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"isso não posso contar"

Luciana Knabben apresenta a exposição “isso não posso contar”.  Antonio Vargas avalia o trabalho da artista, alegando que elevou a pintura ao status central de sua problemática formal.
 De maneira disciplinada, quase monástica, submeteu cada elemento constitutivo da imagem pictórica a um rigoroso processo de análise conceitual do qual sou testemunha. E o fez através da prática para espanto e horror teorético. Extraiu lições essenciais de questões problematizadas pela abstração lírica, pela Póvera e por Oiticica incorporando apenas os elementos essenciais para elaboração de uma linguagem pictórica pessoal capaz de se cotejar com as práticas contemporâneas internacionais que discutem a pintura para além de suas fronteiras físicas e conceituais. Como se isto fosse pouco (o que não é !) os atuais trabalhos revelam que Luciana segue sintetizando ainda mais sua linguagem, agora, pela seleção e submissão dos materiais ao interesse de uma investigação sobre os limites da capacidade simbólica da matéria.
 
Isso não posso contar, reúne trabalhos que ocupam o espaço com o mínimo. Como isto é possível? Pela ação alquímica de transmutação da matéria! Para os alquimistas que atravessaram séculos de racionalismo iconoclasta a busca pela transmutação matérica é a busca pela identificação de um símbolo da transformação interior que apenas se revela de forma exterior quando já se deu internamente. A meu ver, os atuais trabalhos de Luciana Knabben revelam a prática de uma alquimia artística contemporânea que extrai de cada lantejoula, de cada fio, alfinete, tecido e isopor não apenas uma indicação do que ele é mas uma simbolização do que ele pode vir a ser. E as implicações estéticas e, conseqüentemente, políticas desta prática não são pequenas.
 
Ao contrário de algumas das proposições artísticas de sua referência básica que emergem historicamente com a consciência messiânica de um compromisso social, a ação de Luciana knabben sobre os materiais cria uma dobra da qual emergem uma dimensão libertária que é anárquica, quase carnavalesca em seu sentido de Festa. Num momento em que as organizações tradicionais são subvertidas pela vida digital e em que muitas reflexões estéticas se encontram pautadas pelo simples hedonismo individualista pouco comprometido o intimismo carnavalesco apresentado nas obras de Luciana revelam, na sua simbólica material (e sem a necessidade de um suporte das ideologias seculares) uma compreensão profundamente positiva da potencialidade humana de transmutar o vulgar em beleza, o simples em complexo e o marginal em central.
 
Luciana Knabben  é arquiteta e formada em bacharelado em pintura e gravura na Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis/SC (2006).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
"croma"
Roberta Tassinari apresenta a exposição “Croma”.  Segundo Marcelo Pereira Seixas, o título, em princípio, nos remete a uma gramática própria da pintura, haja vista ser este um termo associado não só à noção de pureza cromática, como, também, à da ausência do branco na diluição de uma cor para a obtenção de um meio tom. Seixas explica a obra de Tassinari em detalhes:
Entre quatro pilares de ferro do espaço expositivo do Museu Histórico, são dispostos algumas dezenas de bóias infláveis – nas cores rosa neon, rosa fosco e rosa translúcido – em diferentes escalas que, suspensas por fios de nylon, espalham-se compondo o ambiente. Trata-se de um trabalho eminentemente retiniano e, inerentes a ele, espacialidade e temporalidade são os aspectos que mais facilmente podem ser identificados. Conforme variam a localização do espectador e a luminosidade do ambiente, as bóias – que poderiam ser vistas como massas de cor – vão assumindo novas configurações e, na medida em que se agrupam em diferentes sobreposições ou justaposições, vão compondo infinitas combinações. Estruturado pelas bóias que Roberta cuidadosamente distribui, este arranjo espacial pode ser visto como uma pintura espacial caleidoscópica (ou uma instalação como preferem alguns) que está sempre por fazer-se. Inconclusa diante das tantas variáveis que regem sua lógica interna constitui-se num trabalho que nunca se esgota, sempre se renovando a cada situação.
Neste trabalho, a artista/pesquisadora vale-se do uso especial e muito particular daquelas lições pictóricas aprendidas já faz algum tempo. Segura dos procedimentos adotados, não só pretende desdobrar aspectos referentes à cor, luz, transparência, veladura, e todos aqueles aspectos próprios do discurso da pintura, como, também, descontextualizar muitas das suas operações básicas. Fica-nos claro que, ao ousar tal gesto de ruptura, de superação, de insurgência mesmo, consegue ir muito mais além, ao ponto de transpor todos aqueles limites e fronteiras mais arcaicos que ainda insistem e persistem na lógica do confinamento que nos é imposta pela via das categorias tradicionais da arte.
Roberta Tassinari é formada em design gráfico na comunicação(Unisinos/RS) e publicitária.  
 
  
Visitação: 10/04/10 a 02/05/10, de terça a sexta, das 10h às 18h
sábado e domingo, das 10h às 16h.

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