23/10/2009 - A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) inicia nesta segunda-feira (26) as obras do Memorial Cruz e Sousa. O memorial será construído no terreno do Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no Centro de Florianópolis, e ocupará uma área de 280m2. Além de um local para abrigar a urna mortuária do poeta simbolista, o espaço contemplará uma sala de leitura, uma biblioteca de autores catarinenses e uma pequena cafeteria, podendo abrigar lançamentos e saraus literários.
A obra está orçada em R$ 264.133,33 e o valor será pago pelo Governo do Estado com recursos provenientes do Funcultural. A Múltipla - Consultoria e Engenharia LTDA foi a vencedora do edital de licitação com modalidade menor preço. O prazo de execução das obras é de 128 dias. Durante a primeira fase da construção, o acesso do público ao Jardim do museu estará impedido. Os portões serão abertos apenas para eventos programados, como o Projeto Sexta no Jardim. As exposições permanecem acontecendo normalmente.
Com a transferência dos restos mortais de João da Cruz e Sousa do cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro, para Florianópolis, em novembro de 2007, a escolha de um local para abrigar um Memorial em sua homenagem logo recaiu sobre o Palácio Cruz e Sousa. Tombado como patrimônio histórico do Estado em 1984, o edifício sede do Museu Histórico de Santa Catarina recebeu este nome em 1979, em homenagem ao poeta simbolista nascido em Desterro.
A edificação do Memorial (veja foto ilustrativa abaixo) será integrada ao atual desenho dos jardins revitalizados do antigo Palácio, compondo o conjunto de forma harmônica e complementar. "Além de reverenciar a grandeza do poeta, vamos disponibilizar ao público mais um espaço de lazer e convivência na área central da cidade", comemora a presidente da FCC, Anita Pires, lembrando que a instalação da cafeteria nos jardins do Palácio atende a uma antiga reivindicação de visitantes e freqüentadores do Museu e Centro Histórico de Florianópolis, contribuindo para a revitalização urbana da área.
Nascido em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópoli), João da Cruz e Sousa (1861-1898) foi um dos precursores do simbolismo no Brasil. Filho de negros alforriados, desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adotou o nome de família. Aprendeu francês, latim e grego. Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em Fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem tem quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura. Faleceu no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fôra transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Foi integrante da Academia Catarinense de Letras, de cuja cadeira 15 é patrono.
A exposição MUNDOS TANGíVEIS, que abriu no dia 3 de novembro, acontece de 4 de novembro a 9 de dezembro na Galeria Municipal de Arte Pedro Paulo Vecchietti, Praça XV de Novembro em Florianópolis, no horário das 10 às 18 horas. O artista Alfonso Ballestero apresenta uma seleção de duas telas monocromáticas e quatro esculturas de concreto celular, destacando-se a sensualidade das curvas e os relevos angulares das formas. Michel Groisman trazobjetos interativos e que proporcionam uma experiência lúdica, tanto nos Andadedos como na Máquina de desenhar.
O título da exposição refere-se ao sentido de passar muito perto, roçar ou tocar, ou seja, diz respeito a vários tipos de contato: entre Ballestero e Groisman, olhar e tato, obra e espectador, cegos e videntes. A ênfase está voltada para a experiência tátil e o olhar como um tipo de toque, ampliando as possibilidades de percepções e sensibilidades sobre a obra de arte contemporânea, uma vez que, intencionalmente pretende envolver um tipo de espectador que não costuma ir neste tipo de evento, os cegos.
Trata-se de um projeto aprovado pelo edital PROEXT 2008, coordenado pela professora do PPGAV-CEAD-UDESC, Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva. Assinam a curadoria a professora Rosângela Miranda Cherem (responsável), além da designer Fernanda do Canto e da artista plástica Gabriela Caetano.
Local:
Galeria Municipal Pedro Paulo Vecchietti,
Visitação:
De 04 novembro a 09 de dezembro de 2009
Diariamente das 10h às 18h
Realização:
Projeto Formação Estética do Público Cego
Museu e Inclusão Social / LEDI / CEAD / UDESC
Parceria:
Associação Catarinense para Integração do Cego - ACIC
Museu de Arte de Santa Catarina - MASC
Informações e agendamentos de visitas mediadas:
Núcleo de Arte-Educação do MASC
Fone: (48) 3953 2324
Praça Quinze de Novembro, Nº180 / Esquina com a Rua Tiradentes
03/11/2009 - Foi realizada na terça-feira, dia 03 de novembro, às 10h30, no Teatro Governador Pedro Ivo, junto ao Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis, a assinatura dos convênios para estabelecimento de uma rede com 60 Pontos de Cultura em Santa Catarina, em cerimônia que contou com a presença do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, entre outras autoridades. Promovido pelo Governo Federal e pelo Governo do Estado de Santa Catarina, com apoio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e Conselho Estadual de Cultura (CEC), o Edital dos Pontos de Cultura representa um investimento de R$ 10,8 milhões no setor.
O repasse dos recursos às entidades culturais sem fins lucrativos que tiveram seus projetos selecionados será de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) por ano, durante três exercícios, o que totaliza R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) para cada ponto. O edital, que beneficiará 36 municípios catarinenses, tem por objetivo implantar uma rede de inclusão social e construção de cidadania. "Com ele, estamos estimulando a geração de emprego e renda, e também apoiando ações de fortalecimento das identidades culturais", afirma a presidente da FCC, Anita Pires.
Cada ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: culturas populares, grupos étnico-culturais, patrimônio material, audiovisual e radiodifusão, pensamento e memória, culturas digitais, gestão e formação cultural, expressões artísticas e/ou ações transversais. O Edital teve 203 projetos inscritos, e as inscrições foram gratuitas.
Durante a seleção, os projetos passaram pelas fases de análise documental, técnica e de avaliação de mérito. O trabalho foi realizado por uma comissão especial constituída por técnicos do Governo do Estado, do Conselho Estadual de Cultura (representando a sociedade civil) e do Ministério da Cultura. "Estamos certos de que a inclusão social por meio da cultura será uma realidade ao alcance de muitos catarinenses com a formação desta rede de Pontos de Cultura", afirma o secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel.
Veja a lista dos 60 projetos selecionados:
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As cortinas do Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC), abriram-se no dia 20 de setembro de 2012, para a sua primeira apresentação após a reforma: o espetáculo Don Quixote, interpretado pelo Balé Bolshoi do Brasil, que encantou as cerca de mil pessoas que estavam presentes. O Teatro Ademir Rosa recebeu investimentos de cerca de R$ 8 milhões do Governo do Estado.
O espaço ocupa uma área de 1.746 metros quadrados no CIC e foi completamente recuperado. Fundado em 1983, o local havia sido modificado ao longo dos anos, perdendo as características originais. Com a reforma, que durou, em média, três anos, o projeto original foi retomado. Até uma obra de arte na parede do hall de entrada, que estava apagada pela tintura, foi restaurada.
A estrutura do teatro conta com mecanismos cênicos de alto padrão, carimbando o novo espaço cultural. O ambiente tem 906 poltronas revestidas em couro, com visão e audição do espetáculo em qualquer ponto da plateia. O palco tem 25 metros de largura por 17 metros de profundidade, com boca de cena de 14 metros de largura por 7 metros de altura.
O presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Joceli de Souza, destacou que o espaço já é referência no contexto nacional, acompanha a modernização de Santa Catarina e volta a entrar na rota dos grandes espetáculos.
>> Mais informações no site oficial: www.tar.sc.gov.br
Florianópolis (3/11/2009) - O governador Luiz Henrique reforçou, nesta terça-feira (3), a importância de descentralizar os recursos para as iniciativas culturais em todas as regiões do Estado. "Devemos valorizar as iniciativas isoladas dentro de uma visão de arquipélago", disse, durante a entrega dos recursos aos 189 contemplados pelo edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura. Na solenidade, foram assinados os convênios do Programa Pontos de Cultura, firmado através de parceria com o Governo Federal. O governador destacou que todas as 36 secretarias de Desenvolvimento Regional contam com pelo menos um dos 60 pontos beneficiados pelo programa.
A cerimônia contou com a presença do ministro da Cultura, Juca Ferreira, e foi realizada no Teatro Governador Pedro Ivo, junto ao Centro Administrativo do Governo do Estado, em Florianópolis. Em seu pronunciamento, o ministro colocou em evidência o papel do Estado na disseminação dos bens culturais. "Não adianta apenas incluir a população mais pobre na economia sem dar a ela as condições de acesso à Cultura", afirmou Barreto. Segundo ele, mais de 80% dos recursos financiados através da Lei Rouanet beneficiam projetos de apenas duas cidades do País. De acordo com o ministro, o setor cultural responde por 5% do Produto Interno Bruto do País e absorve 6% dos trabalhadores com emprego formal no País.
Os convênios para estabelecimento de uma rede com 60 Pontos de Cultura em Santa Catarina contam com recursos de R$ 10,8 milhões, enquanto os contratos dos vencedores do edital Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura receberam investimento de mais de R$ 6 milhões em recursos provenientes do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural). O Edital Elisabete Anderle selecionou 189 projetos que contam com R$ 6 milhões para serem executados nas áreas de Música, Artes Visuais, Teatro, Letras, Patrimônio Cultural, Dança e Artes Populares.
Durante a cerimônia, o secretário da Cultura, Esporte e Turismo, Gilmar Knaesel, destacou a importância dos editais na política de incentivo à Cultura em Santa Catarina. Além do apoio com recursos financeiros aos produtores culturais, ele ressaltou os investimentos feitos pelo Governo do Estado para ampliar a infraestrutura necessária ao setor cultural, como a construção de oito novos teatros, além de quatro em reforma, as reformas do teatro do Centro Integrado de Cultura e o teatro de Timbó. Knaesel enfatizou também qie Santa Catarina foi o primeiro Estado do País a assinar os convênio com o Ministério da Cultura para o programa Pontos de Cultura.
O Edital dos Pontos de Cultura representa um investimento de R$ 10,8 milhões no setor. O repasse dos recursos às entidades culturais sem fins lucrativos que tiveram seus projetos selecionados será de R$ 60 mil por ano, durante três exercícios, o que totaliza R$ 180 mil para cada ponto. O edital beneficiará 36 municípios catarinenses e tem por objetivo implantar uma rede de inclusão social e construção de cidadania. Cada ponto de cultura deverá funcionar como um instrumento de pulsão e articulação de projetos já existentes nas comunidades de Santa Catarina, desenvolvendo ações continuadas em pelo menos uma das seguintes áreas: Culturas Populares, Grupos étnico-culturais, Patrimônio Material, Audiovisual e Radiodifusão, Pensamento e Memória, Culturas Digitais, Gestão e Formação Cultural, Expressões Artísticas e/ou Ações Transversais.
A presidente da Fundação Catarinense de Cultura, Anita Pires, ressaltou os benefícios do Edital Elisabete Anderle na ampliação das oportunidades de criação, distribuição e fruição dos bens culturais em Santa Catarina, estendendo o acesso à Cultura. O secretário Gilmar Knaesel ressaltou também que o Estado vai cumprir este ano o orçamento de R$ 40 milhões para o setor cultural, com 0,5% da receita bruta destinada à Cultura.
Dentre as autoridades que acompanharam a cerimônia estavam a senadora Ideli Salvatti; os deputados federais Celso Maldaner e Cláudio Vignatti; os deputados estaduais Pedro Baldissera e Vânio dos Santos; além do presidente do Conselho Estadual de Cultura, Péricles Prade.
Informações adicionais - Jornalista Evandro Baron, telefone (48) 8843-5704 e 3221-3528, e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Foto: Sabryna Sartott / SECOM
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