FCC  Facebook Twitter Youtube instagram fcc

Marca GOV 110px

Uma equipe composta por técnicos da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e da Secretaria de Estado da Infraestrutura realizou uma visita ao Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras, em São Francisco do Sul, na tarde desta quarta-feira (28). O objetivo foi fazer uma avaliação das condições do prédio, atualmente fechado para visitação do público.

Em breve, uma equipe especializada deve voltar ao local para continuar o levantamento das informações necessárias para o processo de restauro deste patrimônio de Santa Catarina e do Brasil. O Museu Nacional do Mar está temporariamente fechado ao público e abriga em seu acervo uma grande diversidade de embarcações de várias regiões do país.

:: Clique aqui e Faça o Tour Virtual do Museu do Mar 

De 8 a 16 de abril, ocorre a 33ª Festilha - Festa das Tradições, em São Francisco do Sul, com programação voltada à valorização da cultura, contando com música, patrimônio histórico e gastronomia. Neste ano, o Museu Nacional do Mar estará participando do evento com uma exposição de peças do acervo no Terminal Turístico Naval, como forma de homenagem a este importante equipamento turístico da cidade. Neste espaço, também será possível a visitação virtual ao Museu, por meio de óculos de realidade aumentada que estarão disponíveis gratuitamente ao público.

No local, com visitação gratuita das 10h às 22h, técnicos da instituição estarão presentes durante a semana falando sobre o acervo, a história e o Museu.

Saiba mais sobre a Festilha em: https://www.visitesaofranciscodosul.com.br/c/Festilha

O Governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés, e o presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Edinho Lemos, anunciaram nesta manhã (11) o investimento de R$ 20 milhões para licitação e reforma completa do Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras. O espaço, localizado em São Francisco do Sul, é o quinto maior do mundo em acervo e o primeiro da América Latina.

"Essa intervenção é importantíssima e histórica", destacou Moisés. Confira o anúncio completo no vídeo abaixo:

O anúncio foi feito no mesmo dia em que se comemora a Data Magna do Estado, 11 de agosto, quando foi criada a Capitania de Santa Catarina no ano de 1738. Todos os anos, de acordo com a lei 15.109/10, neste dia, a Capital é transferida, simbolicamente, para o município localizado no Litoral Norte de Santa Catarina, como marco por se tratar da cidade mais antiga do estado.

"A FCC se sente lisonjeada porque, desde 1993, ano de inauguração do Museu Nacional do Mar, nunca aconteceu uma reforma destas completa, numa monta tão grande como a que está sendo feita pelo Governo do Estado", comemorou o presidente da FCC.

O Museu

O Museu Nacional do Mar está abrigado nos galpões de uma extinta empresa de navegação. Foi criado em 1991 pelo decreto 615, de 10 de setembro, inaugurado em dezembro de 1992 e aberto oficialmente à visitação do público no início de 1993. O espaço pode ser compreendido como um território para a salvaguarda do patrimônio naval brasileiro, reunindo em seu acervo uma grande diversidade de embarcações de várias regiões do país.

A ideia de se criar um museu no local surgiu na década de 1980, durante os estudos para o tombamento do centro histórico de São Francisco do Sul. O espaço não poderia ser mais oportuno: ainda hoje é possível visualizar os trilhos para vagonetes que ligavam os amplos galpões aos trapiches, onde atracavam os navios da empresa de navegação que faziam o transporte de erva-mate, sal e outros produtos. Além disso, a construção está em sintonia com a bela Baía da Babitonga, a qual é possível vislumbrar logo na entrada do museu e durante boa parte do percurso da exposição.

Entre 2003 e 2004, o local passou por obras para receber uma grande diversidade de embarcações. O acervo está organizado em salas divididas por temas. Entre as peças disponíveis à visitação do público, estão barcos em tamanho natural, peças de modelismo e artesanato naval. O acervo conta ainda com traineiras, botes, jangadas (de cinco paus e de tábuas), saveiros da Bahia e o cúter do Maranhão.

O presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Edinho Lemos, participou nesta quarta-feira (30) de uma reunião do Comitê Gestor do Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras, em São Francisco do Sul. Participaram do encontro, ainda, representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), prefeitura de São Francisco do Sul, Associação de Amigos do Museu e Porto de São Francisco do Sul.

Entre as pautas abordadas no encontro esteve o projeto de reforma do espaço inaugurado em dezembro de 1992 nos galpões de uma extinta empresa de navegação. “Foi acordado que, enquanto se espera a definição do projeto global de restauro, a FCC fará obras pontuais para a conservação do Museu”, informa Lemos.

Mais sobre o Museu

O Museu Nacional do Mar é dedidaco à salvaguarda do patrimônio naval brasileiro, reunindo uma grande diversidade de embarcações de várias regiões do país. Seu acervo, tombado por Lei Federal desde 2010, está organizado em 18 salas divididas por temas. Entre as peças disponíveis à visitação do público estão barcos em tamanho natural, peças de modelismo e artesanato naval, traineiras, botes, jangadas, saveiros da Bahia e o cúter do Maranhão. No momento, o Museu está fechado à visitação devido à pandemia de Covid-19.

A partir desta quinta-feira (14), o Museu Nacional do Mar - Embarcações Brasileiras, administrado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) em São Francisco do Sul, oferecerá ao público uma nova atração em seu espaço expositivo: uma maquete com 84 metros quadrados retrata todo o perímetro urbano do Centro Histórico do município, incluindo a orla da Baía da Babitonga e o ancoradouro dos navios de cabotagem. O diorama foi construído pelo artesão Conny Baumgart, com a participação de diversos profissionais, e levou 20 anos para ser concluído.

Produzida na escala de 1:75 (1 metro = 1,38 centímetros), a maquete tem 6m x 14m de tamanho, e está localizada no andar superior do Museu. O trabalho, iniciado em 1999, foi finalizado graças ao patrocínio da empresa Arcelor Mital e parceria com o Instituto Federal Catarinense, que contribuiu com a parte de automação do diorama.

A obra retrata o Centro Histórico de São Francisco do Sul na virada da década de 1930 para 1940, com suas edificações, ruas, morros, vegetações, personagens, objetos gerais e meios de transporte. As edificações, feitas de poliestireno com pintura à base de água, foram executadas através de levantamentos fotográficos e métricos in-loco, além de entrevistas com os moradores.

Os personagens (pessoas e animais), meios de transporte e objetos são feitos de resina de gel coat e também recebem pintura à base de água. Foram executados, ainda, reparos e pintura em algumas maquetes de edificações que já estavam prontas, mas que sofreram desgaste com o tempo e necessitavam de manutenção. Além disso, a maquete recebeu fechamento em vidro temperado, nova iluminação e pintura tanto interna quanto externa. O diorama conta, ainda, com efeitos de luz e movimento, graças à parceria com o curso de Automação do campus de São Francisco do Sul do IFC.

Histórico da maquete

O projeto do diorama do Centro Histórico de São Francisco do Sul tem como principal característica sua especificidade e nível de detalhamento, alcançados graças ao trabalho de inúmeros profissionais envolvidos, entre artesãos, arquitetos, designers, estudantes, entre outros, que contribuíram com a finalização da peça.

A ideia de constuir o diorama surgiu em novembro de 1998, quando o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio de seu superintendente, Dalmo Vieira Filho, e a Associação dos Amigos do Museu Nacional do Mar convidaram o artesão Conny Baumgart para estudar a viabilidade de execução do projeto que retratasse todo o Centro Histórico de São Francisco do Sul entre os anos 1930 e 1940. Esta época foi escolhida por coincidir com o início da 2ª Grande Guerra Mundial, como âncora para a memória, e também por não ser uma época muito remota. Foi um período áureo para São Francisco do Sul, quando o porto as atividades portuárias e comerciais se desenvolveram em frente aos armazéns da Cia Carl Hoepcke, que hoje abrigam o Museu Nacional do Mar, e Moinho Santista. A cidade também atingiu, neste período, uma configuração que pode ser considerada completa.

O inicio dos trabalhos deu-se em fevereiro de 1999 e, até 2013, o artesão Conny Baumgart esteve à frente do projeto, com a participação de estagiários, estudantes e moradores de São Francisco do Sul. Baumgart desenvolveu, exclusivamente para o projeto, moldes para personagens (pessoas, animais, carroças, entre outros) e métodos para acabamentos (vegetações, efeitos de água para representar a baía).

De 2013 a 2015, os trabalhos não avançaram. Mas, no início de 2016, a bibliotecária do Museu, Cleonisse Schmidt, e o arquiteto Marcio Rosa montaram um projeto para finalizar a maquete. Em agosto deste ano, já com o patrocínio da Arcelor Mital, reiniciam-se os trabalhos sob a coordenação do arquiteto Marcio Rosa. A equipe contava também com Conny Baumgart como mestre artesão, além da designer Lilian Hennemann e da artesã Rosete Menezes, que participa do projeto desde 2005 sob a orientação de Baumgart. A equipe ainda era formada por um arquiteto e dois estudantes de Arquitetura de duas universidades da região.

Com o trabalho, foi possível finalizar todas as edificações, assim como ruas, morros, vegetações, personagens, objetos gerais e meios de transporte, além dos reparos nas partes que já estavam prontas, mas necessitavam de manutenção. Na etapa final, foram realizadas, também, parcerias com faculdades de Arquitetura a fim de produzir, dentro de oficinas, uma quantidade expressiva de árvores específicas, como palmeiras, pinheiros, ipês amarelos, entre outras, que complementaram a vegetação já distribuída por toda a maquete.