Em Insone, o Grupo Z de Teatro dá prosseguimento às suas investigações acerca dos três eixos que norteiam seu trabalho: o desenvolvimento de dramaturgia própria, o corpo como instrumento de criação e o uso de espaços diversos. O espetáculo, que se utiliza da linguagem da dança-teatro, não tem uma narrativa linear, não conta uma história. Antes, debruçam-se sobre os estados de sono e vigília, os sonhos, pesadelos e a insônia, mostrando o homem contemporâneo entre a sua necessidade de descanso e repouso e as exigências de um mundo cada vez mais veloz, vertiginoso.
História de Lenços e Ventos é uma narrativa comovente, uma lição de solidariedade, em que um pequeno papel – uma espécie de Dom Quixote moderno, defensor da paz e da liberdade – e seus amigos lutam contra as injustiças, buscando salvar a protagonista (Azulzinha) das mãos de um poderoso tirano (Rei Metal Mau), que queria se casar com ela e manda prender todos os lenços do quintal.
É uma fábula sobre a liberdade de expressão, ambientada nos quintais mágicos da infância, fala da vontade de voar e de crescer, de conhecer novos horizontes; e da força do afeto do personagem Papel, que ultrapassa grandes obstáculos para resgatar Azulzinha do poder opressivo do Rei Metal Mau.
Divinas, espetáculo teatral da Duas Companhias, é uma celebração e apresenta em clima de brincadeira e poesia três figuras contadoras de histórias, na pele das palhaças Uruba (Fabiana Pirro), Bandeira (Odília Nunes) e Zanoia (Lívia Falcão), atravessando tempos e geografias diversas numa caminhada sobre a delicadeza e a força na busca dos sonhos. Tudo em diálogo com a música, a poesia popular e a arte do palhaço. A peça foi pensada para ser livre e poder ser encenada em qualquer espaço, no palco, nas praças, nas ruas, onde for.