrocínio cultural em vigor no país. Por meio dela, as empresas podem aplicar parte do dinheiro do imposto devido em projetos diversos. O modelo viabiliza boa parte do que se produz em teatro, música, dança e outras manifestações e, ao mesmo tempo, é criticado por uma série de distorções que foram se sedimentando.
Num monitoramento cultural realizado pelo Ministério da Cultura (MinC) e apresentado por Roberto Nascimento, ficou constatado que 92% dos brasileiros nunca freqüentaram um museu, apenas 14% vão ao cinema, 93% nunca visitaram uma exposição, 78% nunca assistiram um espetáculo de dança e 90% dos municípios da União não têm cinema, museu ou um espaço multiuso. Também foi levantado que o orçamento do MinC dobrou em cinco anos, mas os valores de renúncia fiscal quase triplicaram. Do total de recursos, 20% são provenientes do orçamento federal e 80% de renúncia fiscal.
Segundo o secretário, as maiores distorções em relação à Lei Rouanet dizem respeito ao desequilíbrio na parceria público privada e na distribuição de recursos. No primeiro caso, o governo precisa colocar R$ 900 milhões em renúncia para receber R$ 100 milhões em investimento privado. Já no segundo caso a região Sudeste movimenta 79% do total de investimentos em cultura, enquanto o Sul fica com 11%, Nordeste 6%, Centro Oeste 3% e Norte 1%. Destes 11% destinados à região Sul, 59% são direcionados para o Rio Grande do Sul, 25% para o Paraná e 16% ficam em Santa Catarina, o que representa 1,67% do total nacional.
Para tentar sanar estas distorções, Nascimento apresentou as propostas do MinC, colhidas depois de "um amplo debate, público e aberto". Segundo ele, hoje não há avaliação subjetiva dos projetos beneficiados com isenção fiscal, são levados em consideração aspectos técnicos, como orçamento e prazo. Já a nova lei prevê que comissões formadas por governo e sociedade avaliarão também o mérito artístico da obra. A Lei Rouanet prevê hoje duas faixas de isenção fiscal fixas. Na nova lei, serão seis faixas de isenção e o enquadramento em cada uma delas será decidido por comissões paritárias, formadas por governo e sociedade. O novo projeto também prevê a criação de um sistema de pontuação. Itens variados, que devem passar por questões de acessibilidade e de diversidade regional, serão considerados com maior ênfase. "Quanto menor o índice de abatimento, mais dinheiro a empresa deve tirar do próprio bolso".
Foto: Carlos Kilian / Alesc
A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) abriu no dia 8 de junho o período de inscrições para o Edital de Aquisição de Livros - COCALI. Promovido pelo Governo do Estado, o edital vai selecionar e adquirir obras de autores catarinenses ou residentes há mais de dez anos em Santa Catarina. Serão selecionadas até dez obras, que terão 300 exemplares de suas tiragens compradas e distribuídas para bibliotecas públicas municipais. As inscrições são gratuitas, e estarão abertas entre 08 e 26 de junho de 2009.
"A aquisição e a distribuição de livros são de grande importância para a difusão da literatura catarinense. Com esse edital, o Estado atua como um mediador entre nossos autores e a população, que muitas vezes tem pouco ou nenhum acesso aos bens literários", afirma a presidente da FCC, Anita Pires.
Os autores poderão inscrever mais de uma obra, mas somente serão aceitas inscrições de livros publicados entre 2004 e 2009, esses anos incluídos. Também é necessária a apresentação de documento assinado pela editora autorizando o desconto de 50% no preço de capa para aquisição pela FCC, caso a obra seja selecionada no edital.
As obras inscritas serão avaliadas e selecionadas pela Comissão Catarinense do Livro (COCALI), composta nove membros, representantes da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Academia Catarinense de Letras, Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, União Brasileira de Escritores / Santa Catarina, Câmara Catarinense do Livro, além de um renomado escritor.
Os exemplares encaminhados para análise não serão devolvidos e, após a divulgação do parecer final da COCALI, passarão a integrar o acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina. A seleção deverá ser concluída no prazo máximo de trinta dias, a contar da data de término das inscrições. Os títulos das obras selecionadas e os nomes de seus autores serão divulgados no site da Fundação Catarinense de Cultura (www.fcc.sc.gov.br), onde também estará disponibilizado o edital completo (veja abaixo ou em Downloads).
Mais informações: (48) 3953-2396 / Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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EDITAL PARA AQUISIçãO DE LIVROS - COCALI
1. DO OBJETO
1.1 Constitui objeto deste edital selecionar e adquirir obras de autores catarinenses ou residentes há mais de dez anos em Santa Catarina.
1.2 As obras adquiridas serão destinadas a bibliotecas públicas municipais catarinenses.
1.3 Serão selecionadas até dez (10) obras, que terão 300 exemplares de suas tiragens compradas e distribuídas pela Fundação Catarinense de Cultura.
1.4 Os exemplares serão adquiridos por 50% do valor de capa dos mesmos.
2. DA INSCRIçãO
2.1 Somente serão aceitas inscrições de obras publicadas de 2004 até 2009.
2.2 O autor poderá inscrever mais de uma obra.
2.3 é vedada a inscrição feita diretamente por editoras.
2.4 Os concorrentes deverão entregar pacote contendo:
2.4.1 Nove (09) exemplares da obra;
2.4.2 Folha contendo nome completo do autor, endereço residencial, telefones para contato, endereço eletrônico e valor de capa da obra inscrita;
2.4.3 Cópia da carteira de identidade ou da certidão de nascimento ou da certidão de casamento;
2.4.4 Documento assinado pelo concorrente e com firma reconhecida em cartório declarando que reside há mais de dez anos em Santa Catarina, no caso do concorrente não ser catarinense;
2.4.5 Documento assinado pela editora autorizando o desconto de 50% no preço de capa para aquisição pela Fundação Catarinense de Cultura, caso a obra seja selecionada neste edital.
2.5 As inscrições são gratuitas.
3. DO PRAZO E LOCAL DE INSCRIçõES
3.1 As inscrições estarão abertas entre 08 e 26 de junho de 2009.
3.2 O pacote deverá estar endereçado para:
Fundação Catarinense de Cultura
Edital de Aquisição de Livros - COCALI
Av. Governador Irineu Bornhausen, 5.600,
Agronômica, Florianópolis - SC
CEP: 88025-202
3.3 As inscrições poderão ser feitas nos dias úteis, das 13h às 19h, diretamente no setor de protocolo da Fundação Catarinense de Cultura, no endereço citado no item 3.2.
3.4 Serão admitidas inscrições pelo Correio, desde que feitas exclusivamente via SEDEX.
3.5 Para as inscrições pelo Correio, serão consideradas a data e hora da postagem.
3.6 Não serão aceitas inscrições apresentadas fora do período estabelecido no item 3.1 deste edital.
4. DA SELEçãO
4.1 As obras serão avaliadas e selecionadas pela Comissão Catarinense do Livro (COCALI), composta por nove (09) membros.
4.2 A seleção será concluída no prazo máximo de trinta (30) dias, a contar da data de término das inscrições.
4.3 Os títulos das obras selecionadas e os nomes de seus autores serão divulgados no site da Fundação Catarinense de Cultura (www.fcc.sc.gov.br).
4.4 A decisão da Comissão Catarinense do Livro (COCALI) é irrecorrível.
5. DAS DISPOSIçõES GERAIS
5.1 A inscrição da obra implica prévia e integral concordância com as normas deste edital.
5.2 Os exemplares encaminhados para análise não serão devolvidos e, após a divulgação do parecer final da Comissão Catarinense do Livro (COCALI), passarão a integrar o acervo da Biblioteca Pública de Santa Catarina.
5.3 Livros financiados pelo Governo do Estado de Santa Catarina não poderão ser inscritos neste edital.
5.4 Funcionários da Fundação Catarinense de Cultura, da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte e os membros da Comissão Catarinense do Livro (COCALI) não poderão participar deste edital.
5.5 Os casos omissos serão decididos pela Comissão Catarinense do Livro (COCALI).
Florianópolis, 04 de junho de 2009.
Anita Pires
Presidente da Fundação Catarinense de Cultura
A prefeitura de Porto União realizou no dia 08 de julho de 2009 a cerimônia de assinatura de contrato, em comodato, do imóvel na Rua Sete de Setembro, em frente a Escola Miguel Farah, pertencente a família de João Darci Ruggeri. A Fundação de Cultura de Porto União é a responsável pelo projeto de restauração e tombamento, coordenado por Ari Passos e Terezinha Wolf.
Com o objetivo de tombar o prédio como patrimônio histórico e cultural do município, no momento o local será utilizado como espaço cultural. A parceria firmada com a família foi de que a casa seria restaurada e cuidada, mantendo os traços arquitetônicos da década de 30. Para João Darci, é uma honra repassar um prédio que para a família é de tão grande importância e com isso preserva-se também a história do município "Povo sem história é um povo que não existe. Se não cultivarmos o que os nossos antepassados deixaram a nossa história irá desaparecer", afirma Ruggeri. A família recebeu diversas propostas de compra do imóvel, mas preferiu deixar aos cuidados do município.
O comodato tem validade por 10 anos, e enquanto isso o prefeito afirmou que pretende manter o local com os cuidados necessários abrigando os serviços culturais que o município possui como a Fundação de Cultura e o setor de Arquivo Público. "Estamos agradecidos a toda família com o repasse desse bem histórico, queremos restaurá-lo e aos poucos conhecer ainda mais sobre a história de Porto União, utilizando esse espaço da forma mais correta possível", disse o prefeito Renato Stasiak.