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Concerto com maestro convidado Alberto Andrés Heller e o solista Luiz Mantovani (violão).  

PROGRAMA

- Serenata para Violão e Cordas (Malcolm Arnold)
- Três Danças Concertantes - Allegro / Andantino / Toccata (Leo Brouwer)
- Divertimento para Orquestra de Cordas, Sz.113 BB.118 - Allegro non troppo / Molto adágio / Allegro assai (Bela Bartók)

Sobre os artistas:

Luiz Mantovani – Vencedor do Pro Musicis International Award, Luiz Mantovani tem se apresentado regularmente como solista e camerista em algumas das mais importantes salas de concerto nacionais e internacionais. Sua execução das Cinco Bagatelas de Walton foi descrita pelo The New York Times como “poderosa, belamente delineada e praticamente impecável”.

Desde 2004 Mantovani é membro do Quarteto Brasileiro de Violões, um dos mais respeitados conjuntos violonísticos da atualidade, cujo CD “Brazilian Guitar Quartet plays Villa-Lobos” foi agraciado com o Grammy Latino na categoria “melhor disco de música clássica” em 2011.

Mantovani possui um Artist Diploma e Master of Music pelo New England Conservatory de Boston, EUA, e formou-se Bacharel pela Universidade do Rio de Janeiro – UNI-RIO. Seus professores foram David Leisner, Nicolas Barros e Antônio Guedes. Luiz Mantovani é professor de violão e música de câmara na Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC.

Alberto Heller - O compositor e pianista Alberto Heller é graduado e pós-graduado pela Escola Superior de Música ‘Franz Liszt’ em Weimar, na Alemanha. É mestre em Educação, doutor em Literatura e membro da Academia Catarinense de Letras e Artes. Tem onze CDs gravados e é autor dos livros Fenomenologia da Expressão Musical e John Cage e a poética do silêncio, tendo sido este último premiado em 2012 pela Academia Catarinense de Letras como melhor ensaio do ano.

Entre suas composições, destacam-se a Sinfonia Terra, o Concerto Aurora consurgens, as Vozes da Poesia e a trilha sonora original para o filme Ensaio,da cineasta Tânia Lamarca. Seu projeto musical mais recente é o show lAbirintH, todo composto para piano solo, com estreia marcada para outubro deste ano.

OS COMPOSITORES E SUAS OBRAS

Sir Malcolm Henry Arnold (1921-2006): foi um importante compositor inglês do século passado, destacando-se como instrumentista, compositor e sinfonista. Recebeu o título de CBE em 1970 e de 'Cavaleiro' em 1993. Malcolm Arnold começou sua carreira tocando trompete profissionalmente, a partir dos trinta anos de idade passou a se dedicar quase que exclusivamente à composição musical. Ele juntamente com Benjamin Britten e William Walton foi considerado um dos mais requisitados compositores da Grã-Bretanha. Seu dom melódico natural deu-lhe a reputação de compositor de música de concerto em trabalhos como o seu conjunto de danças galesas, inglesas, escocesas, irlandesas e córnicas, e suas partituras para os filmes de St Trinian e Hobson's Choice de 1954. Sua Serenata para Violão e Orquestra de Cordas foi composta em 1955 e tem sido uma de suas obras muito difundidas em concertos do gênero na Europa.

Juan Leovigildo Brouwer Mezquida: mais conhecido como Leo Brouwer (1939) é um compositor, violonista e regente de orquestra de Cuba. Brouwer nasceu em Havana, onde começou a tocar violão aos 13 anos atraído pelo flamenco e por influencia de seu pai, que era doutor e violonista aficionado. Foi premiado com uma bolsa (1959) para estudos avançados de violão no departamento de música da Universidade de Hartford e para a composição na Juilliard School of Music, em Nova York. Em 1960, ele começou a trabalhar para o cinema, onde escreveu trilhas para mais de 60 filmes. Juntamente com os compositores Juan Blanco e Carlos Fariñas e o maestro Manuel Duchesne Cuzan, Brouwer lançou o movimento da música avant-garde em Cuba na década de 1960. É um compositor conhecido e respeitado no mundo, e sua música é muito difundida inclusive no Brasil, onde possui admiradores e suas obras fazem parte do repertório dos principais violonistas profissionais. Fizeram muito sucesso seus arranjos sobre temas dos Beatles. Sua composição “Três Danças Concertantes” foi estreada em 1958 e foi pouquíssimo executada no Brasil. É uma obra com muito efeito, temas marcantes, poliritmia, e exige grande virtuosidade do violonista solista.

Béla Bartók (1881-1945): foi um dos mais importantes e influentes compositores do século XX. Sua linguagem musical caracterizou-se pela pesquisa de timbres, pelo uso criativo da música folclórica (que ele pesquisou durante anos e que serviu de exemplo às pesquisas feitas mais tarde por Villa-Lobos), pela métrica diversificada, pelo fraseado assimétrico, pela polirritmia, pela politonalidade, pelas dissonâncias, pelo uso de vários tipos de escalas (modais, de tons inteiros, ciganas, exóticas) e por sua profunda expressividade. O Divertimento para cordas foi escrito em 1939, já às vésperas da 2ª Guerra Mundial e um ano antes de sua emigração aos EUA. Historicamente, divertimento remonta ao período Barroco e indica uma forma livre, que se transforma nas mãos de Bartók numa espécie de concerto grosso (onde um grupo de solistas dialoga com a orquestra) dividido em três movimentos: Allegro non troppo (movimento em forma sonata, mostrando sua maestria e inovação no uso das formas tradicionais), Molto Adagio (movimento lento extremamente dramático e sombrio, contrastando fortemente com os outros movimentos) e Allegro assai (onde dança e música cigana se fazem presentes numa música vibrante e enérgica). No todo, uma obra de grande peso e densidade que exige alta concentração por parte dos músicos e da plateia, e que revela uma composição refinadíssima desse ícone do período moderno.

 

Serviço:
 
O quê:  Camerata Florianópolis
Quando: 18/09/2013, às 21h.
Ingresso: R$ 40 inteira; R$ 20 meia-entrada e antecipados.
Onde: Teatro Ademir Rosa (Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica. Florianópolis/SC)
Bilheteria: somente a dinheiro. À venda nos teatros Ademir Rosa e Álvaro de Carvalho. De segunda a sexta-feira, das 13h às 19h. Quando houver espetáculo, a bilheteria reabre 1h antes do início da apresentação para venda de ingressos apenas para o evento do dia. Sábados, domingos, feriados e ponto facultativo (quando houver espetáculo): das 14h até o início do espetáculo, com intervalo duas horas antes do início da apresentação. A bilheteria do local reabre 1h antes do início do espetáculo com venda de ingressos somente para o evento do dia.