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fortalezasO Comitê Técnico que conduz o processo de candidatura das fortalezas de Santo Antônio de Ratones e Santa Cruz de Anhatomirim a patrimônios mundiais reconhecidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco) está realizando uma pesquisa que busca a contribuição direta da sociedade. A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) é uma das entidades que compõem o Comitê, responsável pela condução do processo de candidatura das edificações localizadas em Florianópolis.

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A iniciativa visa explorar os usos adequados para os bens e atrativos, que resultem na qualificação aos espaços, sustentabilidade financeira e aumento no fluxo de visitantes. De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Santa Catarina (Iphan-SC), coordenador do Comitê, a conservação, a manutenção e a integridade dos bens são condições indispensáveis para a boa gestão e requisitos levados em consideração pela Unesco para o reconhecimento como patrimônio mundial.

Esse primeiro questionário auxiliará na composição de um plano de negócios, para tornar ainda mais atrativo o acesso a estes bens culturais. A pesquisa tem o objetivo de identificar, entre outros pontos, que tipo de atração turística geraria maior interesse, o que deixaria os visitantes mais dispostos a permanecerem no local, qual a frequência de visitação, bem como se há interesse em outros tipos de lazer integrados às Fortalezas, além da musealização dos espaços. Todos aqueles que já conheceram esses bens, ou que gostariam de conhecer, podem participar da pesquisa até o dia 31 de julho.

Fortalezas

Tombadas pelo Iphan desde 1938, as Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e de Santo Antônio de Ratones possuem arquiteturas monumentais e começaram a ser construídas em 1739 e 1740, respectivamente, sob o comando do primeiro governador da Capitania de Santa Catarina, o engenheiro e militar José da Silva Paes. Eram parte de um sistema projetado para defender a sede da Capitania contra as investidas estrangeiras Santa Cruz de Anhatomirim e Santo Antônio de Ratones foram construídas em ilhas menores ajudando a formar um triângulo de fortes que protegia a entrada da Baía Norte, completado pelo Forte de São José da Ponta Grossa, que foi construído na própria Ilha de Santa Catarina.

As duas fortificações são compostas por diversas edificações que serviam aos diferentes usos da logística militar: lá estão baterias de canhões em terraplenos, quartel da tropa, casa do comandante, portada, paiol da pólvora, entre outras. A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, a maior de todo o sistema defensivo, era o principal vértice deste triângulo e teve muitos usos, mesmo após o período colonial: serviu também como hospital, albergue, presídio e chegou a ser local de fuzilamento de revoltosos durante o governo de Floriano Peixoto.

Comitê Técnico Estadual de Santa Catarina

Instituído em setembro de 2018, o Comitê trabalha para estabelecer diretrizes, conceitos e demais ações para a elaboração do dossiê técnico referente às Fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim e de Santo Antônio de Ratones no âmbito da candidatura do Conjunto de Fortificações do Brasil a Patrimônio Cultural Mundial. O grupo já realizou mais de 15 encontros para discutir as etapas da candidatura e elaboração do documento técnico, o que resultou em diversas oficinas.

Candidatura a Patrimônio Mundial

Em 2016, o Iphan apresentou à Unesco a candidatura do Conjunto de Fortificações do Brasil a título de Patrimônio Mundial. São 19 bens, fortes e fortificações, construídos entre os séculos XVI e XIX, localizados em todas as regiões do país. Consistem em testemunhos do histórico esforço para a ocupação, defesa e integração do território nacional.

A expectativa é que o reconhecimento seja analisado pela Unesco em 2022, quando se espera que as construções defensivas do Brasil entrem na rota do turismo internacional.

Implantadas pelos europeus no Brasil, as fortificações tiveram origem em um processo de ocupação do território de modo particular, diferenciado das outras potências coloniais. Baseava-se em um esforço descentralizado, oriundo de ações dos próprios moradores das diferentes capitanias que formariam o Brasil, sem uma maior intervenção da metrópole. Isso resultou na construção de centenas de fortificações, espalhadas por todo o território nacional, edificadas para atender mais a interesses locais do que os da metrópole. O conjunto representa as construções defensivas implantadas no território nacional, nos pontos que serviram para definir as fronteiras marítimas e fluviais do país.


(Com informações do Iphan)

Na noite desta sexta-feira (10), aproximadamente 60 pessoas, entre pescadores e representantes de entidades envolvidas com a pesca artesanal da tainha na praia do Campeche, em Florianópolis, se reuniram em uma plataforma digital para falar sobre a modalidade, que foi reconhecida pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) como patrimônio imaterial de Santa Catarina, em maio de 2019.

Conduzido por Rodrigo Rosa, historiador e gerente de patrimônio imaterial da FCC, o diálogo teve como intuito propor a criação de comitês para elaborar e gerir ações de salvaguarda dessa importante manifestação cultural multissecular. “A pesca artesanal da tainha transborda significados: sejam ecológicos, econômicos, sociais e culturais no âmbito da formação e consolidação do estado de Santa Catarina. Por isso a sua importância como patrimônio cultural do Estado”, disse ele.

Marcos Farias de Almeida, analista pericial do Ministério Público Federal, enalteceu tanto a atividade como a iniciativa: “é muito positivo que haja a aplicação de procedimentos de salvaguarda. A Constituição Federal de 1988 diz que a identidade nacional é formada pela composição de uma série de práticas culturais. É muito bom que a gente tenha a oportunidade de fazer esse registro”.

Na opinião de Ana Lúcia Coutinho, presidente da FCC, a parceria entre tantas entidades tende a trazer resultados promissores nesta relação de salvaguarda desse bem cultural catarinense. “É muito bom estarmos com todas essas instituições reunidas para discutirmos formas de preservação e de cuidado com esse patrimônio. É importante mencionar a complexidade que envolve esse bem cultural. Estarmos unidos em parcerias institucionais e com a comunidade fortalece as relações no cuidado. A pesca é milenar. Não é possível que isso vá embora de uma hora para outra. A gente tem que olhar esse patrimônio com o coração”, concluiu.

Com o objetivo de orientar os responsáveis e profissionais atuantes em bibliotecas públicas de todo o estado, o Sistema de Bibliotecas Públicas de Santa Catarina (SBPSC) divulga um caderno com recomendações técnicas, que visam garantir a segurança dos servidores e público que frequenta estes espaços em caso de reabertura durante e após o período da pandemia causada pela Covid-19.

::  Confira aqui o caderno 

As orientações foram compiladas pelo SBPSC e são baseadas em recomendações de organismos nacionais e internacionais, como American Library Association, International Federation of Library Associations and Institutions, Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde, Secretaria de Estado de Saúde de Santa Catarina e Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.

Além das recomendações e medidas preventivas para aquelas instituições que, por algum motivo, precisem e tenham condições de reabrir em segurança ainda durante a pandemia, a publicação apresenta sugestões de atividades e ações que podem ser promovidas virtualmente para o engajamento da comunidade do entorno das bibliotecas e o incentivo à leitura.

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC) acaba de publicar o documento “Impacto da Pandemia da Covid-19 nas Instituições Museológicas Catarinenses”.

Clique no link para fazer o donwload:
::  Relatório Impacto da Pandemia da Covid-19 nas Insctituições Museológicas Catarinenses

O material foi produzido pela Diretoria de Patrimônio Cultural, por meio da Gerência de Museus e da Coordenação do Sistema Estadual de Museus de Santa Catarina (SEM/SC). O desenvolvimento do relatório deu-se a partir dos dados obtidos por uma pesquisa que buscou identificar os possíveis impactos causados pela pandemia nos museus catarinenses.

Para realizar o estudo foi disponibilizado um formulário on-line, enviado às 209 instituições museológicas que fazem parte da rede do SEM/SC. A pesquisa, com vinte perguntas, esteve disponível para acesso num período de trinta e quatro dias, entre os meses de abril e maio. O setor recebeu 79 formulários preenchidos, com informações de espaços existentes nas sete regiões museológicas do estado (Oeste, Meio-Oeste, Sul, Norte, Serra, Grande Florianópolis e Vale do Itajaí).

imagem SEm 1

O levantamento mostrou que 64,6% das instituições aderiram integralmente ou parcialmente a modalidade de trabalho a distância e 96,2% mantiveram os contratos de trabalho de seus funcionários.

Ainda segundo o estudo, cerca de 70 instituições possuem algum canal de comunicação virtual e mantiveram contato com seus públicos durante esse período de quarentena com de atualizações em suas redes sociais e websites.

Patrimônio Imaterial de Santa Catarina, registrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), a Pesca Artesanal com Auxílio dos Botos, realizada em Laguna, no sul do estado, ganhou um espaço virtual próprio. O site www.pescacombotos.art.br apresenta informações sobre a manifestação e intervenções, como a Boto Parade Laguna, que neste ano está em formato digital, apresentando uma exposição virtual; além de um espaço destinado a denúncias que possam ajudar na preservação dos botos.

A pesca tradicional com o auxílio do boto faz parte da história da pesca no Brasil. A atividade é considerada uma manifestação cultural tradicional, secular e de ocorrência extremamente rara, localizada em Laguna, cidade do litoral sul catarinense. A prática da pesca com botos define uma cultura própria relacionada a códigos com valor histórico e foi reconhecida pelo Estado de Santa Catarina como Patrimônio Imaterial em junho de 2018.

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