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A Academia Catarinense de Letras (ACL) promove, a partir de 11 de setembro, sempre às quintas-feiras, até o dia 2 de outubro, uma Oficina de Conto. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia do evento na sede da ACL, localizada no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

A oficina funcionará em quatro módulos, sempre com uma palestra, seguida do depoimentos de dois contistas e finalizando com um exercício de composição de conto. Os palestrantes serão Celestino Sachet, Regina Carvalho e Lauro Junkes. Os contistas convidados são Silveira de Souza, João Nicolau Carvalho, Flávio José Cardozo, Jair Francisco Hamms, Júlio de Queiroz, Hoyêdo de Gouvêa Lins, Salim Miguel e Olsen Jr.

O evento tem apoio da Fundação Catarinense de Cultura e do Governo do Estado através do Funcultural.

Mais informações pelo telefone (48) 3333-1733.


Publicada no dia 4 de agosto de 2009 no Diário Oficial da União , a
segunda edição do Prêmio Mário Pedrosa - Museu, Memória e Mídia, promovido
pelo Instituto Brasileiro de Museus - Ibram. Nesta edição, o edital premiará
matérias jornalísticas relacionadas a museus do Brasil, sobre o tema Museus
e Turismo.

O edital contemplará três trabalhos, que devem ter sido publicados em
território nacional por veículos de mídia impressa, no período de 1º de
janeiro a 30 de outubro de 2009. O 1º lugar receberá R$ 8 mil; 2ª lugar, R$
5 mil e 3º lugar, R$ 3mil.

Seleção - As matérias serão analisadas por uma comissão, formada por
profissionais das áreas de museus e comunicação, que levará em consideração
redação e estruturação; pesquisa e documentação; profundidade da abordagem,
multiplicidade de fontes; enfoque e fidelidade ao tema; caráter inovador ao
tema; e construção da narrativa jornalística.

O material contemplado será divulgado em publicação específica, pelo Ibram,
vinculado exclusivamente ao Prêmio Mário Pedrosa - Museus, Memória e Mídia.

Museus e Turismo - Com o Prêmio Mário Pedrosa, o Ibram pretende incentivar
os meios de comunicação da mídia impressa a publicar matérias jornalísticas
sobre a estreita relação entre os museus o turismo, tendo em vista os museus
como grandes centros de difusão cultural e meios de atração turística, que
movimentam todos os setores econômicos da localidade e democratizam o acesso
às informações culturais neles contidos.

O período de inscrições será de 05 de agosto a 30 de outubro de 2009. Para
detalhes confira o edital no www.museus.gov.br.

Mais informações no Departamento de Difusão, Fomento e Economia dos Museus -
DDFEM / Ibram, no (61) 3414-6207 e (61) 3114-6143 ou no
Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Após dois meses fechado para reparos, o Palácio Marcos Konder, prédio que hoje abriga o Museu Histórico de Itajaí, reabriu suas portas com uma nova concepção da exposição "Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?". A reinauguração oficial aconteceu no dia 11 de setembro de 2008.

Com nova iluminação, revitalização dos assoalhos e restauração do estuque do teto, o Museu está mais belo e preservado. E a concepção da exposição é, também, a forma como a Fundação Genésio Miranda Lins discute a história da cidade. Casa Museu exalta a diversidade cultural de Itajaí.

Mudanças físicas

"O objetivo das mudanças é adequar o atendimento ao público, divulgar o patrimônio e a memória de Itajaí, sem prejudicar seu caráter histórico" afirma Giane Buzzo, técnica em conservação e restauro da FGML.

O primeiro passo foi substituir a iluminação do Salão Nobre do Palácio e refazer o projeto luminotécnico do piso térreo, onde se encontram as exposições. Segundo o Superintendente José Roberto, no novo desenho as lâmpadas foram direcionadas, destacando os objetos e facilitando a leitura das legendas. Todo o processo foi coordenado pela técnica em conservação e restauro Giane Buzzo e orientado pelas arquitetas Rafaela Beatriz Mafra, da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, da Prefeitura de Itajaí, Patrícia Trentin, Diretora do Depto de Patrimônio da FGML e pelo projetista Arthur Augusto Cellini, também da FGML.

O prédio ainda passou por reparos no assoalho de madeira e restauração no estuque. O método e os produtos utilizados foram sugeridos e acompanhados por órgãos responsáveis, em especial o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, e o Curso Ateliê de Conservação e Restauro da Fundação Catarinense de Cultura, ATECOR. Evelise Moraes, historiadora e assessora de gestão da FGML, ainda destaca a importante contribuição dada a distancia pela Profª Maria Eduarda Moreira da Silva, de Portugal, que instruiu o procedimento com o estuque.

A equipe de funcionários da Fundação Genésio Miranda Lins produziu um painel que mostra como foram as etapas do processo de restauração e reparos do prédio, assim como a higienização dos objetos da exposição. O material ficará exposto para os visitantes juntamente com um relatório sobre todos os métodos realizados.

Mudança na exposição Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?

A exposição ´Casa Museu ? Qual Itajaí tá aqui?´ mostra que as peças das décadas de 40 a 60 do século passado, ora do espaço público, ora do privado, compõem uma mesma história. O público torna-se extensão do privado.

Essas duas faces de uma mesma cidade aparecem nos objetos que representam fazeres do espaço social e da intimidade. A cidade é planejada a partir de princípios de organização e higiene. No privado, os objetos e os lugares mostram um cuidado com a intimidade. Ao mesmo tempo, a casa é onde as pessoas planejam a forma como vão se apresentar no espaço público.

A exposição faz esse caminho de mostrar como esses espaços apresentam o modo como as pessoas organizavam suas vidas e também indicam a forma como elas queriam que os outros a vissem.

Espaço cozinha

Nas memórias de moradores de Itajaí e na literatura catarinense, peixes e frutos do mar são a base dos pratos na região. E, durante muito tempo, foram as últimas esperanças de pescadores e familiares não morrerem de fome. O caldo era uma sopa rala, engrossada apenas com alguns temperos do quintal e cabeças de peixe. O pirão, uma mistura do caldo da sopa ou água quente com farinha de mandioca, formando uma pasta semelhante a um purê.

Espaço Manifestações de Fé

O espaço Manifestações de Fé busca mostra um pouco do que temos de mais íntimo: a Fé.

O acervo exposto nos fala de manifestações como a Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que tem início no século XV, no período das grandes navegações. Desde o descobrimento do Brasil, quando veio a primeira estátua trazida pelos portugueses, até os nossos dias, é comum os navegantes pedirem proteção a Nossa Senhora para retornarem a seus lares com vida. Maria, a Nossa Senhora, é a protetora das tempestades e perigos que o mar e os rios oferecem.

Outras manifestações representadas nesse espaço são a festa do Divino Espírito Santo e Festa da Nossa Senhora do Rosário. A Festa do Divino é uma invocação ao Espírito Santo e teve origem na fé dos açorianos, quando catástrofes naturais atingiram o arquipélago. O isolamento das ilhas contribuiu para que o culto se concentrasse nos Açores, enquanto a tradição se tornava cada vez menor em Portugal. Os imigrantes açorianos levaram, então, o culto ao Divino Espírito Santo para outros países, entre eles o Brasil. Em mais de dois séculos, o culto ao Divino Espírito Santo se estendeu por todo o litoral Sul do Brasil, divulgando a mensagem de paz e fraternidade.

O culto a Nossa Senhora do Rosário surgiu no século XII, na Europa, e teve forte presença em Portugal, França e Espanha. Chegou à áfrica pelos dominicanos, no século XVI, e, no mesmo século, ao Brasil, com a presença de africanos escravizados. Há notícias da Bandeira do Rosário, no Beco do Quilombo, em meados do século XX. A festa passou a ser reorganizada em Itajaí, em 1992, na Igreja de São João, onde continuou até 1996. A partir de 1998, a festa em Itajaí reveza-se entre as igrejas dos bairros de Cordeiros, Vila Operária e São João. Existem registros que mostram que a festa ocorria na região desde o século XVIII.

Espaço íntimo

Os objetos, como o aparelho de aparar cabelos, evidenciam práticas do espaço privado, mas há sempre uma relação íntima entre o privado e o público. Mesmo quando as peças são de intimidade, expressam um cuidado de si que se desdobra, também, nas relações sociais. Enquanto as roupas íntimas descrevem um modo de higiene com o corpo, as cidades são planejadas a partir de um princípio de assepsia. Um exemplo foi a criação do Centro Aformoseador do Itajahy, em 1903, que definia os cuidados de higiene e embelezamento, principalmente, no centro da cidade. Os objetos do nosso cotidiano privado são também uma extensão de nossas relações sociais.

Marcos Konder Reis

Poeta da geração de 1945, Marcos José Konder Marcos usava máquina de escrever, à moda dos autores de seu tempo. O escritório e o gabinete privado são uma herança do comportamento burguês do século XIX. Hoje o microcomputador e a Internet substituem boa parte das peças de um antigo escritório: a estante com os livros, a máquina de escrever, os jornais e revistas que traziam as informações do mundo e as cartas manuscritas.

Espaço Educação

O ensino público e gratuito como direito é uma conquista muito recente na história do Brasil. Como tema e como bandeira de luta, sua história é mais longa e remete a nomes como o de Anísio Teixeira, Florestan Fernandes, Paulo Freire e tantos outros educadores que viam na instrução pública a grande celebração da cidadania. Em Itajaí, como em muitos outros lugares, a educação formal e as primeiras letras estavam a cargo de religiosos e da iniciativa de nomes como Henrique da Silva Fontes.

Os funcionários e funcionárias de diversos setores do Museu Histórico participaram do planejamento e readequação das exposições, capacitando-se para um atendimento mais qualificado ao público.

O Museu Histórico de Itajaí, Palácio Marcos Konder, fica na Rua Hercílio Luz, 681.

Segue até o dia 25 de setembro, as inscrições dos delegados e suplentes dos Pontos de Cultura para o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, que acontece durante a Teia Brasília 2008, realizada entre os dias 12 e 16 de novembro. Para se inscrever, os representantes devem enviar e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., informando o nome do Ponto de Cultura, cidade e UF, nome, identidade, telefone e e-mail de delegado e suplente.

Dentro da programação, já está previsto para acontecer o seminário "Pontos de Cultura e Gênero", que tem como objetivo a avaliação, discussão e elaboração de uma estratégia estruturante de pontos de cultura com a temática de gênero. O seminário está previsto para os dias 14 e 15 de novembro. Outras informações: www.cultura.gov.br/culturaviva/.

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) completa 60 anos de existência neste dia 18 de março, e para comemorar a data a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) promoverá uma série de ações ao longo de 2009. Na quarta-feira (18), dia do aniversário, às 14 horas, o museu realiza o "Encontro no Masc: o artista fala de sua obra", com as artistas que atualmente estão expondo no espaço. Albertina Prates, Betânia Silveira, Fabiana Wielewicki e Sela participarão de um bate-papo descontraído e informal, com acesso à trajetória das artistas em suas linguagens e técnicas, em um encontro que propõe a aproximação entre artista e público.

Na quinta-feira (19), às 14 horas, acontece o Projeto Quinta-feira no Masc, quando integrantes do Núcleo de Estudos da Terceira Idade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) farão uma visita mediada pelos arte-educadores do museu. No dia 25, quarta-feira, às 20 horas, com apoio do Clube de Cinema Nossa Senhora do Desterro, será exibido um filme documentário sobre a vida do pintor Rembrandt, com entrada gratuita.

Já no dia 31 de março, uma terça-feira, às 19 horas, será realizada uma solenidade oficial em comemoração aos 60 anos do Masc. O museu também está ganhando uma logomarca comemorativa, fruto de um concurso público promovido pela FCC. Também estão programadas uma mostra de cinema sobre arte com debates, chamada "Cinearte", no Museu da Imagem e do Som, a exposição itinerante "Arte Catarinense através do acervo do Masc", que deverá passar por São Joaquim, Rio do Sul e Balneário Camboriú, o projeto "Conversas sobre arte contemporânea", em São Miguel D´Oeste, Treze Tílias, Criciúma e Rio do Sul, e o projeto "Museu, educação e cultura em debate", em Orleans, São Joaquim, Timbó e Brusque.

O novo Portal do Masc estará em breve com vocês http://www.fcc.sc.gov.br/masc/

Fonte: Assessoria de Comunicação / FCC

Um moderno sessentão

Em Santa Catarina, primeiro museu oficial de arte moderna do país comemora aniversário com mostra e reformas

Nem o MASP de São Paulo, nem o MAM do Rio de Janeiro. O primeiro museu de arte moderna brasileiro criado com patrocínio do Estado fica em Florianópolis. Tudo começou há exatos sessenta anos, com uma pequena coleção doada pelo romancista Marques Rebelo (1907-1973) e pelo governo estadual. De lá pra cá, o Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), instalado no Centro Integrado de Cultura da capital, diversificou o seu acervo e hoje reúne mais de 1.700 obras modernas e contemporâneas.

Foi na década de 1940 que Rebelo, Salim Miguel e outros artistas do Grupo Sul organizaram uma mostra itinerante para fomentar e "educar" o público pelo Brasil. Em Florianópolis, a Exposição de Arte Contemporânea, com mais de setenta peças de artistas nacionais e estrangeiros, foi inaugurada em setembro de 1948, no pátio do antigo Grupo Escolar álvaro Dias. Permaneceu ali por uns dez dias apenas, mas o espaço continuou aberto, exibindo desenhos e aquarelas ofertadas por Rebelo e pela secretaria estadual de Justiça, Educação e Saúde. O lugar - logo chamado de Pátio Marques Rebelo - acabou virando, seis meses depois, o Museu de Arte Moderna de Florianópolis.

Na mesma época, São Paulo e Rio de Janeiro já tinham seus museus de arte, mas eram iniciativas privadas. Em 1947, o jornalista Assis Chateaubriand fundara o Museu de Arte de São Paulo (MASP). No ano seguinte, nasciam o Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, pelas mãos do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, e o MAM do Rio, obra da diretora do jornal Correio da Manhã, Niomar Muniz Sodré. "Nossas relações com esses museus eram distantes. Poucos contatos ou intercâmbios. Atualmente o Masc tem feito parcerias para empréstimos de obras para exposições itinerantes", diz a diretora da instituição catarinense, Lygia Roussenq Neves.

Mesmo afastado dos principais centros culturais, o museu de Florianópolis conseguiu atrair obras de todas as partes do país e também do exterior. Nos primeiros anos, privilegiavam-se modernistas como Iberê Camargo, Djanira e Alfredo Volpi. Aos poucos, artistas regionais e produções mais recentes foram se destacando. "A criação do Salão Vitor Meirelles, em 1993, teve papel fundamental na formação da coleção contemporânea que hoje o Masc possui. Através de prêmios de aquisição, o acervo ganhou mais obras catarinenses e nacionais", comenta a produtora cultural Maria Teresa Lira Collares, que dirigiu o Masc entre 1993 e 1998.

Para celebrar o aniversário, estão programadas reformas dos espaços de exposição, lançamento de um dicionário de artes plásticas de Santa Catarina e mostras do acervo em outras cidades. "Queremos sair em busca de parceiros para dar maior visibilidade à sua atuação nas diversas regiões do estado e outros espaços culturais brasileiros", anuncia a diretora Lygia Neves.

Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional - março 2009 - Juliana Barreto Farias

Foto: Márcio H. Martins / FCC-MIS