Homenagem aos 100 anos da Imigração Japonesa no Brasil

  

Waleska Sieczkowska  violino

 

 

 

 

 

Masao Tanibe (Japão)   violão

 

Marco Xavier trompete

 

 

A obra Introdução e Rondo Caprichoso, Op. 28, composta em 1870 por Camille Saint Saëns (1835-1921) e dedicada a Pablo de Sarasate, é uma obra que representa muito bem a fase do virtuosismo instrumental do romantismo do século XIX. Apesar de se prestar a uma grande exibição das possibilidades técnicas do violino, esta obra é carregada de lirismo e em nenhum momento o autor deixou o virtuosismo técnico sobrepujar a música.

O Concerto para Trompete e Cordas do compositor americano Eric Ewazen, foi inicialmente escrito para trompete com quarteto de cordas. A transcrição para orquestra de cordas foi realizada pelo próprio compositor para Jeffrey Work em 1990. A composição possui influência da linguagem de Debussy, Ravel e Bartók, com generosas harmonias e expressivas linhas melódicas. A escrita para orquestra de cordas foi encomendada pelo trompetista Chris Gekker, e sua première aconteceu na Universidade de Maryland, no entanto a sua estréia em concerto ocorreu em Boston, em 29 de novembro de 1998, com Jeffrey Work e a Orquestra Pro Arte. Eric Ewazen tornou-se popular pela forma como manipula a harmonia e as melodias em suas músicas, demonstrando grande conhecimento da técnica da orquestração e uma ampla compreensão do desenvolvimento da técnica composicional.

Para Ernani Aguiar (1950), é tempo de maracatu, de cabocolinhos, de canto e de marcha. Assim se divide a obra Quatro Momentos nº 3 para Orquestra de Cordas. No tempo do compositor, cabem raízes folclóricas, orquestração primorosa e uma brasilidade que jamais se deixa cair em ufanismo. O momento de Ernani Aguiar sempre foi o agora: Aluno de Guerra-Peixe, escreveu numerosas peças corais e instrumentais, musicou poemas de Mario de Andrade e Carlos Drumond de Andrade, atual simultaneamente no ensino e na regência. Em 1993, aos 43 anos, tornou-se o mais jovem eleito da história da academia Brasileira de Música. Em 4 momentos, temos a face de Ernani Aguiar como artista de câmara. É uma imagem sonora de luz e sombra em torno dos folguedos e ritmos tradicionais do Brasil. Vivo e ativo, Aguiar continua criando grandes momentos na partitura.

Masao Tanibe - Nascido em 1974 em Nagoya (Japão), iniciou-se na música aos 4 anos de idade, tendo o piano como seu primeiro instrumento. Aos 7 anos começou a estudar violão com seu pai Yasuo Sakai e posteriormente com Yoshiaki Kamata. Após completar seus estudos em História Européia na Universidade de Tokyo, mudou-se para a Alemanha, onde passou a estudar violão sob a orientação de Roberto Aussel, na Universidade de Köln. Recipiente de uma bolsa de estudos da Rohm Music Foundation, Masao Tanibe graduou-se em 2004, com distinção máxima. Freqüentou ainda masterclasses com Oscar Ghiglia, David Russel, Carlo Marchione, Alvaro Pierri e Hubert Käppel. Ainda durante seus estudos, Masao Tanibe começou a se profissionalizar como musicista na Europa e no Japão. Em 2000, fez sua estréia na Vario Hall em Tokyo, ao que se seguiram concertos em importantes salas e festivais de música em Portugal, Espanha, Polônia, Itália, Alemanha, Bélgica, Áustria e Brasil. Realizou ainda várias gravações para as rádios alemã e japonesa. Tanibe freqüentemente apresenta obras contemporâneas de compositores japoneses e estrangeiros. Realizou a estréia mundial das obras de Maria Caraferri e Eduardo Lorenzo, dedicadas a ele. Em 2005, Masao Tanibe fez sua estréia norte-americana, apresentando-se no Kennedy Center em Washington, D.C. Entre suas inúmeras premiações destacam-se premiações nos Concursos de Violão de Osaka (Japão), Nagoya (Japão), “Gaklusei” (Japão), os Concursos Internacionais de Violão de Gudansk (Polônia), Gevelsberg (Alemanha), Bangkok (Tailândia), Isernia (Itália), Tokyo (Japão), “José Tomás” (Espanha), Coria (Espanha), “Ligita” (Liechtenstein), Sinaia (Romênia), Stutgarut (Alemanha), Sernancelhe (Portugal) e Concurso Internacional de Violão de Koblenz (Alemanha).

 

Waleska Sieczkowska – Uma das mais destacadas violinistas jovens do sul do Brasil, nasceu em Florianópolis e aos 7 anos teve as primeiras noções de flauta doce. Aos 8 iniciou seus estudos de violino com o professor Jeferson Della Rocca, com quem estudou por oito anos, prosseguindo os mesmos com o violinista Oliver Yoshio Yatsugafu, Leonardo Piermartiri no Bacharelado em Violino pela UDESC e com o Prof. Paulo Bosísio, com quem se aperfeiçoa atualmente. Realizou diversos cursos e master classes com professores como Maria Ester Brandão, Paulo Bosísio, Barbara Stubner (Alemanha), Pedro Bereche, Frank Harmer (Alemanha), Levon Ambartsumian (Rússia-EUA),Carl Purdy (EUA),Gerhard Peters (Alemanha),dentre outros. Participou de diversas Oficinas de Música e Workshops. Desde 1999 integra a Camerata Florianópolis, com a qual realiza anualmente inúmeros concertos no naipe dos primeiros violinos, gravou oito CDs e atuou diversas vezes como solista. Participou também com a Camerata Florianópolis, de turnês em cidades da Espanha, França, Alemanha e Itália. Realizou em 2008 um curso de aperfeiçoamento na Universidade da Georgia nos EUA. Atualmente vem realizando uma série de apresentações como solista e recitalista.

 

Marcos César Xavier - Natural de Tatuí-SP, iniciou seus estudos de música em sua cidade natal no Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos tendo como professor Edgar Batista dos Santos. Foi finalista em diversos concursos para jovens solistas obtendo importantes classificações e como aluno participou de festivais, master classes e concertos sinfônicos.  Marcos Xavier, além de compor o staff da Orquestra Sinfônica do Paraná desde 1985 onde hoje atua como trompetista principal, é professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Sua vida artística é marcada com participações em diversos eventos e projetos musicais. Atua como músico convidado em festivais, oficinas e concertos. A busca pelo aperfeiçoamento do seu trabalho musical é visível. Atualmente está se especializando em Execução Musical através do projeto de Mestrado Interinstitucional – Minter realizado entre as instituições EMBAP/UFBA.