Foi concluída em dezembro a primeira etapa de descarte de acervo do Museu Etnográfico Casa dos Açores, em Biguaçu. Para essa atividade, foi nomeada uma comissão de descarte, composta por técnicos da Diretoria de Preservação do Patrimônio Cultural da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), com profissionais das áreas de museologia, arquitetura, história e conservação. Ao fim do processo, foram doados 106 painéis à Secretaria de Educação do município de Biguaçu, para aproveitamento didático, e 24 painéis foram destruídos por estarem desatualizados ou sem condições de uso.
Conforme o coordenador do Sistema Estadual de Museus (SEM/SC), Renilton Assis, esses painéis haviam sido tombados como acervo, porém, identificou-se que não teriam relação do foco do museu de preservar a história e a cultura dos açorianos e seus descendentes em Santa Catarina. "Com essa ação conseguimos definir com mais clareza quais peças têm identidade com o museu. Também foi possível liberar espaço no acervo, já que trata-se de um museu pequeno", explica.
Os trabalhos da comissão de descarte levaram cerca de um ano para serem concluídos. A tarefa teve diferentes etapas, passando pela análise de conteúdo, de relevância histórica e de condições físicas dos materiais que estavam no acervo. Os painéis descartados integraram exposições organizadas por ocasião dos 500 anos do Descobrimento do Brasil.
O Museu Etnográfico Casa dos Açores está localizado na BR-101, em São Miguel, no município de Biguaçu. Em 2018, o espaço recebeu 13,3 mil visitantes que assinaram o livro de visitas.
Ascom FCC
O Miscuta desta segunda-feira, 07, traz a mais uma edição da retrospectiva de 2018 com uma seleção de músicas de cantoras, cantores e bandas catarinenses que passaram pelo programa durante todo o ano.
Aberta ao público desde agosto de 2017, a Biblioteca de Arte e Cultura da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) oferece ao público um acervo especializado em artes visuais, cinema, música, teatro, dança, patrimônio cultural, arquitetura e fotografia. Atualmente são aproximadamente duas mil obras distribuídas nas prateleiras do espaço cultural.
Por ser um acervo muito especializado, com obras diferenciadas e apenas um exemplar por título, não é possível retirar os livros. As obras estão disponíveis apenas para consulta local. Vale destacar que o espaço possui livros que foram selecionados pelo corpo técnico da Diretoria de Difusão Artística da FCC especialmente para essa biblioteca. O acervo foi comprado com recursos do Edital ProCultura de Estímulo às Artes Visuais da Funarte e, aos poucos, o conjunto de obras vai crescendo com o auxílio de doações.
“Todo o acervo está organizado em forma de pequenas coleções. Não utilizamos os padrões da biblioteconomia. Aqui as pessoas podem interferir na organização do acervo, montando suas coleções de preferência, seja para expor nas estantes expositivas, seja para formar uma coleção de forma a agrupar títulos que normalmente, pelo tipo de assunto, não estariam juntos”, explica a coordenadora Esni Soares.
O acervo não está disponível em formato digital. Porém, por meio do site da Biblioteca de Arte e Cultura, é possível conferir quais são os títulos das obras existentes.
“A ideia de criar esse espaço nasceu informalmente em um café da tarde com Cleber Teixeira. Três anos depois e após muitas e muitas conversas, ao desmaiar das tardes, nasceu o conceito da única Biblioteca de Arte e Cultura em Santa Catarina. Então, uma equipe formada por três servidores da FCC deram identidade e vida ao agora projeto, que foi aprovado pela Funarte no início de 2010. O projeto original passou por adaptações espaciais e hoje pode ser visitado em uma sala ampla para leitura, pesquisa e conversas”, conta a diretora de Difusão Artística da FCC, Mary Garcia.
O espaço também é utilizado para lançamentos de livros sobre arte e cultura e, para completar, a biblioteca também conta com um jardim interno que pode ser usado para pequenos saraus ou apresentações musicais. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira das 13h às 19h.
Ascom FCC
Durante o mês de janeiro, o Cineclube da Mostra de Cinema Infantil exibirá filmes japoneses do Studio Ghibli. As sessões ocorrem aos sábados, às 16h, na Sala de Cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), com entrada gratuita.
O Studio Ghibli foi fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, IsaoTakahata (falecido em 2018), Toshio Suzuki e Yasuyoshi Tokuma. O Ghibli, em trinta anos de atividades, já lançou mais de 20 longas de animação, incluindo o filme ganhador do Oscar de melhor animação A Viagem de Chihiro.
Confira a programação:
:: Dia 12 de janeiroO Conto da Princesa Kaguya (de IsaoTakahata, animação, Japão, 2015, 118min)
Animação é baseada no conto popular japonês “O corte do bambu”. Kaguya era um minúsculo bebê quando foi encontrada dentro de um tronco de bambu brilhante. Passado o tempo, ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada por cinco nobres, dentre eles o próprio Imperador. Mas nenhum deles é o que ela realmente quer. A moça envia seus pretendentes em tarefas aparentemente impossíveis para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Mas Kaguya terá que enfrentar seu destino e sua punição por suas escolhas.
:: Dia 19 de janeiro
Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar (de Hayao Miyazaki, animação, Japão, 2008, 101 min)
Ponyo é uma princesa peixe dourado, que, acidentalmente, sai do mar e se torna amiga de um menino. Ela acaba se transformando numa menina. Para não voltar a ser peixe, ela precisa encontrar o amor. Mas sua presença na Terra pode causar drásticas mudanças no ambiente.
:: Dia 26 de janeiroMeu Amigo Totoro (de Hayao Miyazaki, animação, Japão, 1995, 90 min)
As irmãs Satsuki e Mei se mudam para o campo para ficar mais perto do hospital onde sua mãe está internada. Lá conhecem os Totoros, adoráveis criaturas místicas e alegres, que só podem ser vistas pelas crianças. Com eles, as duas irmãs viverão mágicas aventuras no campo.
O Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina (MIS/SC) promoveu um total de 181 eventos somente no ano de 2018, o que corresponde a um evento realizado a cada dois dias, aproximadamente. O Museu, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), também é responsável, junto com a Assessoria de Comunicação do órgão, pelo programa de Rádio MISCUTA, veiculado pela Rádio Udesc FM de Florianópolis, que teve 48 edições ao longo do ano.
Toda essa produtividade atraiu um total de 21,9 mil pessoas, pelo menos, às atividades promovidas pelo MIS/SC. A programação incluiu 19 shows e performances audiovisuais; oito exposições (sendo uma itinerante); 142 sessões de filmes, com um total de 391 curtas ou longas exibidos; 12 oficinas e bate-papos; além da coordenação do Prêmio Catarinense de Cinema, registro e edição dos shows dos projetos TAC 8 Em Ponto e CIC 8:30 e todo trabalho de conservação e higienização do acervo. Com exceção do show MIS Verão, em janeiro, todos os eventos tiveram entrada gratuita e aberta à participação da comunidade.
"Acreditamos que o número de visitantes nas nossas oito exposições é, pelo menos, 70% maior do que o registrado. Isso se deve ao fato de que muitas pessoas vêm às mostras, mas não assinam o livro destinado ao controle do público", avalia Ana Lígia Becker, administradora do MIS/SC. "Para 2019, nosso apelo ao público é que não deixe de registrar sua presença, para que possamos ter uma ideia mais real de quantas pessoas atingimos com nossas ações", completa. O Museu estuda, ainda, a possibilidade de implantar algum sistema eletrônico para contagem de visitantes.
O MIS/SC está localizado no Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, e tem exposições abertas ao público de terça-feira a domingo, sempre das 10h às 21h.