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Em homenagem pelo centenário do jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus Harry Laus, será aberto no próximo dia 7 de dezembro, às 18h, o programa "Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus" no espaço Claraboia do Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis (SC). O primeiro de quatro encontros presenciais que ocorrerão também nos dias 12, 19 e 26 de abril de 2023, sempre às 18h, entrelaça o cinema e os arquivos, uma faceta do homenageado que tinha o hábito de tudo documentar e listar.

Seis instituições estão envolvidas neste tributo: Fundação Catarinense de Cultura (FCC), MASC, Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS-SC), Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), Instituto Collaço Paulo – Centro de Arte e Educação e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os painéis ocorrerão no Espaço Claraboia, no MASC, e a sessão de filmes, na sala de cinema Gilberto Gerlach. Ambos os espaços estão localizados no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

Os dois primeiros convidados que ajudarão a revisitar vida e obra de Harry Laus, na sala de cinema Gilberto Gerlach, no dia 7 de dezembro, são Ronaldo dos Anjos, diretor de cinema; e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); com mediação da jornalista Simone Bobsin. Na ocasião, antes das falas dos participantes, serão exibidos os audiovisuais “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, vídeo de um minuto feito para o Festival do Minuto. “O Santo Mágico” é um curta-metragem de 35mm de Ronaldo, baseado na novela de Laus escrita em 1982, foi rodado em 2002, com locações em Porto Belo, Biguaçu e Florianópolis. No elenco, em destaque estão Sérgio Mamberti, Édio Nunes, Werner Schünemann e Giovana Gold. Selecionado para o 14º Festival Internacional de São Paulo e para o 27º Festival Guarnicê de Cinema, o filme integrou o 8º FAM, no qual conquistou uma menção honrosa. “O Santo Mágico” é o primeiro de uma trilogia místico-cinematográfica inspirada na literatura catarinense que segue com “Astherus” (2012) e fecha com “O Demônio e as Margaridas” (2016).

Doutora em letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), com uma linha de atuação no campo da linguística, das letras e artes, literatura brasileira e teoria literária, Tânia Regina Oliveira Ramos falará dos arquivos de Harry Laus. Ela atua na UFSC, onde mantém proximidade com os documentos doados à instituição e disponíveis no Núcleo de Pesquisa de Literatura e Memória (Nulime) do curso de pós-graduação em literatura, que ela coordena. Memorialista e contumaz arquivista, o escritor arquivava papéis, originais dos livros, cartas, recortes de jornais, fotografias, relatórios. Apreciava listar e sistematizar informações. O valor e as descobertas feitas neste arquivo entram na abordagem de Tania Ramos.

Pelos vínculos com o homenageado e o propósito de prestar um reconhecimento, a escolha dos convidados busca um envolvimento afetivo. A participação dos mapeados será enriquecedora, ajudará a compor um possível perfil desta complexa personalidade que deu enorme contribuição ao campo cultural de Santa Catarina. O evento conta com uma comissão organizadora composta por Maria Helena Barbosa, Maria Teresa Collares, Néri Pedroso, Patrícia Amante e Susana Bianchini.

Programação
7.12.2022, 18h – Laus no Cinema e Os Arquivos
Convidados: Ronaldo dos Anjos, com exibição do filme “O Santo Mágico” e “As Horas do Professor”, e Tânia Regina Oliveira Ramos, professora do curso de pós-graduação em letras e literatura da UFSC.

12.4.2023, 18h – Vida e Obra - Um Breve Perfil Biográfico
Convidados: César Laus e Egeu Laus (a confirmar)

19.4.2023, 18h – Laus na Gestão do Museu de Arte de Joinville (MAJ) e no Masc
Convidados: Maria Teresa Collares, sucessora de Laus na administração do Masc, Onor Filomeno - ex-diretor das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC) e Loro – Lourival Pinheiro de Lima, artista visual.

26.4.2023, 18h – Literatura e Crítica de Arte
Convidados: Sandra Makowiecky, presidente da Associação Brasileira de Crítica de Arte (ABCA) (a confirmar) e Joca Wolff, professor de literatura na UFSC, que faz uma abordagem do Laus como escritor.

Sobre Harry Laus

Jornalista, crítico de arte, escritor e gestor de museus, natural de Tijucas, vive a infância em uma família de escritores e artistas. Homem de diferentes atributos, serve o Exército brasileiro de 1946 a 1964, sendo transferido para a reserva no posto de tenente-coronel. Nos anos em que mora no Rio de Janeiro e São Paulo, tem intensa atividade jornalística, escrevendo sobre arte em veículos como o “Jornal do Brasil” e as revistas “Veja” e “Senhor”, e priva da amizade de artistas e intelectuais renomados. Depois de morar em mais de 40 cidades do Brasil, retorna ao Estado em 1976 como um dos críticos de arte mais respeitados do país, carreira iniciada em 1961. Atua nos jornais “A Notícia” e “Diário Catarinense”.

Atua como diretor do Museu de Arte de Joinville (1980/82) e do Museu de Arte de Santa Catarina (1985/87 e 1989/92) em períodos de efervescência cultural no Estado. Integra a Associação Brasileira dos Críticos de Arte e a Associação Internacional dos Críticos de Arte.

Como escritor publica 12 livros, entre romances, novelas e contos. Traduzido na França, se consagra com “Monólogo de uma Cachorra sem Preconceitos”, “As Horas de Zenão das Chagas” e “Os Papéis do Coronel”. No campo das artes, escreve o “Indicador Catarinense das Artes Plásticas”, valiosa fonte de pesquisa. Profundo articulador, com conhecimento descobre talentos, aproxima pessoas, produz pensamento crítico, alavanca autoestimas. Promove panoramas, retrospectivas, perspectivas, como denominava as mostras que faz questão de levar para outros Estados do Brasil. In memoriam, é homenageado em 1993 ao dar o seu nome à uma sala especial climatizada do Museu de Arte de Santa Catarina e, em 1997, recebe a Medalha de Mérito Cultural Cruz e Sousa.

Sobre os participantes do primeiro encontro

Ronaldo dos Anjos - Jornalista e produtor audiovisual. Foi assessor de imprensa da Fundação Catarinense de Cultura e o primeiro administrador do Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina. No vídeo, conquistou prêmios com documentários e ficções produzidos nas bitolas VHS e S-VHS. Como diretor e roteirista, ao migrar para as bitolas profissionais, película e digital, teve sua trilogia premiada adaptando contos de escritores catarinenses para o cinema.

Tânia Regina Oliveira Ramos – professora titular de literatura na Universidade Federal de Santa Catarina, coordenadora do Núcleo de Pesquisa de Literatura e Memória (Nulime), editora da revista “Estudos Feministas” e uma das organizadoras do espaço virtual de literatura catarinense, o portal Catarina. Pesquisa e atua nos programas de graduação e pós-graduação da UFSC nas linhas de gênero e subjetividade, história e memória.

SAIBA MAIS
http://harrylausvivo.blogspot.com/

Trailer e making of de “O Santo Mágico” https://m.youtube.com/watch?v=qIHPX9D9YWs

Serviço:

O quê: Tributo - Homem Plural - 100 Anos de Harry Laus
Quando: 07/12/2022, às 18h
Onde: Espaço Claraboia - Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis
Entrada gratuita

A atriz Barbara Biscaro conduz duas sessões da aula-espetáculo baseada obra poética “A Menina Boba”, de Oneyda Alvarenga (1911-1984) e no ciclo de canções de Claudio Santoro, que musicou quatro poemas da poetisa, no ano de 1940. As apresentações gratuitas serão nos dias 19 e 20 de novembro, às 17h, na Sala Claraboia, onde está em exposição "Arquivos Implacáveis Meyer Filho", em comemoração ao centenário do artista modernista catarinense, no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis.

O universo do modernismo brasileiro e aspectos da vida de Oneyda Alvarenga, contada através de sua correspondência com o poeta Mário de Andrade, são o ponto de partida para a criação da dramaturgia do trabalho. A profunda amizade entre Oneyda e Mário de Andrade e o esforço de Oneyda para afirmar-se como poeta e artista nas décadas de 30 e 40 são recontados através de um olhar poético. Seu jeito simples, sua poesia e a sinceridade de suas confissões nas cartas que troca com Mário de Andrade foram fonte de inspiração para a criação desta obra, que se baseia na musicalidade da voz e no movimento corporal para reconstruir memórias, entrelaçando fatos reais e ficcionais, brincando com o canto e a voz falada em um jogo poético da voz em cena.

O espetáculo existe desde 2010, contemplado pelo Edital Elisabete Anderle 2010. Desde sua estreia possui três formatos, reforçando o caráter de pesquisa em eterno movimento. O primeiro formato marca uma parceria da artista com o pianista e compositor Alberto Andres Heller, tendo estreado e circulado em Santa Catarina. Uma nova versão surge em maio de 2012, apresentada pela primeira vez no festival VI Itajaí em Cartaz, na cidade de Itajaí (SC). Este trabalho, com sua versão em italiano, realizou apresentações na Itália em 2012, em cidades como Imola, Tonezza del Cimone e Este, em parceria com o Via Rosse Centro di Produzione Teatrale e o T.I.L.T. (Trasgressivo Imola Laboratorio Teatrale).

No mês de outubro do mesmo ano foi apresentado dentro da programação do Research Seminars Series, da Aberystwyth University, no País de Gales, como espetáculo convidado. No Brasil realizou apresentações em festivais e eventos de pesquisa, como no seminário nacional A Voz e a Cena. No ano de 2015 esteve no festival Giving Voice 13 como demonstração de trabalho, evento internacional de vocalidade na cena realizado pelo CPR (Centre of Performance Research) em Falmouth/ Cornwall – Reino Unido. Em 2016 é realizada uma versão em castelhano da obra, apresentada em Santiago e Talca (Chile), dentro do festival internacional organizado pelo Corredor latino-americano de Teatro. No ano de 2017 uma nova versão do trabalho é organizada em formato de desmontagem, condensando agora não somente a dramaturgia da obra em si, mas também as experiências da atriz-pesquisadora durante os anos de pesquisa e viagens com o trabalho, elaborando uma reflexão sobre o ofício teatral, vocalidade, vida e arte entrelaçadas com a trajetória do espetáculo, adquirindo o formato de aula-espetáculo.

A desmontagem estreou na UDESC em 2017, tendo integrado a programação do III Simpósio Corpo e Palavra na UFMG/Belo Horizonte, no mesmo ano. No ano de 2018 é apresentado novamente em Santiago do Chile, no festival Mestiza Chile (2018) e após a pandemia, a sua retomada se dá no Departamento de Artes da UFRN, em 2022, em comemoração pelos cem anos da Semana de Arte Moderna.

Sobre Barbara Biscaro: atriz, cantora e pesquisadora vocal. Doutora em Teatro pelo PPGT - UDESC e atualmente é professora colaboradora na área de Voz da Graduação em Teatro da UDESC (Florianópolis), assim como faz parte do corpo docente do Mestrado em Investigação em Dramaturgia e Direção Cênica na Universidad Central de Ecuador (Quito). No campo das pedagogias da voz, tem atuado como professora-artista em diversos Estados do Brasil e em locais como Buenos Aires (Argentina), Imola (Itália), Cochabamba (Bolívia), Santiago (Chile), Quito (Equador). Juntamente com outras artistas de Florianópolis, é criadora e organizadora do projeto Vértice Brasil, um encontro e festival de teatro feito por mulheres que já teve edições em 2008, 2010, 2012 e 2014, ligado à rede internacional de mulheres de teatro The Magdalena Project. Seus espetáculos de repertório que pesquisam a palavra cantada e o movimento em cena são Récita – tudo aquilo que chama a atenção, atrai e prende o olhar (2006/2014), A Menina Boba (2010/2012) e As Mulheres Insolúveis (2019).

O Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) disponibilizou duas versões online do catálogo com as obras selecionadas pelo 11º Salão Nacional Victor Meirelles. Os trabalhos estiveram em exposição no Museu entre maio e julho de 2022.

:: Confira o catálogo online
:: Faça o download em PDF da publicação

Depois de um hiato de quase 14 anos, o Salão Nacional Victor Meirelles voltou a ser realizado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em 2022. Foram 560 inscritos de todo o país, dos quais 25 trabalhos selecionados para compor a exposição. Todos também foram contemplados com o Prêmio de Aquisição no valor de R$ 20 mil cada, e agora irão fazer parte do acervo permanente do MASC.

Além da exposição "Arquivos Implacáveis Meyer Filho" em cartaz até janeiro de 2023 no Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), também o livro que documenta sua vida e produção, os métodos utilizados por Meyer serão revistos e ensinados para o público interessado na oficina Dazibao. A atividade, gratuita, será realizada no sábado, 12 de novembro, das 10h às 13h e das 15h às 18h. São 20 vagas para cada turno - matutino e vespertino. As aulas acontecerão na sala 5 das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis. A programação integra o projeto que celebra o centenário do artista catarinense Ernesto Meyer Filho.

Inscrições no link https://forms.gle/LsJdq3YgxbUFpAzP7

Meyer Filho utilizou o método Dazibao nos seus processos criativos. Os cartazes feitos à mão com mensagens curtas e diretas compõem o acervo do artista e a proposta é justamente olhar para esses trabalhos e se inspirar em versões próprias com base no desenho, no letreiramento e na composição visual. A oficina será conduzida pelo artista e design Pedro Franz e a ação tem apoio do Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE/UDESC), que forneceu os materiais necessários.

 

OFICINA DAZIBAO

Data: 12 novembro (sábado) 

Dividida em dois grupos matutino e vespertino

Horário: 10 às 13h e 15 às 18h.

Local: Sala 5 das Oficinas de Arte do Centro Integrado de Cultura - CIC.

Endereço: Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5.600 –Agronômica, Florianópolis/SC

Sobre a atividade:

- carga horária: oficina de 3 horas oferecida em dois períodos

- 20 vagas para cada turma  

- público-alvo: pessoas com + de 14 anos

- evento gratuito

- inscrições prévias clicando aqui

 

Arquivos implacáveis Meyer Filho é um projeto realizado pelo Instituto Meyer Filho, Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina e Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com o patrocínio da KREDILIG, ORSITEC e CASSOL Centerlar.

Tem apoio cultural do Bloco B Arquitetura; Centro de Artes da Universidade do Estado de Santa Catarina; Estúdio Brandão Fotografias; Instituto de Documentação e Investigação em Ciências Humanas da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); Laboratório Interdisciplinar de Formação de Educadores (LIFE) da Udesc; Laboratório de Representação Fotográfica do Ceart/Udesc; Núcleo de Comunicação do Ceart/Udesc; Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Comunidade - Coordenadoria de Cultura da Udesc e Ouse Iluminação.

"Arquivos Implacáveis de Meyer Filho" é o título da exposição que o Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) recebe entre 29 de setembro de 2022 e 22 de janeiro de 2023, em homenagem ao artista catarinense Ernesto Meyer Filho (1919 - 1991). Entrada gratuita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h.

O artista chamou de Arquivos Implacáveis um conjunto de obras e documentos, que guarda importantes fatos de sua trajetória e da memória do movimento artístico de Santa Catarina, especificamente do surgimento da arte moderna. O acervo a ser exposto reúne a produção de cinco décadas de atuação de Meyer Filho que, ao longo de sua trajetória, teve o cuidado de guardar obras representativas de suas mais significativas fases criativas, complementadas com um vasto conjunto de recortes de jornais e revistas, correspondências, fotos, manuscritos, anotações, charges, catálogos, convites de exposições dentre outros documentos, todos relativos à produção artístico-cultural das décadas de 1940 a 1980.

Abrir a caixa de Meyer, o amplo acervo que o artista deixou de 1940 a 1991, é uma rica experiência. Além da exposição que ficará por quatro meses em cartaz, diversas atividades serão oferecidas, como cursos, oficinas, ações educativas e seminário.

Arquivos implacáveis Meyer Filho é um projeto realizado pelo Instituto Meyer Filho, Museu de Arte de Santa Catarina (MASC), Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Governo do Estado de Santa Catarina e Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

A exposição tem coordenação geral de Sandra Meyer; curadoria geral de Kamilla Nunes; curadoria adjunta de Gabi Bresola e curadoria assistente de Aline Natureza. Entre os acervos que colaboraram com a exposição estão o Acervo Arquivos Implacáveis Meyer Filho, Acervo Adriano Pauli, Acervo Fundação Hassis, Acervo Ylmar Corrêa Neto, Acervo José Luiz Nuremberg, Acervo Jair da Silva Junior e Eliete Magda Colombeli, Acervo Lúcia Rupp Hamms, Acervo Luiz Ernesto Meyer Pereira, Acervo Marcelo Collaço Paulo, Acervo MASC, Acervo Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC – Oswaldo Rodrigues Cabral, Acervo Rafael Mund, Acervo Simone Bobsin, Acervo Thales Brognoli Acervo Tércio da Gama.

Esnesto Meyer Filho (Itajaí, SC, 1919 – Florianópolis, SC, 1991)*

Meyer Filho foi desenhista, pintor e tapeceiro. Estudou de forma autodidata pintura, desenho, história da arte e história natural. Atuante dinamizador cultural de sua época, organizou em 1958/59 os dois primeiros salões de arte moderna de Santa Catarina, fora do Estado. Meyer foi, também, um dos maiores dinamizadores da arte moderna do Estado, e sua história está intimamente relacionada com a do Museu de Arte de Santa Catarina (primeiro museu de arte moderna no País criado em 1949 por decreto de lei do Governo Estadual). Sua exposição, em 1958, foi a primeira individual de artista catarinense no mesmo Museu. Fundou e foi presidente do Grupo de Artistas Plásticos de Florianópolis e organizou em 1958/59 os dois primeiros salões de arte moderna de Santa Catarina, fora do Estado. Em 1957 realizou a primeira exposição de Pinturas e Desenhos de Motivos Catarinenses, com o artista plástico Hyedi de Assis Corrêa /Hassis. Participou como ilustrador da Revista Sul, editada pelo grupo que liderou o movimento de arte moderna em Santa Catarina nas décadas de 40 e 50- Circulo de arte de Moderna, mais tarde conhecido como Grupo SUL, tendo sido um dos integrantes deste grupo.

A obra de Meyer Filho, especialmente registrada entre os anos 1950 e 80, não encontra similar no circuito dos artistas, nem na Ilha-capital onde viveu, nem nos poucos interlocutores modernistas que encontrou no eixo Rio-São Paulo. Seguindo na contra-mão do realismo, em suas obras vigora uma potência imaginativa que se multiplica incessantemente e cuja geração de seres híbridos resulta em invenções surpreendentes e inversões perversas, produzindo uma fabulosa coleção de vidas rastejantes, voadoras e andantes. A partir das incursões feitas pelas enciclopédias artísticas e compêndios científicos de sua biblioteca, o artista embaralha e inventa taxionomias, originárias da botânica e da zoologia, da agricultura e da astronomia, da história da arte e da mineralogia. Há também uma interlocução com os estudos locais e antropológicos, em particular o imaginário da Ilha de SC e sua cultura popular, que nunca recebeu uma leitura para além da clave regional.
*(Fonte: Instituto Meyer Filho)

Serviço:

O quê: Exposição "Arquivos Implacáveis de Meyer Filho"
Abertura: 29/09/2022, às 18h
Visitação: até 22/01/2023. De terça-feira a domingo, das 10h às 21h.
Local: Museu de Arte de Santa Catarina (MASC) - No Centro Integrado de Cultura (CIC)
Av. Gov. Irineu Bornhausen, 5600 - Agronômica - Florianópolis (SC)
Entrada gratuita