A favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, recebeu nesta segunda-feira (4) uma Biblioteca-Parque. O espaço, dedicado à literatura, às artes, à integração da comunidade com a cultura local, com a cultura contemporânea e com os clássicos, ocupa um prédio de cinco andares no interior da comunidade.

A Biblioteca-Parque da Rocinha foi inaugurada pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, e pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

Na solenidade, a ministra ressaltou a diversidade das vozes para se construir um projeto mais amplo e completo. “Nós que trabalhamos com a cultura temos que pensar que quem faz a cultura é o povo. Nosso papel é ouvir o que a comunidade tem a dizer e dar instrumentos para eles desenvolverem isso”, destacou.

Cabral disse que o projeto só foi possível porque a comunidade não é mais dominada por traficantes de drogas. “É uma mudança de hábito e de cultura que passa por mudar a polícia e a política de segurança pública”, afirmou, lembrando que as obras do Centro de Convivência e as demais na Rocinha só foram possíveis graças ao apoio do governo federal.

A importância do livro e da cultura no combate à violência também foram destacados pela ministra. “O livro deve ser como um objeto de casa. Tem de estar a nossa disposição para que a gente o experimente e descubra novos mundos. Para mudar a violência e o medo é necessário começar pela cultura”.

Ana de Hollanda percorreu as instalações da biblioteca ao lado de Sérgio Cabral, do vice-governador, Luiz Pezão, da secretária Estadual de Cultura, Adriana Rattes, e do presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno.

Biblioteca-Parque

Construída com recursos do PAC, a biblioteca poderá atender cerca de 215 mil pessoas por ano, entre moradores da região e de bairros próximos, tendo capacidade inicial para 15 mil livros e dois mil DVDs, além de disponibilizar 48 computadores e 12 notebooks.

O espaço terá nos seus 1.600 metros quadrados, distribuídos em cinco pisos, DVDteca, cineteatro, sala multiuso para cursos, estúdios de gravação e edição audiovisual, setor de leitura e internet comunitária, cozinha-escola e café literário.

E integrará uma rede de bibliotecas-parque iniciada com a abertura da Biblioteca Parque de Manguinhos, em abril de 2010. Seu modelo é inspirado nas bem-sucedidas experiências implementadas em Medelin e Bogotá, na Colômbia.

Segundo o governo estadual, a próxima biblioteca-parque a ser inaugurada ainda neste ano será no Complexo do Alemão. A previsão é implantar bibliotecas semelhantes em todas as regiões do estado, todas interligadas, com cada um funcionando como cabeça de rede das bibliotecas municipais, escolares e comunitárias.

(Fonte: http://www.cultura.gov.br/site/2012/06/04/ana-de-hollanda-inaugura-biblioteca-parque/)

Fonte: Ascom/MinC