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A pesquisa Química aplicada ao patrimônio cultural: análise dos materiais constituintes de pinturas do século XIX, realizada em parceria entre a Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), teve artigo publicado na revista Microchemical Journal da Editora Elsevier, que pode ser lida clicando aqui

O estudo que aborda como a Química pode contribuir com a arte, por meio da conservação e restauração de bens culturais foi desenvolvido com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). O artigo, publicado em inglês com o título An original molecular approach to the use of clay minerals in the formulation of oil-based dyes and their sensitivity toward polar solvents – A case study, explica como a pesquisa revelou um inédito mecanismo de sensibilidade de pinturas históricas à base de óleo em solventes como água, por exemplo. Seus resultados auxiliarão conservadores e restauradores de bens culturais no entendimento do envelhecimento destas obras, assim como nos procedimentos de salvaguarda de pinturas, esculturas e outras obras que possuem a mesma “patologia” relatada no trabalho.

A pintura utilizada no estudo se chama Sagrada Família, feita no século XIX, e está em processo de restauro no Ateliê de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (Atecor) da FCC. Os pesquisadores Beatriz Feliz Pimenta da Silva e a Lucas Palma Mattos e o coordenador do projeto Thiago Guimarães Costa, todos da FCC, foram os responsáveis pelo desenvolvimento da pesquisa.  “É mais um exemplo de como o entendimento dos fenômenos químicos que ocorrem em materiais utilizados em bens culturais pode auxiliar na sua melhor conservação”, diz Costa, Doutor em Química Inorgânica pela UFSC.

"Como impacto direto da pesquisa, foi evidenciado um inédito mecanismo de degradação de pinturas a óleo. Além disso, atualmente estamos pesquisando metodologias de baixo custo para análise de óleos pertencentes em pinturas constitutivas de bens culturais, para auxiliar os conservadores e restauradores, além de garantir a autenticidade destas obras", explica Costa.
Se a pesquisa que atualmente está sendo feita alcançar os resultados esperados, será possível usar um equipamento cerca de 100x mais barato que os usuais para fazer análise dos bens culturais, projeta o coordenador da pesquisa.

Com informações do site da FAPESC