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Em uma cerimônia concorrida, que lotou a sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, a educadora e empresária Anita Pires foi empossada no dia 15 de abril de 2008 como nova presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). O evento registrou a presença de dezenas de autoridades e representantes da classe artística, além de familiares, colegas de trabalho e amigos de Anita, que assinou o documento de posse ao lado do Governador Luiz Henrique da Silveira.

Em seu discurso, Anita homenageou Elisabete Anderle, lembrando o espírito democrático de sua antecessora na presidência da entidade. Em seguida, afirmou que um de seus focos de trabalho será o investimento no turismo cultural. Lembrou que Santa Catarina é um estado empreendedor, inovador, com uma grande diversidade cultural, e que foi eleito como melhor destino turístico do Brasil. "A cultura de cada local é uma das principais razões para as pessoas viajarem, e uma das políticas do Ministério de Turismo é investir no turismo cultural", lembrou Anita, cuja filha, Jeanine Pires, é a atual presidente da Embratur.

A nova presidente da FCC afirmou ainda que a cultura de Santa Catarina deve ser trabalhada em sua amplitude, e anunciou que, conforme preconiza o trabalho de descentralização promovido pelo Governo do Estado, promoverá oito fóruns regionais de cultura, em diferentes regiões do Estado, que auxiliarão na formatação da política cultural. Anita reforçou também que estimulará a busca de parcerias com a iniciativa privada, que poderá colaborar inclusive com a revitalização de espaços culturais.

Em seguida, o Secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esporte, Gilmar Knaesel, reforçou a importância do trabalho desenvolvido pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), lembrou que o Estado vem aprimorando os investimentos na área cultural, e citou a realização de grandes eventos, como a exposição da tela "Primeira Missa no Brasil", de Victor Meirelles, atualmente no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc). "Uma das nossas metas agora é investir no resgate do nosso patrimônio histórico", disse.

Encerrando a cerimônia, o Governador Luiz Henrique citou Anita como uma mulher lutadora, e lembrou que o espírito crítico, comum no setor cultural, estimula a criatividade. "Ela saberá receber as críticas como parte da riqueza do processo cultural. Mais do que a guerreira que ela sempre foi na política, tenho certeza de que ela saberá ser uma grande gestora da área cultural", completou.

Currículo - Presidente da ONG FloripAmanhã desde 2006, a empresária Anita Pires é educadora e assistente social, com especialização em Políticas Sociais na França. Entre 1985 e 1988 assumiua Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, e em 1986 foieleita suplente de Deputado Federal. De 1988 a 1989 foi secretária adjunta de Planejamento do Estado de Santa Catarina, e coordenou o Projeto de Desenvolvimento Sócio Econômico de Santa Catarina. De 1990 a 1993 iniciou suas relações com a Itália em missões culturais e empresariais. Em 1994 fundou e coordenou o Fórum Permanente de Planejamento Turístico de Florianópolis. Pouco depois, em 1996, fundou e coordenou o Fórum Catarinense de Desenvolvimento Regional.

Em 1997, fundou a Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais da Região Metropolitana de Florianópolis, e de 1997 a 1998 coordenou os projetos doPlano de Desenvolvimento Sustentável da área da Bacia do Uruguai, juntamente com o Ministério do Planejamento, governos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, prefeituras e universidades; e o Plano de Desenvolvimento da Bacia do Iguaçu, através dos governos de Santa Catarina e Paraná, Ministério do Planejamento e prefeituras.

De 2002 a 2006 foisecretária adjunta da Secretaria de Estado do Planejamento, e diretora nacional do Projeto Meu Lugar, uma parceira do Governo do Estado de Santa Catarina e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Em 2004 foi eleita presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC/SC), e em 2006da ONG FloripAmanhã. Em 2007, coordenou o Grupo de Trabalho do trade turístico de Santa Catarina, e foi eleita diretora de capacitação, pesquisa e serviços da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC Nacional).

Fotos: divulgação / Márcio Martins

As Oficinas de Arte da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) oferecerão um curso de apreciação estética e histórica das obras da Coleção Gilberto Chateaubriand, que fica em exposição no Museu de Arte de Santa Catarina (Masc), em Florianópolis, até 15 de junho. A oficina, ministrada por Naira Rossarolla Soares Frainer, é gratuita. Abaixo, mais informações:

"Apreciação estética e histórica das obras da Coleção Gilberto Chateaubriand"

OBJETIVOS: Compreender a trajetória da arte brasileira através da leitura e apreciação de obras significativas do período moderno e do período da sedimentação deste modernismo.

Relacionar a produção artística brasileira do início do séc. XX até os anos 70 com a arte produzida na Europa.

Analisar a arte contemporânea Brasileira dos anos 80 e 90.

PROFESSORA: Naira Rossarolla Soares Frainer

Mestre em Educação pela UFSCar

Especialista em História da Arte pela UCS

Professora de História da Arte na Universidade de Caxias do Sul UCS

CARGA HORáRIA: 15h

LOCAL: Centro Integrado de Cultura (CIC), Florianópolis

QUANDO: De 05 de junho a 10 de julho, às quintas-feiras, das 18h30 às 20h30

QUANTO: gratuito

INFORMAçõES: (48) 3953-2314 / 9104-7722

APRESENTAçãO: A Coleção Gilberto Chateaubriand conta atualmente com quase sete mil obras e teve início em 1953, quando Chateaubriand ganhou a tela Paisagem de Itapoá de José Pancetti. Desde então foi se criando um acervo capaz de revelar a trajetória completa de muitos de nossos mais importantes nomes das artes plásticas do Brasil.

O núcleo modernista demarca um longo período que vai de 1910 até 1950, abarcando, portanto, desde as primeiras manifestações de ruptura com os cânones acadêmicos com artistas como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Ismael Nery, por exemplo, até a apropriação crítica do sentido do termo moderno presente nas obras dos anos 50.

Nas décadas de 30 e 40, com obras de Segall, Goeldi, Guignard, Di Cavalcanti, entre outros, sedimenta-se a construção do modernismo, com características nacionais.

A obra da década de 50 apresentada pela Coleção, é vista como o momento em que houve uma real libertação da arte brasileira, tanto dos últimos resquícios da academia, como das imposições restritivas do modernismo.

Da abertura da Bienal em 1951, à criação do Grupo Ruptura em São Paulo (1952) e do Grupo Frente no Rio de Janeiro em 1954 até a publicação do Manifesto Neoconcreto em 1959, o clima artístico do país é de explosão da abstração geométrica, com uma nova consciência cultural, política e econômica, própria da situação atual do país (segundo período de Getúlio Vargas e o início do governo JK)

Os anos 60 trazem de volta a figuração e a contestação com o Golpe Militar. O artista surge como militante direto e deixa de ser o "ideólogo" de gabinete.

No lugar da abstração e de suas possibilidades puramente estéticas, nasce uma nova função para a figura, bem distinta daquela ocupada nas Belas Artes ou mesmo no Modernismo, com ênfase nos problemas da relação arte-política. Esta nova proposta convive com a Arte Conceitual.

Os anos 80 e 90 trazem a vitória da "emoção sobre a razão". A pintura ressurge com nova força trazendo como suporte os mais variados materiais.

Recuperam o direito à pintura, ao prazer da arte e a estetização do objeto, rejeitada pela arte conceitual.

Visitar a mostra em exposição no CIC é viajar com a arte brasileira por todo o século 20.

PROGRAMA:

1.Leitura e apreciação de obras que marcaram a trajetória da arte brasileira desde o início do século XX, enfatizando a Semana de Arte Moderna de 1922 e o modernismo brasileiro ( Anita Malfatti, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Ismael Nery, Portinari, Di Cavalcanti,Guignard, pancetti, bonadei, Goeldi entre outros).

2. A década de 50 e as transformações trazidas pela arte abstrata. O abstracionismo informal e geométrico. O Concretismo e o Neoconcretismo. (Ivan Serpa, Aluísio Carvão, Hélio Oiticica, Sacilotto, Volpi, Antonio Bandeira, Manabu Mabe, entre outros).

3. A nova figuração e o impasse dos anos 60 e 70. O engajamento político e social substitui a discussão em torno dos fundamentos da arte abstrata. O desenvolvimento tecnológico da década de 70 inspira os artistas a criarem obras em novas direções ( Wesley Duke Lee, Carlos Vergara,Antônio Dias, Rubens Gerchman, Cláudio Tozzi, Antonio Henrique Amaral, Cildo Meireles, Farnese de Andrade entre outros).

4. A Geração 80 e a recuperação da pintura, da arte como prazer, da estetização do objeto. Os anos 90 e a sedimentação da linguagem pós-moderna ( Jorge Guinle, Sérgio Romagnolo, Daniel Senise, Anna Bella Geiger, Paulo Pasta, José Bechara entre outros)

A Fundação Catarinense de Cultura
e o Museu de Arte de Santa Catarina
apresentam

A exposição comemorativa do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Para compor a mostra, foram convidadas três artistas representantes da cultura japonesa, residentes em Florianópolis: a gravadora Julia Iguti e as ceramistas Marina Takase e Marina Uieara. Serão expostos, também, objetos oriundos de vários acervos pertencentes à comunidade japonesa local. Esses objetos, de valor documentário e afetivo, foram escolhidos para representarem exemplarmente a tradição da cultura japonesa no Brasil.

Abertura: 27 de maio de 2008, às 19h30min.
Visitação:
Entrada Franca, 28 de maio a 22 de junho de 2008, das 13 às 21 horas, de terça a domingo.

Texto sobre a exposição:

"Auspicioso centenário"

De todas as contribuições nacionais para a história das artes visuais no Brasil, a japonesa foi a mais extensa e, por momentos, a mais brilhante. Desde o modernismo dos anos trinta até os dias de hoje, artistas imigrantes, ou oriundos, criaram núcleos de interesse plástico que se destacaram no panorama local, integrando-se de modo original nos movimentos emancipadores de nossa criatividade. Citemos alguns: Kaminagai, Tiakashi Fukushima, Flávio Shiró, Manabu Mabe, Tomie Ohtake, Kazuo Wakabayashi, entre outros. Passaram pela pintura de paisagem, pelo expressionismo abstrato, pelo abstracionismo lírico e gestual, ou geometrizante, e mantiveram em suas obras um vínculo com as origens orientais e criaram aspectos próprios na semiótica da nossa pintura, usando a cor, ora como tema e meio, ora como impulso plástico de efeitos contundentes e idôneos. O exercício da cerâmica foi domínio relevante na expressão dessa estética, ao mesmo tempo de raiz e inovadora. Ela ostenta nomes tão excepcionais como Kimi Nii e Kasuko Nakano.

Ao invés de apelar para todos esses ilustres representantes, o MASC quis homenagear o centenário da imigração japonesa convidando para a presente mostra comemorativa três artistas de origem japonesa que trabalham em Florianópolis, e desenvolvem aqui suas importantes pesquisas; artistas em cujos trabalhos reencontramos, ao lado de grande impacto e intensidade, a serenidade disciplinadora característica do modo japonês de conceber a poética construtiva da forma.

João Evangelista de Andrade Filho

Administrador do Museu de Arte de Santa Catarina

A presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, esteve nos dias 16 e 17 de julho em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, onde participou da reunião do Codesul Cultural, formado também pelos dirigentes das áreas de cultura do Paraná e Rio Grande do Sul. No encontro ficou definido que os quatro estados deverão trabalhar de maneira mais integrada, inclusive promovendo festivais culturais e gastronômicos que dêem visibilidade para as diferentes manifestações artísticas.

Para Anita, essa troca é muito importante, devendo inclusive alcançar os países vizinhos, como Argentina, Paraguai e Uruguai, promovendo a integração dos povos e a construção da paz. Uma das idéias é promover em conjunto um festival de música de raiz, sendo que o local e a data serão definidos durante o Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Cultura, que será realizado em Florianópolis nos dias 21 e 22 de agosto.

12º FAM - Florianópolis Audiovisual Mercosul
De 6 a 13 de junho, no CIC
Florianópolis - SC

Entrada gratuita.

Site oficial: www.fam2008.com.br


O 12º Florianópolis Audiovisual Mercosul, o FAM 2008, será realizado em Florianópolis de 6 a 13 de junho. Suas mostras competitivas trazem 20 curtas-metragens, nove produções destinadas à Mostra Infanto-Juvenil e 45 vídeos do Mercosul, além dos nove filmes convidados para a mostra principal de Longas do Mercosul. Com apoio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) através do Funcultural, o FAM 2008 terá sessões - todas gratuitas - ao longo do dia no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC).

Também serão realizadas exibições paralelas da Mostra Extra-FAM no Cinema do CIC, com 25 trabalhos de ficção e documentário, sendo 10 deles a aposta do ano para estreitar os laços do Mercosul com o bloco europeu: é a Mostra de Cinema da Finlândia traçando um panorama inédito no sul do país. A agenda ainda contempla homenagens especiais, de âmbito local e nacional, e um dos propósitos fundamentais do evento desde as origens: as mesas de debates do Fórum Audiovisual Mercosul, transmitidas em tempo real pela internet, com a presença de algumas das mais importantes autoridades do setor audiovisual do Brasil, nações vizinhas e visitantes do velho continente.

Marca registrada do festival, a gratuidade de todas as sessões objetiva ainda promover a formação de público e aprimorar a cidadania cultural. Idealizador do evento, ao lado da Associação Cultural Panvision, Antônio Celso dos Santos analisa o sucesso alcançado: "O FAM acabou se tornando uma referência nacional e internacional, já que o público freqüentador do festival tem a oportunidade de assistir, ano após ano, a uma programação diferenciada, de qualidade, repleta de filmes não hegemônicos".

Segundo previsão dos organizadores, o FAM 2008 atingirá a marca de mais de 1.050 produções exibidas ao longo de suas doze temporadas, com muitas premiações, filmes e artistas convidados. As discussões realizadas nos fóruns acerca da produção, distribuição e realização de obras firmam um cenário paralelo, alinhavando espaços de discussão e diálogo que não abrangem apenas o cinema como arte final, mas também um grande painel de fomento ao audiovisual no Mercosul, incluindo temas como o papel das TVs públicas e a cooperação entre os mercados latino-americanos.

Como de praxe, os longas encerram a programação do dia, sempre às 21h30min. Aqui, o cinema catarinense ganha no FAM a estréia de Doce de Coco, de Penna Filho, resultado do prêmio edital Cinemateca do Estado. O rol de longas nacionais abre com Bodas de Papel, de André Sturn, e fecha com Chega de Saudade, última produção de Laís Bondanski (Bicho de Sete Cabeças) e sucesso no Brasil ainda inédito no estado. Passando ainda por Simples Mortais, de Mauro Giuntini e Corpo, de Rossana Foglia e Rubens Rewald. Os parceiros do Mercosul aparecem entre os argentinos La Peli, de Gustavo Postiglione e A Cada Lado, de Hugo Grosso; o chileno Microfilia, de Nehoc Davis; e a co-produção Chile-Argentina-Uruguai Matar a Todos, da Estéban Schroeder.

Com a responsabilidade de colocar Florianópolis na rota dos festivais de cinema pelo país, o FAM nasceu em 1997 como uma iniciativa da produtora Panvision. Após a solidificação do evento, hoje conhecido em diversos países, a produtora conquistou o reconhecimento do público e da classe pelo trabalho de difusão cultural das diversas cinematografias do Brasil e do Mercosul, enfraquecidas pela agressiva divulgação de filmes norte-americanos negociados em pacotes planetários.

Nos primórdios, o FAM era um seminário sobre cinema, promovido com o apoio da Cinemateca Catarinense, a UFSC e a Funcine. Chamava-se Iº Seminário de Cinema e Televisão do Mercosul e tinha por objetivo discutir a legislação e a distribuição dos produtos audiovisuais. Entre os temas propostos, a democratização dos meios de comunicação e o início do processo de massificação do cinema brasileiro na televisão.

O desejo do idealizador do evento, Antônio Celso dos Santos, era promover parcerias entre cineastas e demais produtores culturais com o empresariado de televisão do Mercosul. Outro compromisso, com o desenvolvimento local do setor, veio através da garantia, firmada pelo secretário estadual de cultura, de honrar os prêmios do edital para o cinema catarinense, agora com lançamento anual em meio à programação do próprio FAM.