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Oito artistas plásticos de Joinville foram selecionados para esta exposição itinerante que faz parte do projeto AAPLAJ NO CIRCUITO CATARINENSE, aprovada pelo SIMDEC, através da Lei do Mecenato.
O projeto propõe exposição em seis cidades de SC: Jaraguá do Sul e Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriu,  Florianópolis e Joinville.
 
   site da exposição:
   www.doconceito.com.br
 
DO CONCEITO E DA AFEIÇÃO A curadoria tem se revestido de responsabilidade e importância no sentido de colocar ordem na inventividade artística. Hoje em dia, praticamente, todas as exposições têm curadoria. Um olhar exterior, mas atento, é imprescindível para atingir o caráter ordenador das produções artísticas, que por mais objetivas que sejam, passaram pelos impulsos subjetivos. Pois são as subjetividades que devem ser amenizadas pelo curador, termo de origem latina, curatur, e que procede de várias fontes, todas relacionadas com o cuidado de alguma coisa. Os bens artísticos assim ganham direção conceptiva, cuja qualidade depende do próprio curador, de sua capacidade de análise da obra de um artista, ou de vários como é o caso da presente mostra composta por integrantes da Associação de Artistas Plásticos de Joinville.
A curadoria da mostra, para a qual concluí que o título do conceito e da afeição seria adequado, ocorreu em duas etapas complementares.
Na primeira etapa tive a oportunidade de entrar em contato com os artistas e suas obras elaboradas em um mesmo contexto, desta maneira me situando com a presença de cada um deles e com os objetos de suas linguagens. O que chamou a atenção foi o fato de que alguns artistas que se apresentaram estão comprometidos com o conceito de arte contemporânea, e os demais a caminho. Com os primeiros – Franzoi, Tirotti, Luiz Hille e Edgard Bessa – troquei ideias, pois os mesmos já têm linguagens definidas e em franca expansão para outras definições. Para Josi Li, Sonia Rosa e Gleici Kannenberg procurei indicar possibilidades conceituais que seus próprios trabalhos oferecem. Quanto a M. Wresinski, trata-se de um caso específico de alguém que recentemente voltou-se para a expressão artística, e com uma força intuitiva que mereceu figurar na exposição. Por outro lado, Franzoi, Tirotti e Luiz Hille são artistas exemplares para os demais, pois representam o que de melhor e consequente se pode esperar da arte contemporânea.
Na segunda etapa, que complementou a primeira, pude observar as obras produzidas exclusivamente para a exposição, o que, por si mesmo, contribuiu para a sua qualidade. Deste material inédito e que situa cada um dos artistas, tive os pressupostos para escrever a apresentação, reafirmando o que havia percebido na primeira etapa da curadoria: que o conceito, em uns definidos e em outros se definindo, está intimamente vinculado à afeição. Trata-se de dois universos diferentes, mas não necessariamente antípodas. O conceito diz respeito à formação e à comunicação de ideias, no qual e nos referidos artistas, a afeição está subentendida conforme as suas experiências e vivências, isto é, o vínculo sentimental de cada um deles com o mundo.
 Jayro Schmidt